Quarta-feira, 13 de maio de 2015 - 11h58
Aqui será construída a fábrica de tubos, manilhas e bloquetes,
na Colônia Agrícola Penal Ênio Pinheiro /Fotos Admilson Knightz
Montezuma Cruz
Em Porto Velho
Na Colônia Agrícola Penal Ênio Pinheiro, um grupo de dez reeducandos preparou na semana passada o local, com 20 metros de largura por 12m de comprimento, onde funcionarão os serviços de marcenaria e uma fábrica de artefatos de concreto – tubos, manilhas e bloquetes. No bairro Tancredo Neves, zona leste da capital, o jardim do restaurante popular Prato Cheio ganha lírios da paz.
Quatro frentes de trabalho, com administração direta em diferentes setores, executam serviços de construções e revitalizações sob a supervisão da Superintendência de Gestão de Suprimentos, Logística e Gastos Públicos (Sugespe), do governo estadual, cuja meta permite economizar de 80% a 90% na execução de projetos, com recursos próprios.
O mutirão da Sugespe concluirá nesta semana a construção de uma praça no bairro Três Marias – zona leste de Porto Velho. Por pouco a área da praça não foi transformada em mais um depósito de lixo.
A participação de reeducandos atende à lei que determina ao poder público a cota de 2% a 10% de ex-presos entre os trabalhadores de obras públicas. Ela está prevista desde 1984, quando foi criada a Lei de Execução Penal. Contratados com carteira profissional assinada por empresas terceirizadas, alguns deles fazem serviços de limpeza e jardinagem nos palácios Presidente Vargas e Rio Madeira.
Isis Queiroz: administração direta permite mutirões, com economia de custos de até 90%
A superintendente Isis Queiroz compara as situações de revitalização: “Enquanto o governo anterior investiu R$ 1 milhão no Palácio Presidente Vargas, o governador Confúcio Moura gastou pouco mais de R$ 100 mil”.
Cerca de 100 pessoas estão envolvidas nas frentes de trabalho. “O governo leva à risca essa lei, a fim de obter continuidade de diferentes obras. Programas da Secretaria Estadual de Justiça estão adiantados. Após a conclusão, entregamos às associações de moradores”, comentou Isis Queiroz.
Segundo ela, a mão de obra de reeducandos na marcenaria está sob a responsabilidade do ex-superintendente da Sugespe, Valdo Alves. “Compatibilizamos investimentos com retorno e estudamos a possibilidade de arregimentar mais reeducandos em regime semiaberto”, disse. A marcenaria recupera móveis e mobiliários e também apoiará o artesanato.
Jardim no Prato Cheio
Rosa Nascimento pinta as grades do restaurante popular Prato Cheio, na zona leste de Porto Velho
As frentes de obras da Sugespe permitem aprendizagem e aplicação de boas experiências. Depois de participar da limpeza do terreno do Centro de Esportes e Lazer Ulisses Guimarães (zona leste), Rosa Nascimento concluiu na semana passada a pintura da grade do restaurante popular Prato Cheio, da Secretaria Estadual de Assistência Social (Seas).
Isis Queiroz apresenta a equipe, destacando que Rosa é uma das mais entusiastas. Nascida em Rio Branco (AC) e criada em Porto Velho “desde menininha”, ela trabalha sorrindo, e assim estimula a assiduidade dos colegas.
Em parceria da Sugespe, a Seas fez adequações no estacionamento e limpou o terreno do restaurante. O pedreiro Oldemar Ramalho Mendes cuidou do jardim e possivelmente também será escalado na equipe que fará uma horta no terreno. “Dependemos agora apenas do habite-se da prefeitura”, disse a representante da empresa Araúna, vencedora da licitação, Joana Cândida.
Bebedouro, extintores de incêndio reposicionados, câmaras frias, fogões com 14 bocas, duas panelas gigantes, dois bufês, forno estão prontos para funcionar. “Esse mutirão de obras complementares foram de grande valia”, comentou a empresária.
Até a intervenção da Sugespe, Joana cuidou da separação de cozinheiros, organizou a sala da cozinha experimental e previu a ação de nutricionistas para o cardápio “com percentual de nutrientes necessários à perfeita alimentação”.
Outras obras
Outras obras concluídas ou em fase de conclusão, com administração direta da Sugespe: revitalização da Escola Manaus e do Centro de Referência de Prevenção e Atenção à Dependência Química [Crepad], onde funcionou o Hospital Cosme e Damião; Centros do Menor I e II, Complexo Poliesportivo Deroche Pequeno Franco, Centro Esportivo e Lazer Jatuarana.
“Alguns lugares estavam em situação de total abandono”, lembra a superintendente Isis Queiroz. “Quem viu o matagal que tomava conta do Cedel Ulisses Guimarães, agora se depara com a construção da pista de caminhada e o campeonato de futebol; eliminamos vazamentos, pintamos, fizemos podas ambientais, vamos reformar banheiros antigos e melhorar os pontos de ônibus”.
Ações no interior do estado também estão nos relatórios da Sugespe. A superintendência remodelou alguns prédios públicos em Buritis, na região do Vale do Jamari, e Guajará-Mirim, fronteira brasileira com a Bolívia. Em ações cívico-sociais, equipes do órgão recuperaram prédios escolares, prestaram atendimento médico-odontológico e emitiram documentos.
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