Quinta-feira, 16 de janeiro de 2014 - 11h18
MONTEZUMA CRUZ
De Brasília
Em pleno mês de janeiro, passado o brilho fulgurante da Estrela Guia que orientou os Reis Magos até Belém, autoridades econômicas enganam-se ao supor que varrerão para baixo do tapete mais uma de suas manobras pouco transparentes: contas bancárias de mais de meio milhão de correntistas na caderneta de poupança são incorporadas aos lucros da Caixa Econômica Federal.
Isso é feito sem nenhuma comunicação respeitosa ao correntista. Desequilíbrio, desfaçatez ou falta de pulso entre governantes? Fica ao seu critério, estimado leitor.
Num Congresso Nacional inerte à tomada de decisões e já temeroso do que serão as próximas eleições gerais, em outubro deste ano, quase não há reação às trampolinagens banqueiras da Caixa Econômica e do BNDES. A primeira, conhecida por avalizar golpistas internacionais, a exemplo da empresa construtora mexicana Homex, que ganhou dinheiro e, fraudulentamente, não entregou um conjunto residencial em Campo Grande, Capital de Mato Grosso do Sul. O segundo, useiro e vezeiro em autorizar financiamentos para aliados do poder, entre os quais, frigoríficos falidos.
O PSDB, principal partido de oposição no Congresso, adiantou-se a ingressar com representação no Ministério Público para saber se houve gestão temerária e fraudulenta na ação que encerrou indevidamente a conta de meio milhão de brasileiros, manobra que teria rendido R$ 719 milhões aos cofres da instituição.
O lead do colunista João Bosco Rabello n’ O Estado de S. Paulo, no dia 14, resume a ópera-bufa em Brasília: Se nada mais aparecer até lá, a presidente Dilma Rousseff desembarcará em Davos, para o Fórum Mundial que reúne os maiores investidores do planeta, com mais uma pérola da chamada contabilidade criativa, com a qual vem driblando os números negativos de sua gestão, na tentativa de exibi-la saudável.
Agora foi a vez da Caixa Econômica Federal meter- se numa aventura de confisco de poupança, encerrando 552.527 contas sem movimentação há algum tempo, ou pendentes de regularização cadastral. O saldo dessas contas, de R$ 719 milhões, inflou o lucro líquido da instituição em R$ 420 milhões, em 2012”.
Ministros da Fazenda e da Controladoria-Geral da União (CGU), e o presidente do Banco Central, estão convocados a esclarecer as artimanhas da Caixa e explicações pouco convincentes dadas até agora. Alguns parlamentares que conseguem enxergar adiante do nariz são exceções, pois, até prova contrária, se anestesiam com as energias da Copa do Mundo de Futebol, cuja presença é sentida em diferentes setores da sociedade brasiliense. A sede do poder contamina-se com farta propaganda a preço de ouro, veiculada na TV e nos jornais. É isso, se deixarem, a bola rola antes do apito inicial, e danem-se os poupadores.
A ação liderada pelos tucanos tem o caráter civil público, com o qual defenderá os depositantes ludibriados pelo marketing do lucro desse banco oficial. Paralelamente, anuncia-se um requerimento na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, para que Sua Excelência, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, desembuche o que tem que dizer. Em se tratando de poupança, será inaceitável que ele apareça em plenário e se valha novamente de contabilidade criativa. Bastam as loterias.
Depois da marcha popular de junho de 2013, é praticamente impossível aceitar que dourem novamente a pílula. Ironias inclusas, como diz a propaganda maciça do Banco do Brasil na TV, é hora de um sonoro: “Por quê?”.
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