Sexta-feira, 11 de dezembro de 2009 - 20h15
Criação de tambaqui em tanque escavado chega a 4 toneladas por hectare/ano, rendendo em torno de R$ 8 mil. Isso representa 13 vezes mais a produção da pecuária, com rentabilidade 20 vezes maior.
MONTEZUMA CRUZ
Agência Amazônia
BRASÍLIA – A luta é silenciosa, mas os números revelam algumas vantagens da produção aqüícola sobre a pecuária na Amazônia: a criação de tambaqui em tanque escavado chegou a quatro toneladas por hectare/ano, proporcionando renda em torno de R$ 8 mil. Isso representa 13 vezes mais a produção da pecuária e com uma rentabilidade 20 vezes maior.
A informação foi dada esta semana pelo Ministério da Pesca e da Aqüicultura, ao reforçar o Projeto Amazônia Aqüicultura e Pesca – Desenvolvimento Sustentável, lançado no mês passado em Belém (PA).
– A mesma espécie produzida em tanque rede alcança uma produção de 120 mil kg/ha/ano e gera uma renda de R$ 120 mil/ha/ano, o que representa 400 vezes mais produção da pecuária e com uma rentabilidade 300 vezes maior – constatam técnicos do ministério.
Mas grande parte dos rios, lagos e igarapés de estados amazônicos têm prejudicada a atividade pesqueira durante o período da estiagem, em conseqüência da obstrução do leito provocada por galhos e até troncos inteiros que se deslocam abaixo das barrancas.
No Acre, um quilômetro ramal (estrada vicinal) asfaltado custa R$ 1 milhão, enquanto um investimento de apenas R$ 100 mil é o suficiente para desobstruir uma extensão de 24 quilômetros de lagos e igarapés no Vale do Purus. A comparação foi demonstrada quinta-feira pelo deputado Fernando Melo (PT-AC) ao ministro da Pesca e Aqüicultura, Altemir Gregolim.
“Poluição natural”
O parlamentar, um dos integrantes da Comissão de Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, é autor de emenda individual no valor de R$ 1,9 milhão ao Orçamento Geral da União para 2010, para a limpeza das águas naquela região.
Dele, o ministro recebeu diversas fotos de águas “poluídas” naturalmente por galhos, troncos de árvores e vegetação em excesso, um fenômeno que se arrasta ao longo dos anos, prejudicando a atividade pesqueira e a navegação.
– Limpar esses lagos e igarapés é tão importante quanto asfaltar um ramal, e os municípios não têm condições de fazer isso sozinhos – disse Melo ao ministro. Gregolim sensibilizou-se com a situação de pescadores e ribeirinhos, que não têm outra alternativa de transporte senão a canoa e pequenas embarcações.
– É a primeira vez na história do Acre que se encaminha esse problema – assinalou o ministro. Ele disse que apóia o pleito do deputado e das colônias de pescadores.
Gregolim recebeu em audiência o deputado, o prefeito de Sena Madureira, Wanderley Zaire (PR), e o presidente da Colônia de Pescadores do Estado do Acre, Charles Guimarães. A eles, passou informações a respeito do censo aqüícola que vem sendo feito na Amazônia.
– Estamos trabalhando agora no Amapá, junto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde novembro deste ano e até janeiro de 2010 um recenseador visita as propriedades dos aqüicultores no Estado, para constatar a situação da produção e dos produtores que atuam com o cultivo de peixes, algas, camarões, ostras e outros organismos aquáticos no País – ele explicou. A divulgação dos resultados ocorrerá no primeiro trimestre de 2010.
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