Terça-feira, 19 de fevereiro de 2013 - 13h04
Gesto
A ida do governador Confúcio Moura à abertura do ano legislativo foi um gesto de grandeza, visto que o presidente da Assembleia Legislativa não perde uma oportunidade na frente dos holofotes para fustigar e criar constrangimento ao chefe do Executivo. Já o gesto do chefe do Legislativo ao receber a ilustre visita continua sendo de beligerância. Na medida dele.
Aloprado
A denúncia de ser alvo de um suposto dossiê ilegal anunciada pelo deputado estadual Hermínio Coelho, presidente da ALE, indicando como autor as digitais do Secretário da Segurança Pública, Marcelo Bessa, não foi novidade pra este cabeça-chata. Em maio do ano passado, numa conversa informal com uma autoridade estadual, ouvi pela primeira vez o assunto. Com uma diferença: o governador também seria alvo de supostos grampos e não autor intelectual da alopragem.
Fonte
Como a fonte que nos fez a revelação bombástica goza da confiança da coluna e por se tratar de uma pessoa qualificada e de uma dignidade incontestável, levei a informação a sério e caí em campo para checar: cruzei dados, ouvi sob“off” auxiliares do Secretário de Segurança, investiguei ações desencadeadas pelo delegado antes de assumir ao cargo rondoniense e ouvi outras fontes. Nada. Não consegui confirmar a informação e optei em deixar pra lá. Minha incompetência não desqualifica a fonte, mas não escrevo uma linha sem provas.
Provas
Hermínio Coelho, além de acusar peremptoriamente Marcelo Bessa pela execução do suposto ardil, indicou como mandante o governador Confúcio Moura. Alegou que a suposta tramoia tem o objetivo de chantagear o chefe do Legislativo estadual a aprovar o nome de Marcelo Bessa para o Tribunal de Contas do Estado. Lorota, para que tenha o nome chancelado Bessa necessitaria dos votos da maioria dos deputados estaduais e não apenas do seu presidente.
Prerrogativa
Como o denunciante não apresentou cópia do suposto dossiê nem uma mínima prova de grampos, a denúncia soa como ato preparatório para barrar qualquer nome encaminhado pelo governador que, aliás, tem a prerrogativa constitucional na ordem da indicação.
Dissimulação
A Assembleia Legislativa indicou Wilber Coimbra e Francisco Carvalho (ex-Chico Paraíba) nas duas últimas vagas abertas para o TCE e trama em surdina para indicar mais uma.Apontar um governante desgastado com a opinião pública como autor intelectual do suposto malfeito caiu como uma luva para dar aparente verdade à dissimulação em curso e proteger o nome que o parlamentar esconde para impô-lo ao TCE.
Guardião
Desde que instituições adquiriram a engenhoca conhecida no submundo policial de 'Guardião' as denúncias de grampos ilegais se multiplicaram país afora. O STJ já colocou freios em algumas investigações que utilizaram a engenhoca ao arrepio da lei e mandou às calendas denúncias intentadas ao judiciário. Se a Secretaria de Segurança estiver envolvida em grampos ilegais, como sugere o deputado Hermínio Coelho, o caminho é uma CPI.O resto é lorota.
Desgastado
A coluna teve acesso a uma pesquisa que aponta um estrago considerável na avaliação pessoal do governador e sua administração. Os números apurados (não fui autorizado a divulgá-los) revelam que Confúcio Moura vai precisar repaginar por completo o governo para tentar pensar em reeleição.Mesmo assim, pelos percentuais, poucos acreditam que ele (Moura) seja capaz de mudar o rumo do governo, haja vista que nem ele muda seu jeito solitário de governar.
WO
Os principais interlocutores do governador apostam na lei da ficha limpa para desobstruir o caminho da reeleição de Confúcio Moura. A seguir por esta premissa Confúcio estará fadado a perder para WO. Ou para um qualquer aventureiro que apareça por aí com promessas mirabolantes e arauto da moralidade.
Capengando
Uma coisa é certa: apostar apenas na lei da ficha limpa não é o melhor caminho para areeleição. Para limpar a barra com o eleitor rondoniense, em especial o servidor público, Confúcio Moura terá que viabilizar primeiro a capenga administração estadual. Outro problema é o tempo.... que nunca para.
Relatório
A coluna teve acesso a um relatório de engenharia que aponta várias irregularidades técnicas do movimento de veículos sobre o viaduto da capital que dá acesso à BR 364, sentido Candeias. A pressa em liberar o trânsito e falta de competência podem provocar responsabilidades civis e penais.
Tragédia
Pelo relatório, as autoridades que autorizaram a passagem dos veículos por cima dos viadutos podem ser responsabilizadas por uma eventual tragédia que venha a acontecer. Ocorre que, ao liberar o trânsito, não se atentaram para o projeto original que previa contenções metálicas, contenção da saia de aterro, análise de solo para conter erosões, entre outras. Nenhum desses itens foram obedecidos o que impediria qualquer possibilidade de desastre. Um engenheiro consultado pela coluna garante que há perigo.
