Quarta-feira, 29 de março de 2017 - 05h08
A coordenadora do Programa de Pesquisas para o Sistema Único de Saúde (PPSUS), Mage Tenório, conclamou na terça-feira (28) pesquisadores de Rondônia a promover “agregação de laboratórios” para obter mais recursos do governo federal.
Ela abriu o Seminário Marco Zero promovido pela Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa em Rondônia (Fapero), que segue até quinta-feira (30), no Larisson Hotel, em Porto Velho.
“São os pesquisadores que trazem respostas locais, aplicando a ciência, a tecnologia e a inovação aqui produzidas, quando todos sabem, o eixo Sul-Sudeste concentra os recursos investidos no setor”, frisou.
A coordenadora anunciou a criação de uma rede interestadual de pesquisadores que também beneficiará Rondônia mediante o aproveitamento do intercâmbio técnico-científico. “O pesquisador viajará para outros estados para conhecer novidades, e levará também as suas experiências”, exemplificou.
Para o secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, o resultado positivo das pesquisas em Rondônia “é a continuidade da célula embrionária, hoje valorizada pelo governador Confúcio Moura”.
Segundo ele, ao “ciscar para dentro”, o governo permite à academia o fortalecimento de ações de pesquisas voltadas para o bem coletivo. Até quinta-feira serão apresentados 20 projetos da chamada de 2016.
Entre outros exemplos, ele citou que 50% dos 3,5 mil partos feitos por ano no Hospital de Base Dr Ary Pinheiro, em Porto Velho, são de gravidez de alto risco. Desta maneira, sugeriu que a institucionalização das políticas públicas na saúde adote uma linha “tal qual a tábua de Moisés”. “Não adianta fazermos cirurgias urológicas modernas, se não tivermos próximos a academia”, apelou.
Lembrou que a infovia de Rondônia atualmente beneficia a saúde e facilita, de certa forma, a graduação em especialidades, de 43 médicos residentes no HB e no Hospital Regional de Cacoal.
Pimentel também elogiou o trabalho do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical de Rondônia (Cepem) no monitoramento da vacina que melhora a eficácia do combate à dengue, trabalho confiado ao cientista Mauro Tada.
A coordenadora trouxe alento aos pesquisadores, ao anunciar que neste ano o Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS abrirá a cada estado a oportunidade de apresentar uma experiência exitosa que será escolhida pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
No seminário, cada coordenador de pesquisa irá expor detalhadamente o projeto de sua área e submetê-lo à avaliação da comissão constituída por doutores do Ministério da Saúde, Universidade Federal do Amazonas e Universidade Federal de Rondônia.
Em 15 anos, o PPSUS garantiu 80% dos recursos para pesquisas no segmento, de dez estados brasileiros.
“O modelo do PPSUS é excelente, outras instituições de fomento podem adotá-lo”, elogiou o presidente da Fapero, Francisco Elder Souza de Oliveira.
A Fapero investiu até agora R$ 30 milhões em apoio a pesquisas de diversas instituições.
Mencionando o perfil regional, lembrou que um terço das propostas não alcançaram mérito suficiente, o que indica a necessidade de melhorar. “Nunca antes na história deste estado governador algum considerou a ciência investimento e não um simples gasto”, ponderou.
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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia
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