Terça-feira, 22 de março de 2022 - 14h47
XEQUE
Os
governistas começaram o mês anunciando o apoio do prefeito da capital Hildon
Chaves como um “xeque” no tabuleiro das eleições. Foi um fato político robusto
e bem articulado pelo chefe da Casa Civil, uma vez que o alcaide foi
hostilizado nas eleições municipais pelos governistas e superou os embates da
campanha com Breno Mendes, candidato a prefeito do governador. Logo depois da
capitulação do alcaide de Porto Velho os governistas partiram para
canibalização dos demais partidos, sem o mesmo sucesso.
MATE
Com o
afunilamento do processo, eis que os próceres da reeleição de Marcos Rocha
começam a perceber que o “xeque” dado com a adesão de Hildon Chaves não foi
mate. E que as demais forças políticas de oposição começam a mostrar que a
disputa para o Governo de Rondônia vai ser fratricida e que não há eleição
vencida na véspera. Portanto, não foi um xeque mate eleitoral.
OPOSIÇÃO
Esta coluna
já havia antecipado aos eleitores que em Rondônia nunca existiu vitória por WO,
e que nestas eleições também não ocorrerá. Por enquanto quatro novos
postulantes a substituir Rocha estão montando o palanque bem mais seguro do que
“Titanic” governamental, apesar dos orçamentos bem mais modestos. Embora os
governistas tenham avançado sobre a oposição, nem todos capitularam e muitos
dos que embarcaram na onda governista serão os primeiros a pular do navio caso
o projeto comece a fazer água. É um filme que muitos já viram. A repetição é
questão de tempo uma vez que as promessas incialmente feitas são tão exageradas
que não cabem no orçamento da campanha.
NOVIDADE
Quando
todos (inclusive esta coluna) davam como certa a ida do senador Marcos Rogério
(PL) para um ministério no palácio do Planalto, deixando aliados à deriva do
processo sucessório, surpreendentemente o senador anunciou durante uma
entrevista radiofônica que é sim pré-candidato a governador. A novidade mexeu
com as peças do tabuleiro eleitoral e fez com que partidos que estavam sem rumo
começassem a enxergar um porto seguro.
RUINDO
Marcos
Rogério disputa o mesmo eleitorado bolsonarista o que leva a intuir que um dos
dois pode ficar fora do segundo turno. Em duas semanas o favoritismo de Marcos
Rocha e a tentativa de vencer por WO começou a ruir, mesmo com a
ajuda bussolar do timoneiro do Porto Velho.
PROFISSIONALISMO
Já o
deputado federal Léo Moraes (Podemos), monitorou de longe todas os lances do
governo e, reservadamente, intensificou as conversas com vários segmentos
partidários com o objetivo de se lançar a governador. Poucos acreditavam na
candidatura a governador do deputado, o que favorecia os governistas na
canibalização dos partidos supostamente de oposição. Léo foi paciente,
estratégico e corajoso para aguarda o afunilamento do processo e mexer o
tabuleiro eleitoral com profissionalismo, atraindo para o projeto a deputada
federal Jaqueline Cassol. O acordo entre Podemos e PP está em andamento e pode
atrair mais agremiações. Esta sim foi uma jogada de mestre.
EXPERIÊNCIA
O MDB,
partido que possui uma estrutura estadual histórica e uma militância, embora
envelhecida, aguerrida está ao deus-dará. Inexplicavelmente os emedebistas
ficaram agarrados à boia lançada ao mar pelo coronel governista. Tratado como
náufrago, não subiu imediatamente ao barco governista porque não existiam os
espaços que o presidente do partido Lúcio Mosquini almejava para conseguir mais
um mandato. É ainda um partido importante neste jogo eleitoral, mas seu
presidente precisa de mais experiência para dar uma boa mexida e negociar
espaços do tamanho histórico da agremiação, como faziam os velhos caciques do
MDB de outrora.
