Terça-feira, 8 de fevereiro de 2011 - 20h06
Reação
O senador Valdir Raupp (PMDB) decidiu tornar público sua insatisfação com a forma pela qual os parlamentares petistas Hermínio Coelho e Epifânia Barbosa optaram por apoiar Valter Araújo (PTB) para presidência da Assembleia Legislativa. Agiu depois de muita pressão de membros do partido e após ouvir da boca do governador algumas críticas acerbas sobre o episódio. A declaração do senador provocou uma reação dura do 'baixo clero' petista..
Deselegância
A reação agressiva petista não provocou no presidente do PMDB surpresa alguma. Aliás, ele previu o esperneio petista. O que dificilmente poderia esperar veio na forma deselegante como o governador revelou que ampliaria os espaços do PT na administração estadual, o que irritou profundamente o senador. Parlamentares aliados do palácio, em contato com a coluna, revelaram que também não gostaram da novidade e prometem tornar pública a insatisfação.
Cargo
Os petistas exigem que Confúcio Moura anuncie imediatamente o nome de Edson Silveira para o cargo de secretário-adjunto da Secretaria de Assuntos Estratégicos e mais uma dúzia de cargos DAS para acolher alguns 'companheiros' desamparados.
Recompensa
A exigência petista em relação a Edson Silveira diz respeito ao seu possível desempenho como principal negociador do acordo que resultou no apoio da bancada do PT à chapa do PTB na eleição da ALE. Quem o viu numa das mesas do restaurante Miyoshi, de Porto Velho, dia 18 de janeiro, em sussurrantes conversas com Valter Araújo, concluiu, pela fama associada ao petista, que falavam mais de negócio$ do que em política. Que gente linguaruda!
Racha
Há um setor rondoniense tentando colocar o senador Valdir Raupp e o governador Confúcio Moura um contra o outro. O senador disse a coluna que não existe a possibilidade de um racha no PMDB e que o episódio envolvendo os petistas é uma manifestação pessoal de alguém que consegue quase meio milhão de votos na última eleição. Em momento algum cobrou a demissão dos petistas do governo, apenas declinou sua opinião sobre a permanência deles nos cargos. 'Alguns poucos não se conformam com o resultado das urnas e minha expressiva votação. Eu entendo o ódio deles", disse Raupp a coluna.
Partidarização
Durante a campanha eleitoral, o governador propalou que não indicaria nome ligado aos partidos políticos para comandar a Secretaria de Educação, segundo ele, para evitar a partidarização da pasta. Nomeou para o cargo um nome desconhecido da área e desligado das castas partidárias. Eis, porém, que surge a informação de que os cargos de confiança da nomenclatura da secretaria estão sendo ocupados e aparelhados pelos petistas.
Laranja
Como Moura não escreveu uma linha no seu malfadado Blog desaprovando a eleição da mesa da Assembleia Legislativa, observadores políticos estão concluindo que o resultado que levou o deputado estadual Valter Araújo (PTB) à presidência daquele poder tenha agradado ao governador. E que a candidatura supostamente palaciana de Jesualdo Pires (PSB) teria servido apenas de laranja para os interesses palacianos. É, faz sentido!
Prestigiado
Ao contrário do que se andou falando sobre os bastidores da escolha na nova mesa da Assembleia Legislativa, particularmente em relação a possíveis rusgas surgidas daí entre o deputado estadual Edson Martins (PMDB) e os dirigentes do seu partido, a coluna está em condições de informar que o parlamentar continua prestigiado nas hostes peemedebistas e no palácio. Ele permanecerá respondendo pela liderança do governo junto ao Poder Legislativo e com laços ainda mais fortes com os dirigentes da legenda.
Coerência
Taxado de “traíra” por abandonar a turma da ALE que se postou ao lado do projeto de Valter Araújo, o deputado Edson Martins, na verdade, demonstrou toda a sua coerência ao atender o chamado do partido (PMDB) para se juntar ao grupo que apoiou a postulação de Jesualdo Pires (PSB). Traição seria não acatar a deliberação da sua legenda - que fechou questão pelo apoio à candidatura socialista.
Inimigo
Numa conversa amistosa entabulada por este cabeça-chata com o deputado estadual Valter Araújo (PTB), dia 13 de dezembro passado, nas dependências do Porto Velho Shopping, o parlamentar adjetivou a ex-senadora Fátima Cleide com impropérios impublicáveis e a classificou de inimiga.
Reciprocidade
O ódio, segundo o próprio parlamentar, era devido à insistência da ex-senadora em tentar aprovar a lei que criminaliza a homofobia. Ao que parece, a ojeriza aos petistas foi diluída com o apoio recebido na eleição da mesa da ALE, sem falar que, pelo jeito, Araújo também já começa a flexibilizar sua posição em relação à criminalização da homofobia. Falam até que o PT apoiará o petebista para prefeito da capital em 2012.
