Quinta-feira, 7 de março de 2024 - 13h02
Perguntas, uma atrás da outra, a respeito da obra superlativa e moderna:
onde estão as escadas? Tem piso tátil ao redor? Uma única entrada? Tem
elevador? Os banheiros? E a plataforma como vai funcionar?
Entre uma e outra fala dos profissionais construtores e do prefeito
Hildon Chaves, jornalistas de rádio, sites e televisão, e influencers em redes
sociais, todos conheceram esta semana a nova estação rodoviária de Porto Velho.
O prédio com 9,9 mil m² construído em terreno de 20 mil m² situa-se na
Avenida Jorge Teixeira, no mesmo espaço onde funcionou por mais de quatro
décadas a rodoviária demolida e que sucedera a primeira, de madeira, na esquina
da Rua João Goulart com a Avenida 7 de Setembro.
Sessenta por cento das obras estão concluídos.
O prazo contratual é de 18 meses, o que indicaria o término das obras em dezembro deste ano, entretanto, o andamento das instalações elétricas e fiação em geral indica a antecipação. “Esperamos e queremos que seja em julho”, diz o prefeito Hildon Chaves.
Táxis e estacionamento de aplicativos de um lado, guichês de outro; multiuso do térreo e do 1º andar – tudo muito bem disciplinado; espaços administrativos e salas de estar – eis a inovação indispensável. Assim se evitará o descompasso profissional e até tumultos tais quais aqueles ocasionados na rodoviária demolida.
A concessionária da rodoviária é a empresa Locatelli. Os recursos estão assim distribuídos: R$ 22 milhões de contrapartida do município e outros R$ 22 milhões provenientes de emendas parlamentares da ex-deputada Mariana Carvalho.
O secretário municipal de obras, Diego Lage, apontou entusiasmado a área de influência da nova rodoviária sobre o seu entorno: “Entre as ruas D. Pedro II e Avenida Jorge Teixeira, especialmente.”
Ao apresentá-la, Hildon Chaves lembrou a existência de pendência jurídica que impossibilitava a prefeitura de agir. “(...) O imóvel, como todos sabem, é de propriedade da prefeitura, mas havia uma concessão da exploração outorgada pelo estado e isso nos deixava com a rodoviária nesses moldes até agora.”
Na terça-feira lá estavam caminhando de um lado a outro explicando o andamento das obras: os arquitetos os engenheiros Bruno Castilho, Glauco Cella, João Rafael Carvalho e Marcos Pires.
O projeto arquitetônico é dos profissionais Lorenzo Villar, Igor Montenegro, Stéphanny Germano e Luciana Serbino.
Pacientemente, eles desenrolavam plantas e projetos, comentavam, e davam a entender que desta vez a Capital terá o que merece. Segundo informaram, o brise que reveste a fachada também será utilizado na parte interna.
O conhecido brise-soleil é um dispositivo arquitetônico utilizado para impedir a incidência direta de radiação solar nos interiores de um edifício.
Da primeira e mais antiga rodoviária de madeira, o velho mictório, o ponto de táxi, os acanhadíssimos bancos e guichês, e o pátio com lixo esparramado são hoje indignos até de fotografias.
Certamente, o grupo Locatelli colocará brevemente em seu portfólio a nova estação rodoviária da Capital de Rondônia, ampliando assim o rol de clientes de seus prédios avançados.
A Locatelli movimenta 200 toneladas/mês de estruturas metálicas, trabalhando com três linhas de produção, cabine própria de jateamento, galpão de pintura e transporte próprio. Especializou-se na fabricação de estruturas para galpões, mezaninos, ginásio poliesportivos, edifícios multiandares (caso da rodoviária porto-velhense), hipermercados, e passarelas para rodovias.
A entrega da rodoviária da Capital coincidirá com as licitações para a duplicação da BR-364. Ou, conforme a descrição de sua direção: “A Locatelli atende a qualquer obra que necessite agilidade na execução, durabilidade, resistência e estética arquitetônica.”
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