ISOLADA
A deputada Sílvia Cristina (PDT) é outra que corre risco enormes
em ficar sem mandato caso permaneça no PDT. Todos os caciques com quem este
cabeça chata conversa sobre a parlamentar apostam que ela será bem votada e,
numa nominata mais ampla, manteria facilmente o mandato. O problema é que os
pedetista insistem superistimar a capacidade eleitoral da parlamentar com
a lorota de sozinha têm votos suficientes para alcançar o quociente eleitoral,
que deverá ficar próximo aos cem mil votos. Na hipótese dela cair nesta
esparrela, e se isolar no PDT, o mandato já era. A saída menos ruim, a
persistir este cenário de isolamento, é se aventurar numa candidatura solo ao
Senado.
ESQUERDAS
O PT, PSB E
PCdo B tendem a ficar juntos nas eleições majoritárias em Rondônia. Sem a
federação entre eles, as nominatas para deputado federal complicaram em razão
da escassez de nomes em cada legenda individualmente para ultrapassar as
amarras do quociente eleitoral. Mesmo as pesquisas ainda não aferindo com
robustez a influência de Lula nas eleições estaduais, os reflexos desta
influência nas votações majoritárias podem ajudar nas votações de governador e
senado, mais do segundo do que o primeiro. Sem coligações nas proporcionais a
salvação é que o efeito Lula catapulte os candidatos das esquerdas com boas
votações nas legendas. A exemplo de Bolsonaro em 2018.
SENADO
Assim como
as candidaturas ao governo, vários postulantes ao Senado Federal começam a
surgir. Expedito Junior (PSD), Jaqueline Cassol (PP), Jaime Bagottoli (PSL),
Mariana Carvalho (PSDB) e Ramon Cujui (PT) foram lançados e mais uns dois novos
nomes devem surgir até as convenções. As campanhas vão ser casadas com as de
governador e tendem a influir no resultado final.
INCÓGNITA
Bem votado
nas últimas eleições estaduais e municipais, todos aguardam a definição do
professor Vinícius Miguel (Cidadania). É uma incógnita ainda o cargo que o
professor vai disputar, mas é certo que esteja nas eleições. Vinicius é cobiçado
por todos e frequentemente colocado nas listas para deputado federal. É um nome
da melhor qualidade e com potencial para ajudar qualquer nominata a alcançar
com tranquilidade o quociente eleitoral. Ele tem conversado com todos os
dirigentes dos partidos e deixado claro que a definição tem que ser do tamanho
que ele hoje representa neste jogo eleitoral. Na próxima semana deverá anunciar
o cargo que vai às urnas e qual grupo vai seguir. Mesmo que opte por uma
candidatura solo, caminho mais difícil, é um nome a ser respeitado em todo
processo.
LICITAÇÃO
Em regra,
editais de certames para contratação de serviços jurídicos, além da necessária
capacitação técnica, exigem uma infraestrutura mínima de equipamentos, pessoas,
certificados de capacidade técnica, certificados de qualidade e demonstração de
acervo e portfólio. Causa estranheza um edital pontuar apenas qualificações
acadêmicas que têm valor apenas para a carreira de professores universitários
das universidades federais. O edital de licitação de serviços jurídicos da
Associação dos Prefeitos de Rondônia (AROM), ao que parece, pode supostamente
estar sendo dirigido para contratar um professor que propriamente um advogado.
Com a palavra o TCE, órgão que em Rondônia tem sido diligente contra supostas
irregularidades.
MISTÉRIO
Duas
operações policiais que aconteceram recentemente em Rondônia contra pessoas
ligadas ao mundo da política sumiram do radar sem que nenhuma informação
vazasse. O Silêncio das autoridades sobre os fatos sugere uma suposta simbiose devastadora
entre interesses públicos com privados. A coluna ainda não conseguiu acessar
todas as informações sobre ambas, mas está no encalço das fontes para divulgar
em breve tudo que está sendo investigado, seus personagens e o que foi colhido
de provas. Doa em quem doer. Este mistério vai ser revelado. Em breve.
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