Segunda-feira, 23 de abril de 2012 - 19h42
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Por menos de R$ 4 o pedágio em trecho peruano da Rodovia do Pacífico está mais barato /SÉRGIO VALE |
MONTEZUMA CRUZ
PUERTO MALDONADO, Amazônia Peruana
Custa apenas cinco soles (R$ 3,50) por automóvel e a mesma quantia por eixo de caminhão a taxa de pedágio na Rodovia Transoceânica nos dois únicos postos de pedágio entre Inãpari e Puerto Maldonado (223 quilômetros) e nos três postos entre essa cidade e Cusco (500 quilômetros). Iñapari, capital da província peruana de Tahuamanaco, fica ao lado de Assis Brasil (Acre).
Inaugurada pelo governo peruano em 2011, essa rodovia também conhecida por Carretera Interoceânica Sur liga a Amazônia Ocidental Brasileira aos portos de Illo e Matarani. Custou US$ 2 bilhões, é bem sinalizada, tem boas condições de tráfego e cuidados permanentes. Já no interior do Estado do Acre, onde se denomina BR-317, a rodovia está muito esburacada entre Brasiléia, Epitaciolândia e Capixaba.
Ao mesmo tempo em que suspendeu a construção de uma estação no Km 38, em Ccatcecapampa, o Ministério de Transportes e Comunicação do Peru projeta para maio próximo a instalação de novos postos entre os Km 80 e 95. No entanto, a Direção de Conceções do ministério estuda a possibilidade de cobrar apenas uma tarifa social para transportadores interdistritais.
Desde a sua construção, o marketing dessa rodovia propaga que ela é o meio mais rápido e barato para a exportação de commodities agrícolas do Centro-Oeste Brasileiro a países asiáticos.
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Ponte Billinghust, sobre o Rio Madre de Dios, consolida a rota norte brasileira rumo aos portos do Oceano Pacífico /OLHAR DE BICICLETA |
Peruanos de olho na ZPE acreana
Nos seus 2.600 quilômetros, a Interoceânica passa pela Cordilheira dos Andes a 4.800 metros de altitude, cortando territórios de 51 povos indígenas peruanos. Tem 207 pontes, empregou 3.800 trabalhadores de setembro de 2005 até 2011 e foi construída pelas construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão.
Desde o ano passado, todas as cargas de petróleo boliviano procedente de Santa Cruz da la Sierra passam por Inãpari, que constitui com Assis Brasil a Tríplice Fronteira entre o Brasil, no Acre, a Província peruana de Tahuamano e o Departamento de Pando (Bolívia).
O início do tráfego na rodovia está animando empresas peruanas a buscar, a curto e médio prazo os mesmos incentivos dados a grupos brasileiros pela Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Senador Guiomard (Quinari), a 22 km de Rio Branco. “O caminho está construído, vamos organizar as exportações”, diz o governador Tião Viana.
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Rodovia custou US$ 2 bilhões e já foi inaugurada no trecho peruano; governo brasileiro incentiva exportações pela ZPE acreana /OLHAR DE BICICLETA |
COMÉRCIO BILATERAL: US$ 5 BILHÕES
■ A inauguração da Ponte Billinghurst, sobre o Rio Madre de Dios, em Puerto Maldonado, a rota norte brasileira se integra ao porto fluvial de Yurimaguas, no Peru, de onde se pode chegar navegar até Manaus e Belém do Par.
■Os governos de estados amazônicos e de Mato Grosso esperam um acordo de livre comércio. Estima-se que até 2014 o movimento comercial entre esses estados alcancem um volume entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões.
■A Interoceânica Sul permitirá cobrir por estradas asfaltadas os mais de cinco mil quilômetros que separam Santos dos portos peruanos de Illo, Matarani e San Juan de Marcona.
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