Terça-feira, 11 de março de 2008 - 18h08
MONTEZUMA CRUZ
montezuma@agenciaamazonia.com.br
BRASÍLIA - As bancadas do Acre e de Rondônia firmaram hoje à tarde com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, o compromisso de incluir no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a construção da ponte de 1,1 mil metros sobre o Rio Madeira, em Abunã, distrito de Porto Velho. "O caminho é esse, não há outro jeito", comentou Nascimento. O ministro sugeriu até a edição de uma medida provisória para garantir a obra não contemplada no Orçamento Geral da União para 2008.
A senadora Fátima Cleide (PT-RO) e a deputada Marinha Raupp (PMDB-RO) justificaram esse caminho, alegando ao ministro que a execução de projetos na rodovia BR-364 (Cuiabá-Porto Velho-Rio Branco) já têm licitação pronta e licenciamento ambiental. Logo, a ponte avaliada inicialmente em R$ 100 milhões, deverá ser incluída na lista de obras prioritárias.
A ponte substituirá a antiga balsa e faz parte do projeto "Saída para o Pacífico". É tida como alavanca para impulsionar o desenvolvimento econômico da Amazônia Ocidental, conforme atesta documento assinado e entregue pelos parlamentares ao ministro. Fátima Cleide lembrou que o 5º Batalhão de Engenharia de Construção poderia participar da obra. O Complexo do Madeira, cujas principais obras são duas usinas hidrelétricas no município de Porto Velho, prevê o escoamento de soja e outros grãos, madeira e minério, pelo território peruano, para países asiáticos. Se a ponte for iniciada este ano, a partir de 2011 ela vai eliminar pedágios e outros transtornos operacionais. Ao mesmo tempo, diminuirá em aproximadamente 1h o tempo de viagem entre Porto Velho e Rio Branco, de 544 quilômetros.
Impasse
À vontade com os deputados e os senadores, o ministro admitiu ter vivido um impasse em relação à ponte, por conta do adiamento da votação orçamentária desde o final de 2007. "Tanto no PAC quanto no Plano Plurianual de Investimentos, a primeira parcela é fundamental", afirmou. Assim, ele previu investimentos de pelo menos R$ 20 milhões. "Esse dinheiro é necessário, de cara, para a ponte começar; do contrário, a empresa nem abre o canteiro".
Houve queixas de todos os lados. O deputado Eduardo Valverde (PT-RO) e o senador Sibá Machado (PT-AC) lembraram que os R$ 17 milhões empenhados no Orçamento em 2006 caducaram em 2007, sem que a obra fosse iniciada. O senador Sibá Machado (PT-AC). O Tribunal de Contas da União só aprova uma obra rodoviária quando há garantia de liberação de 10% dos recursos necessários para sua construção. "Temos visitado o ministério há cinco anos e a história sempre é a mesma", queixou-se a deputada Perpétua Almeida (PcdoB-AC).
O deputado Fernando Melo (PT-AC) pediu ao ministro obras de portinhos em seu estado. Alegou que diversos municípios amazonenses foram contemplados com projetos. O ministro Nascimento explicou-lhe que são apenas projetos. E brincou: "Se quiser, passo-lhe alguns do Amazonas. Esses portinhos são o maior imbrólglio que eu arrumei na minha vida". Mais descontraído ainda, relatou a sobra de projetos e a falta de empenho financeiro para uma série de obras nos estados do norte. "Vou mandar tocar fogo no DNIT", disse, referindo-se ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura do Transporte.
Fonte: Montezuma - Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopiniao
“Jovem advogado que sai da Faculdade quer apoio para enxergar a nova realidade”
Desde 2023, o presidente da Seccional OABRO, Márcio Nogueira ordena a visita a pequenos escritórios, a fim de amparar a categoria. “O jovem advogado
Casa da União busca voluntários para projetos sociais em 2025
A Associação Casa da União Novo Horizonte, braço da Beneficência do Centro Espírita União do Vegetal, espera mais voluntários e doadores em geral pa
PF apreendeu o jornal Barranco que mesmo assim circulou em Porto Velho
Mesmo tendo iniciado no Direito trabalhando no escritório do notável jurista Evandro Lins e Silva, no Rio de Janeiro, de postular uma imprensa livre
"Mandioca é o elixir da vida", proclama o apaixonado pesquisador Joselito Motta
Pequenos agricultores de 15 famílias assentadas em Joana D’Arc e na linha H27, na gleba Rio das Garças, ambas no município de Porto Velho, ouviram o v