Sexta-feira, 2 de outubro de 2015 - 17h38
Robson Oliveira
Unanimidade
Embora esta coluna tenha tomado posição crítica contra o mandatário estadual desde que o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia julgou procedente a Ação de Investigação Judicial que custou a cassação do diploma do governador e vice, na última quarta-feira, em Brasília, o Tribunal Superior Eleitoral desfez a cassação e manteve Confúcio Moura nas funções, por unanimidade, o que obriga, por dever de ofício, este cabeça chata a reconhecer que foi uma vitória espetacular.
Regras
A judicialização nas eleições faz parte das regras eleitorais e não significa numa democracia “mão grande”, “tapetão” ou “terceiro turno”, como alguns apedeutas alardearam por aí. Em Rondônia o instrumento já foi manejado em quase todas as eleições, pois são regras que exigem ser respeitadas. Nas eleições senatoriais pretéritas, por exemplo, Acir Gurgacz conseguiu o primeiro mandato desta forma e os petistas tentaram apear do cargo Amir Lando para empossar Eduardo Valverde, utilizando os mesmos instrumentos jurídicos. Muitos outros manejaram a Justiça Eleitoral para assumir mandatos o que é absolutamente normal. Apesar dos apedeutas de plantão afirmarem o contrário. Regras são regras.
Liberado
Há quem alegue uma suposta conspiração peemedebista que teria influenciado a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, o que não passa de papo furado. Foi uma decisão incontestável e o TSE firmou posição que regabofe em convenção não caracteriza abuso de poder econômico. Portanto, daqui pra frente carne na churrasqueira e cerveja no freezer que está liberado.
Tempo
Expedito Junior, que recebeu a decisão do TSE sem nenhum esperneio ou nota de lamúrias, terá que aguardar 2018, caso queira pleitear o governo. Saber perder e ganhar exige maturidade, visto que o mundo dá voltas e o tempo não para!
Injúrias
Alguns partidários do governador foram às redes sociais debochar e zoar os adversários o que é absolutamente normal no jogo político. Anormal foi o registro de acusações ríspidas e impropérios dirigidos aos quatro juízes do Tribunal Regional Eleitoral que votaram pela cassação. Seria bom que os advogados de Moura avisassem aos afoitos partidários que as digitais nas redes sociais com injúrias e difamações são passíveis de ajuizamento de ações judiciais e, os julgados comprovam que poucos escapam de indenizar por danos morais. Além de trabalhos comunitários!
Polidez
Confúcio Moura também visitou as redes sociais para comemorar a decisão do TSE de forma sóbria e sem arroubos. Bem diferente dos auxiliares puxa-sacos. Aproveitou para conclamar os bajuladores comissionados para que trabalhem muito porque a crise se avizinha às fronteiras de Rondônia. Moura demonstrou a polidez que se espera de um governante bem diferente dos puxa-sacos que partiram para injúria, calúnia e deboche contra os adversários e os juízes locais.
Mulher
Foi um sucesso a reunião festiva promovida quinta-feira (01) pelo movimento ‘Estamos à Ordem”, organizada exclusivamente para as colegas advogadas. O número expressivo de profissionais que engrossa o movimento e que compareceu ao evento demonstra a liderança acumulada nesses últimos três anos por Andrey Cavalcanti. O evento ocorreu na Casa Blanca, excelente local para homenagear as colegas advogadas.
E s c o m b r o s
A capital continua sendo um cemitério de obras inacabadas sem que as autoridades tomem as providências para concluí-las. Não adianta colocar a culpa nos órgãos de fiscalização se a administração pública não adota as providências para solucionar os problemas existentes nos projetos e na execução dos contratos. É falácia dizer que obras, a exemplo do Espaço Alternativo, não são concluídas por óbices das instituições de fiscalização se elas contêm irregularidades. Não é correto apurar as responsabilidades depois de concluídas se essas obras possuem vício de origem como querem uns e outros por aí.
C a ç a
A capitulação da presidente Dilma Rousseff aos caprichos peemedebistas livra por enquanto a pressão que os deputados federais faziam em favor do impeachment. Entretanto, conforme biruta de aeroporto, o PMDB muda de posição feito nuvem, mas o alívio à pressão pelo afastamento da presidência veio com a informação do MP Suíço de que o Presidente da Câmara dos Deputados possui contas secretas naquele país o que provocou uma revoada na base de apoio de Eduardo Cunha. Mentir no Conselho de Ética é um pecado capital jamais perdoado e tem custado o mandato dos que assim agiram. Em março, quando esteve no Conselho, Cunha jurou que não possuía contas no exterior. Se restar comprovado que mentiu aos pares, dificilmente escapa da cassação. De caçador virou caça!
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