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Montezuma Cruz

Rio entra na fila para comprar palmito ecológico amazônico


 
 
Qualidade do produto de Nova Bonal, no Acre, atrai mais compradores. Mas a safra não atende o volume de pedidos, que chegam diariamente à cooperativa. 

MONTEZUMA CRUZ
Agência Amazônia 

SENADOR GUIOMARD, AC – Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Minas Gerais já são atendidos, mas o Rio de Janeiro aguarda na fila a oportunidade de adquirir o palmito orgânico de Nova Bonal, sede de um projeto de desenvolvimento sustentável neste município a 76 quilômetros de Rio Branco. Entre julho e agosto, a Cooperativa Agroextrativista Bom Destino conseguiu encaixotar três mil vidros de 300 miligramas por dia (cerca de 30 mil por mês), vendendo-os, em média de R$ 4,50 a R$ 4,80. 

Insuficiente numa área de pupunha inferior a 20 hectares, a safra só será ampliada quando o Banco da Amazônia S/A (Basa) liberar recursos. Numa reunião nesta sexta-feira com o superintendente do banco no Estado do Acre, Marivaldo Melo, pequenos agricultores pedirão financiamento para ampliar a sua participação na cooperativa. 

– Entrar no mercado é fácil, difícil é permanecer nele. Esse problema a gente não tem – disse à Agência Amazônia o presidente da cooperativa, Francisco Auricélio Diniz de Freitas. 

A maior freguesia ainda está no Acre, ele lembra. "A cada semana eu adquiro 12 caixas de palmito. Cada caixa tem seis vidros de 1kg250g. É uma marca que tem 30 anos de tradição, um pouquinho mais do meu tempo no Acre", comentou o empresário Roberto Vieira, dono do Restaurante “A Princesinha”. 

Para atender aos pedidos de outros estados, entre os quais os de atacadistas do Rio de Janeiro, a cooperativa exige matéria-prima para fabricar pelo menos três vezes mais o volume diário de palmito. 

Expectativa 

Dos 270 assentados em lotes de Nova Bonal, 170 são associados. Eles reivindicam créditos do Basa para melhorar a produção de palmito de pupunha em conserva, escoamento da safra e tratos culturais. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e o Governo do Estado do Acre mantêm parceria para apoiar a cooperativa. 

Segundo o gerente da cooperativa, Manoel Alves de Macedo, os associados utilizam na fabricação do palmito somente ingredientes naturais. “Como diz a nossa propaganda, isso aqui – a exploração não-predatória – é a prova de que é possível produzir qualidade sem agredir o ambiente”, ele afirmou.

Desde 2003, um projeto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária vem instalando uma rede de testes de progênies de pupunha para palmito nos estados do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará, Espírito Santo e Paraná, com o objetivo de padronização. Os resultados servem para subsidiar o comportamento da pupunha na Amazônia, Espírito Santo e Paraná. 

No “último maciço verde, 
500 mil pés de pupunha 

SENADOR GUIOMARD – Menos de dois mil hectares de foram derrubados na última faixa de floresta nativa próxima à rodovia BR-364, que liga o Acre aos estados de Rondônia e Mato Grosso. De acordo com levantamento da Embrapa, a área total da reserva é de 10,4 mil hectares. Apenas 1,2 mil ha foram derrubados. 

No linguajar dos técnicos, ali se encontra “o último maciço verde preservado no trecho de Porto Velho a Rio Branco. Lá são cultivados mais de 800 hectares de seringal em plena produção e cerca de 500 mil pés de pupunha. O manejo florestal é feito numa área de oito mil hectares, nos quais também existem castanha nativa, açaí, copaíba e outras palmáceas.
 
O manejo consorcia o seringal de cultivo com o plantio de pupunheiras. O diretor de operações do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem, Joselito Nóbrega, informou que serão melhorados 14 quilômetros de ramais e pavimentados 2,5 km. (M.C.) 

Fonte: Montezuma Cruz - A Agência Amazônia  é parceira do Gentedeopinião

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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