Quarta-feira, 12 de março de 2008 - 15h02
MONTEZUMA CRUZ
montezuma@agenciaamazonia.com.br
BRASÍLIA – Os capítulos da morte e do julgamento dos autores e mandantes do assassinato do líder seringueiro Chico Mendes serão editados pelo Senado Federal. Este foi o compromisso firmado pelo presidente do Senado Federal, Garibaldi Alves (PMDB-RN), em sua primeira audiência da manhã de hoje (quarta-feira). Mesmo depois de passar a madrugada no plenário e de dormir pouco, o senador foi simpático, demonstrou conhecimentos históricos e manifestou seu sentimento pela luta dos seringueiros amazônicos.
Alves recebeu parte da bancada federal e a direção do Comitê Chico Mendes, criado por entidades não-governamentais, sindicais e estudantes. Eles estão organizando os atos que vão lembrar o 20º ano da morte do líder Francisco Alves Mendes Filho. Chico foi morto no dia 22 de dezembro de 1988, em Xapuri, a 188 quilômetros de Rio Branco, no Sudeste do Acre. Graças à entidade, o crime não ficou impune e a sociedade brasileira passou a receber mais informações a respeito da vida dos trabalhadores rurais, seringueiros e índios no Acre e na Amazônia.
Membros do Comitê e do Instituto Chico Mendes desejam que o julgamento dos assassinos do líder seja visto como a data em que a justiça passou a ser mais rápida na Amazônia e no País. Acompanhados do senador Sibá Machado (PT-AC), dos deputados Fernando Melo (PT-AC) e Gladson Cameli (PP-AC), e de assessores dos demais parlamentares, os dirigentes Gumercindo Rodrigues, Julia Feitoza, e Elenira Mendes, presidente da Fundação Chico Mendes, ouviram do presidente do Senado a promessa de editar os anais do julgamento.
"Aquele foi um grande feito da justiça. Naquele julgamento, a justiça começou a condenar e a fazer assassinos e mandantes de assassinatos no campo irem para a cadeia", disse Sibá. Gumercindo, companheiro de luta de Chico, manifestou a Alves a grande expectativa dos acreanos em torno da publicação. Na terça-feira, dirigentes do comitê reuniram-se em São Paulo com o jurista e ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
A cada parlamentar e visitante que lhe foram apresentados o presidente indagou a qual partido pertencia e adicionou comentários. De Elenira, quis saber a idade de Chico ao morrer: 44 anos, completados no dia 15 de dezembro de 1988. Perguntou-lhe também a idade que tinha na época: quatro anos. Elenira informou-lhe que vem lutando para continuar a obra do pai em favor dos direitos humanos e da protenção ambiental.
Elogiado pelo presidente, Sibá explicou-lhe que a publicação poderá servir às faculdades de Direito do País. E aproveitou para pedir-lhe para que a TV Senado inclua em sua programação matérias jornalísticas que mostrem o trabalho de Chico em defesa da Amazônia. Também sugeriu uma exposição no Legislativo sobre Chico e a questão ambiental.
O senador petista convidou Alves a comparecer a um grande evento no Acre, de 15 a 22 de dezembro deste ano, com a apresentação de grupos de rock de todo o mundo, para celebrar a memória de Chico Mendes. Garibaldi prometeu ir.
FOTO/LEGENDA: Garibaldi Alves, Elenira Mendes e Julia Feitoza, na sala da Presidência do Senado /M.CRUZ
Fonte: Montezuma Cruz -Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião.
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