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Montezuma Cruz

Rio Grande do Sul, Pará, depois a Unir


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MONTEZUMA CRUZ
Editor de Amazônias

Frágeis cursos de 1º e 2º graus eram tudo o que se podia oferecer nos anos 1970 no velho Território Federal. Poucos abastados ou bolsistas custeados pelo governo galgavam o Ensino Superior.

Elói Chaves, Eleide Ribeiro de Lima, Eva Albuquerque, Jacob de Freitas Atallah, Lourival Chagas, Luciano de Lucca, Raimundo Nonnato de Castro Maurílio Rocha e o futuro reitor Euro Tourinho Filho, entre outros, tinham motivo de sobra para o contentamento. Haviam consolidado em 1982 o projeto da Universidade Federal de Rondônia (Unir), concebido de um trabalho que envolveu diretamente a Fundação Centro de Ensino Superior de Rondônia (Fundacentro).

Chegavam de outros estados os primeiros mestres e instalava-se o Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos, voltado para servidores públicos, executivos governamentais, dirigentes de empresas mistas, bancos e outros interessados.

Em Brasília, o governador Jorge TRio Grande do Sul, Pará, depois a Unir - Gente de Opiniãoeixeira de Oliveira conversava com o ministro da Educação Rubem Ludwig para que o governo autorizasse o funcionamento da Universidade durante a visita do presidente João Baptista Figueiredo. A instituição ganhava corpo em 1983.

Em reportagem de uma página no jornal O Estadão de Rondônia (nome antigo daquele diário), o então secretário municipal de educação professor Lourival Chagas lembrava a este repórter a chegada do Ensino Superior ao extinto Território, via Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Tivemos um curso de licenciatura de 1º grau, prontamente aceito por uma expressiva clientela constituída por membros do magistério local.”

Em 1975 criava-se em Porto Velho a Fundação Universitária do Município, mais tarde transformada em Fundação de Ensino Superior. Não bastava, era preciso ter a nossa Universidade Federal, formando professores.

“Veio a primeira turma e depois a Universidade Federal do Pará aqui instalou o Núcleo de Educação que formou várias turmas em licenciatura plena, supervisão e administração escolar, letras, ciências, estudos sociais e orientação educacional”, ele recordava.

Os paraenses levaram a extensão da sua Universidade Federal a Guajará-Mirim e a Ji-Paraná. A Unir resultava da somatória desses valores. Então presidente da Fundacentro, o agrônomo Euro Tourinho Filho defendia a preparação de turmas qualificadas para atender à Lei da Reforma Universitária, que propunha aptidão intelectual.

Pedagoga, membro do Conselho da Fundacentro e vice-presidente do Centro Universitário, a professora Eleide Ribeiro de Lima conjugava o binômio educação-desenvolvimento “para se alcançar níveis cada vez mais altos.” O médico e deputado Jacob Atallah vislumbrava a criação de um núcleo de pesquisas abrangente para fomentar atividades socioeconômicas.

E o pedagogo Maurílio Rocha, vice-presidente do Conselho de Educação, lembrava das dificuldades dos anos 1970, “quando Rondônia permanecia adormecida, em conseqüência das enormes distâncias que a separavam dos grandes centros do País.”

O filósofo Elói Chaves, então técnico da Secretaria Municipal de Educação diria que as idéias da Universidade “seriam apenas alguns grãos de areia na construção da grande obra brotada do esforço de todos.” Sete anos antes, ele mesmo participara da semeadura.

A ministra da Educação Ester de Figueiredo Ferraz empossaria Tourinho Filho no cargo de reitor em outubro de 1982.

 

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