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Montezuma Cruz

PUPUNHA: Pequenos pedem socorro




Pequenos plantadores de pupunha pedem socorro



MONTEZUMA CRUZ
Agência Amazônia

RIO BRANCO, AC – Fracassados no plantio de 600 hectares de pupunha, pequenos agricultores acreanos estão reivindicando anistia de seus débitos de financiamento, contraídos no Banco da Amazônia S/A (Basa). A maioria deles plantou essa palmeira por incentivo do governo estadual, na expectativa de que teria mercado garantido para o palmito que em seguida iriam colher. “Agora não tem mais jeito, e o remédio é apelar a quem pode nos socorrer”, desabafou hoje o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Sena Madureira, José de Souza. Ele teme execução judicial.

A Agência Amazônia procurou o Basa em Rio Branco para levantar o total da inadimplência, mas o cálculo só poderá ser feito pela direção do banco, em Belém. Segundo explicou o superintendente no Acre, Marivaldo Gonçalves, cada um dos cerca de duzentos agricultores falidos cultivou em média três hectares. PUPUNHA: Pequenos pedem socorro - Gente de Opinião

“Do total da área plantada, restam apenas 350 ha, nos municípios de Manoel Urbano e Sena Madureira”, disse Gonçalves. Ainda conforme o superintendente, na época do plantio, há mais de quatro anos, eles não contavam com o plano de logística que lhes permitiria transportar o produto até a fábrica.

Abaixo-assinado de um grupo de 30 produtores de Sena Madureira relatou aos deputados Sérgio Oliveira (PMN-AC) e Fernando Melo (PT-AC) a experiência malsucedida. Para eles, qualquer providência no sentido de amenizar seus débitos será um alento.

Em busca de uma saída para minimizar os efeitos da inadimplência dos produtores, Melo procurou o chefe da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Rio Branco, Judson Valentim; o representante da Organização das Cooperativas Brasileiras, Valdemiro Rocha; e o superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Orlando Sabino. Consultou-os sobre a possibilidade do uso da pupunha não apenas para a fabricação de palmito, mas para o seu uso na fabricação de farinha ou no mercado do biodiesel. “Isso demandará um estudo e eu aguardo resposta. Enquanto isso, apelo ao Basa”, prometeu. Na próxima semana, um ofício do deputado chegará à direção do banco. 


Produtora de Rondônia aguarda
lei estadual de incentivo ao palmito


PORTO VELHO – A produtora de sementes de pupunha, Iraci Toledo, pediu o apoio do deputado estadual Luiz Cláudio (PTN), para que apresente um projeto de lei que conceda amparo legal ao cultivo dessa palmeira para a fabricação de palmito. “Espero que o Estado de Rondônia tenha uma lei que regulamente a utilização da pupunha como palmito cultivado, a exemplo do que ocorre em outros 12 estados”, ela justificou.

Segundo Iraci, o município de Porto Velho tem três produtores de sementes de pupunha registrados no Ministério de Agricultura. Eles necessitam dessa regulamentação para trabalhar. O deputado Luiz Cláudio se convenceu de que o projeto é de grande relevância para Rondônia e irá apresentá-lo.

Pela Resolução n° 362, de 29 de julho de 1999 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão do Ministério da Saúde, publicou um regulamento técnico referente ao padrão de identidade e qualidade para palmito em conserva.

“O palmito em conserva é o produto preparado a partir da parte comestível de palmeiras sadias de espécies próprias para consumo humano, das quais tenham sido removidas as partes fibrosas através de descascamento e corte, embalado com água – líquido de cobertura –, especiarias e outros ingredientes”, diz o documento.

Pela resolução, o palmito deve ser processado de maneira apropriada– acidificado e pasteurizado pelo calor –, para que o produto esteja isento de formas viáveis de microrganismos capazes de se reproduzir no alimento sob condições normais de armazenamento, distribuição e comercialização. A embalagem deve ser hermética, de modo a evitar a entrada de microrganismos


Fonte: Montezuma Cruz - A Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião e do Opinião TV

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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