Confinador
O ex-deputado estadual e barrado das eleições pela 'lei ficha limpa', Kaká Mendonça, como prêmio, foi designado para ocupar a Diretoria Geral da Assembleia Legislativa do Estado. Coube ao ex-parlamentar a tarefa de confinar os eleitores do 'chefe', digo, os deputados, em local incerto e não sabido nos dias que antecederam a posse e escolha da nova direção do Legislativo.
Em alta
O deputado federal Moreira Mendes (PPS) deverá ser reconduzido ao posto de principal interlocutor do setor da pecuária e agrícola no Congresso Nacional. A bancada ruralista é uma das mais atuantes no Legislativo Nacional e promete barulho na votação do novo Código Florestal. Cada vez mais requisitado como fonte pela mídia que cobre as atividades do Congresso, Moreira é tido como um dos interlocutores mais autorizados do setor produtivo.
Equívoco
Na coluna passada, sobre um cargo supostamente pleiteado pela ex-senadora Fátima Cleide em órgão ligado ao Ministério das Relações Exteriores que trata de países da região Amazônica, informamos que era um sinecura sem muita importância política. Recebi um e-mail do leitor atento e jornalista da melhor cepa, Montezuma Cruz, esclarecendo o equívoco aqui publicado sobre o assunto, a ver:
· Montezuma Cruz - 01/02/2011
Estimado Robson: em relação à possibilidade de a ex-senadora Fátima Cleide assumir o cargo jurisdicionado ao Ministério das Relações Exteriores, não podemos vê-lo apenas como sinecura: 1) Temos problemas sobrando na fronteira brasileira (Acre e Rondônia) com a Bolívia e com o Peru (no caso do Acre); 2) Há intercâmbio de experiências universitárias, culturais e socioeconômicas em andamento no Acre e em Rondônia; 3) Brevemente, os governos brasileiro e peruano abrirão ao tráfego a Rodovia Interoceância (ou Transoceânica), a conhecida Estrada do Pacífico. Na condição de mulher que conhece as carências sul-americanas e alguns aspectos das legislações comerciais, industriais e de trânsito de mercadorias, a ex-senadora poderá exercer um importante papel de fiscal das atividades decorrentes da abertura da rodovia internacional; 4) Por último: pela amizade que tem com au toridades dos três países - Brasil, Bolívia e Peru -, caso queira, Fátima Cleide reúne condições para trabalhar - e bem,na linha auxiliar do MRE por aqui. Afinal, todos sabem, a própria diplomacia brasileira acumula carências e não dispõe de pessoal para atender especialmente países sul-americanos. Assim, a beneficiada pelo futuro cargo poderá trabalhar em sintonia com Brasília e, quem sabe, surpreender a todos com os seus feitos. Pelo menos é a expectativa deste velho repórter que está calejado de saber que nossa fronteira clama por atenção e por algumas soluções, mesmo a conta-gotas.
Credibilidade
A meu ver, Montezuma é um dos melhores de quantos jornalistas passaram por Rondônia nas décadas setenta e de oitenta. Quando este cabeça-chata desembarcava aqui, ele seguia com destino ao Paraná, depois Brasília, onde passou pelas redações dos principais jornais do país. É um colega da melhor credibilidade, merecendo todo respeito no que escreve, além da admiração pessoal. Portanto, torno sem efeito os comentários da coluna passada sobre o assunto e colho com humildade a opinião do 'camarada' Monte sobre o eventual cargo. Que a ex-senadora consiga assumi-lo e possa desempenhar com competência tais funções.
Entrevista
O Presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), o rondoniense Manoel Carlos Neri, concedeu uma longa entrevista nesta terça-feira (08), na Globonews, em Brasília, quando defendeu a aprovação do piso salarial e a regulamentação da jornada de trabalho em 30 horas semanais para os trabalhadores da enfermagem brasileira. Manoel Carlos também fez duras críticas aos critérios que vinham sendo adotados pelo Ministério da Educação para a autorização de abertura de novos cursos técnicos e superior de enfermagem. A partir de agora, renovação e abertura desses cursos estarão vinculados a parecer prévio do Cofen.
Fonte: Robson Oliveira - robsonoliveirapvh@hotmail.com
Gentedeopinião / AMAZÔNIAS / RondôniaINCA / OpiniaoTV / Eventos
Energia & Meio Ambiente / YouTube / Turismo / Imagens da História
O ex-senador Valdir Raupp pode retornar à ribalta política em 2026
PLO encontro promovido em Ji-Paraná pelo PL revelou mais no que não foi dito do que o que falaram em seus discursos os líderes da direita rondoniens
Deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador
PROJETOEm conversa com este cabeça chata, o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador dependendo do cen
As eleições municipais rondonienses traçaram um novo cenário
TRANSIÇÃOAs equipes de transição foram indicadas pelo prefeito eleito Leo Moraes e pelo atual prefeito Hildon Chaves para que todos os dados sejam pr
Somente alguém muito ingênuo não previa pressão dos vereadores eleitos sobre o novo prefeito
TRANSIÇÃONão tem motivo para o prefeito Hildon Chaves não acolher o pedido do prefeito eleito Leo Moraes para adiantar a transição. Leo precisa de t