Quarta-feira, 15 de abril de 2015 - 15h59
Cassiterita de Bom futuro /Foto Rosinalva Galindo
Montezuma Cruz
Em Porto Velho (RO)
Em três anos a produção de cassiterita cresceu de 9,92 mil toneladas, em 2011, para 10,93 mil ton em 2012 e 10,12 mil ton em 2013. O volume de 2014 será computado no decorrer do primeiro semestre de 2015, informou hoje (15) o economista Antônio Teotônio de Souza Neto, da Superintendência Estadual do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
O Estado de Rondônia recebeu no ano passado R$ 6,19 milhões de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), correspondente à exploração de cassiterita (minério de estanho). Julho foi o melhor mês, com R$ 738,5 mil.
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Geólogo Deolindo Neto: "Empresas bem preparadas" /Foto Esio Mendes |
“O Amazonas ainda é o primeiro e nós somos o segundo produtor nacional; temos também boa diversidade de columbita, ouro, tantalita e wolframita (minerais metálicos); areia, argilas comuns, calcário (rochas), cascalho, diamante, quartzo, rochas (britadas), rochas ornamentais (granito e afins) e água mineral”, comenta Antônio Teotônio.
Para o secretário estadual de finanças Wagner Garcia de Souza, esse montante é inferior ao desejado, porém, na somatória com outras receitas de royalties contribui para o fortalecimento da economia.
Cruzamento estatístico
“O governo vem promovendo um trabalho conjunto com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), visando aumentar e fiscalizar melhor a arrecadação de ICMS e de royalties minerais; estamos bem adiantados”, disse o secretário.
Segundo Wagner Souza, isso será possível com o cruzamento de dados, a exemplo do Secretaria de Receita Federal. Os maiores beneficiários, explicou, serão os setores educacional e de saúde, “metas maiores do governador Confúcio Moura”.
A cassiterita ocorre com maior frequência nos municípios de Ariquemes, Campo Novo, Itapuã do Oeste, Monte Negro e Rio Crespo [Bom Futuro, Santa Bárbara, Massangana e Cachoeirinha].
Entre o final dos anos 1960 e os anos 1980, os garimpos mais movimentados localizavam-se nos setores Alto Candeias, Massangana, Cachoeirinha, Igarapé Preto, São Francisco, FAG-2 e Ribeirão do Riachuelo. Áreas menos movimentadas: São Lourenço, Macisa, Ceriumbrás e Oriente Novo.
Bom Futuro: cooperativas movem o negócio /Arquivo Gente de Opinião
Ariquemes lidera
Antigas áreas de portarias de lavra que haviam sido abandonadas por mineradoras foram ocupadas por pequenos e médios garimpeiros juntamente com empresários do garimpo. Dentre essas se destacam: Cachoeirinha, São Lourenço, Massangana e região do Alto Candeias.
A CFEM destina 65% ao município onde existe extração, 23% para o estado de origem e 12% são distribuídos para o DNPM, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, e Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Cinco empresas fundidoras funcionam atualmente no estado, todas localizadas em Ariquemes, a 200 quilômetros de Porto Velho: White Solder Metalurgia e Mineração Ltda., MeltMetais e Ligas S.A., Cooperativa Metalúrgica de Rondônia Ltda., Coopermetal, Cooperativa dos Fundidores de Cassiterita da Amazônia Ltda., CFC da Amazônia e Estanho de Rondônia S.A, todas estabelecidas antes da melhoria na oferta de energia elétrica.
Cooperativas em ação
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Mais de 500 processos acumulam-se no DNPM /Foto Esio Mendes |
Atualmente as atividades se concentram nas mãos de oito grandes produtores, que utilizam a mão de obra local no apoio de suas atividades.
Títulos de lavra são concedidos às cooperativas, seja na produção de cassiterita ou de ouro no rio Madeira, explica o superintendente estadual do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Deolindo de Carvalho Neto, diante de mesas abarrotadas por aproximadamente 500 processos.
“Empresas tecnicamente bem dirigidas são capazes de suportar investimentos de risco exigido pela mineração”, opina otimista.
No garimpo Bom Futuro (Ariquemes), a lavra de rocha para britagem foi retomada com moagem em planta única. Fatores de preocupação para o governo estadual: a exploração de cassiterita nessa e nas demais áreas de garimpos impactou diretamente 3,5 mil hectares da Floresta Amazônica Ocidental.
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