CREA
O Conselho Regional de Engenharia deveria também prestar um serviço público e informar também à população sobre os problemas dos viadutos, mas anda ocupado demais em recolher dividendos multando as pessoas humildes que constroem modestas casas por aí.
'Otomano'
Deus queira que nada de mal ocorra à população, mas as autoridades precisam resolver a pendenga urgente e impedir que desastres surjam por incompetência daqueles que deveriam cumprir com suas obrigações. Esses viadutos são a prova da mais absoluta incompetência de um gestor. Nada indica que o novo alcaide de Porto Velho consiga concluir aquelas obras com a brevidade almejada pelo contribuinte, mas os problemas herdados terão que ser solucionados. Por isto foi eleito. Chega de lero lero e é bom colocar opoderoso secretário 'otomano' pra trabalhar. Com a palavra Dr. Mauro!
Renúncia
Após a renúncia o santo padre Bento XVI ao papado, em Cacoal a torcida é enorme para que o padre renuncie à prefeitura municipal. A diferença é que o primeiro é santo e dado a gestor nobre, o segundo, não. Os fiéis da igreja católica querem que Bento fique, os eleitores cacoalenses querem que o padre vá embora.
Inflamado
Ontem, da tribuna do Senado Federal, o senador Ivo K-Sol (PP) fez um discurso inflamado contra as denúncias formuladas pelo Ministério Público Federal que, segundo o parlamentar, tratar-se de uma perseguição pessoal. O problema é que a denúncia foi recebida e acolhida pelo juiz de primeiro grau, cabendo ao senador recorrer. Ele alegou que direitos constitucionais comezinhos ao devido processo, a exemplo de ouvir testemunhas arroladas pela defesa, foram descumpridos na instrução processual. Caso este fato seja comprovado a revisão ocorrerá com tranquilidade.
Agressividade
Já são corriqueiras as reações destemperadas do senador rondoniense em relação as ações intentadas contra ele pelo procurador Reginaldo Trindade. Mas em todas oportunidades em que o senador ajuizou ações contra a suposta perseguição do procurador não conseguiu lograr êxito: esse deve ser o motivo pelo qual o humor do senador azeda e aumenta a agressividade quando menciona o nome de Reginaldo Trindade.
Controvérsias
Ivo K-Sol voltou a desmentir que estaria inapto a disputar as eleições estaduais de 2014 por causa da lei da ficha limpa. Lembrou que partiu dele a limpeza política do país quando divulgou vídeos com parlamentares tentando extorquir os cofres públicos em troca de apoio político na Assembleia Legislativa de Rondônia. A primeira fala feita da tribuna está correta: neste momento o senador ainda não está totalmente inelegível porque aguarda o julgamento de recursos no TSE. Em relação a segunda peroração, há controvérsias...
Suspicácia
No que pese a desconfiança dos barnabés em relação a um possível atraso dos salários pelo Governo do Estado, a suspicácia ainda não se confirmou e, pelas receitas dos últimos dois meses, dificilmente as suspeitas se confirmem. Tanto o Fundo de Participação do Estado quando as receitas próprias aumentaram consideravelmente em Rondônia. O governo já está agendando o pagamento de dívidas estocadas para honrar compromissos descumpridos. O que a coluna não descobriu é o critério a ser utilizado para priorizar as primeiras quitações.
Oi
Está cada dia mais complicado a comunicação com as operadoras de internet para que o consumidor resolva o problema. Nas últimas trinta horas tentei me comunicar com a oi para que informasse o problema pelo qual minha internet não funcionava. Como sempre a atendente virtual (um voz metálica gravada) não atende. A oi oferece um serviço de baixa qualidade, mas cobra religiosamente a conta em dia. Não falha nunca.As operadoras de tefonia e internet são responsáveis pelo maior número das ações ajuizadas. Com a adesão da Justiça a era digital já começo a visualizar os problemas que aguardam os advogados brasileiros. E os prejuízos decorrentes deles. Nem um oi?Assim é abuso.
Gaudério
Como a coluna da semana passada caiu na folia momesca e não saiu por aqui, registro hoje o meu pesar pela passagem para o andar de cima do amigo Nei Leal. Advogado preparado, boêmio por convicção, gaiato por natureza e violeiro por acidente. Dias antes de morrer ligou e disse: - cabeça-chata estou na tua terra, vamos comer um bode com uma rainha (cachaça paraibana conhecida pelo sua pureza e sabor incomparável)? Infelizmente, já havia retornado um dia antes pra Porto Velho. Não passou nesta cabeça deformada que o gaudério ligou pra se despedir deste leal amigo. Exatamente no primeiro dia de carnaval. Desconfio que no andar de cima encontrou Paulo Queiroz, Manelão e Juvenal Sena e fizeram a maior fuzarca com Pedro, porteiro do paraíso. Nem na última despedida perdeu a verve. Como não tenho pressa de subir e tenho pavor de altura, fico no andar de baixo a relembrar dos causos que Nei Leal contava aos amigos em comum. E tomando todas por ele. Dê lembranças ao PQ, ao general da Banda e ao Biuva. E não faça fofoca de mim ao Homem!
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