Terça-feira, 10 de abril de 2012 - 12h26
Vitória
Enquanto a maioria petista dava como perdida a disputa nas prévias do PT entre a ex-senadora Fátima Cleide e o vereador Cláudio Carvalho pela indicação da vaga do partido à prefeitura de Porto Velho, eis que a ex-senadora consegue dar a volta por cima e venceu o candidato apoiado pela 'máquina' da administração de Roberto Sobrinho. A vitória de Fátima Cleide significou a derrota do grupo do prefeito Roberto Sobrinho. Nas entranhas petistas dizem que esta briga se arrastará até a campanha.
Dividido
Logo após a proclamação da vitória de Fátima Cleide como a pré-candidata petista às eleições municipais da capital, os discursos acerbos contra o grupo liderado por Roberto Sobrinho foram minimizados para evitar que o partido permaneça dividido entre os dois grupos e prejudique a campanha da ex-senadora. Independente do resultado, unir essas duas partes não é uma tarefa fácil porque a administração do atual prefeito vem sendo alvo de acusações pesadas feitas por membros graduados do grupo da ex-senadora. E vice versa.
Vereança
Na hipótese de que fosse derrotada por Cláudio Carvalho, segundo um conceituado petista revelou à coluna, Fátima Cleide estava sendo instada a apresentar sua candidatura a vereadora e manteria-se longe dos palanques da suposta candidatura de Cláudio Carvalho. No staff do alcaide, há quem defenda a mesma distância do palanque eletrônico que vai ser montado por Fátima Cleide. Uma coisa é certa: juntar estas duas bandas no mesmo projeto é o primeiro grande desafio da ex-senadora.
Inimigos
A Direção Nacional e a Estadual do Partido dos Trabalhadores vão intervir e deverá haver um pronunciamento conjunto das duas anunciando a união entre o grupo de Sobrinho e de Cleide. Mas na prática as feridas vão permanecer abertas e a briga interna tende a aumentar a enfermidade. Quando petista briga com petista o resultado sempre foi devastador. Portanto, qualquer anúncio de união é protocolar.
Avaliando
De acordo com um 'cardeal' petista, os partidários de Cleide avaliam como positiva a possibilidade de Roberto Sobrinho manter distância da sucessão municipal, visto que os percentuais de reprovação da sua administração são altos. Já a avaliação pessoal da candidata escolhida pelos petistas é muito maior do que o candidato derrotado nas prévias. A verdade é que os filiados da legenda escolheram o melhor quadro atualmente disponível para disputar as eleições de Porto Velho.
Inflado
Cláudio Carvalho era a opção mais frágil do PT para suceder o 'companheiro' no paço municipal. Ele sequer conseguiu uma vaga na capenga Assembleia Legislativa nas eleições estaduais passadas quando disputou com apoio de uma estrutura de dar inveja aos concorrentes aparentemente mais avantajados financeiramente. Contudo, está inflado para disputar a reeleição para a felicidade dos barões dos precários transportes coletivos.
Nota única
A pré-candidatura de Fátima Cleide (PT) é um balde de água fria na pré-candidatura do socialista Mauro Nazif que disputa com os petistas os mesmos espaços no setor sindical ligado ao serviço público. Ambos têm se notabilizado por voltar suas ações quase que exclusivamente a defender as justas causas dos servidores públicos. Agora, com o jogo da sucessão sendo iniciado, vão ter que ampliar suas atuações para evitar que um dos dois fique fora do segundo turno. Já Lindomar Garçon, pré-candidato do PV, garante que é pré-candidato e não pode ser subestimado, visto que votos para ir a um eventual segundo turno já provou que possui.
Temperatura Nazif, nestas eleições, tem aparecido na pré-campanha com mais musculatura e com um discurso mais enxuto em relação aos nomes anunciados por aí. Muita água ainda vai correr debaixo da ponta até as eleições, mas a disputa começa prometer ser quente e afastar aquela aparência modorrenta que se configurava inicialmente. Outro fator que vai influenciar consideravelmente nestas eleições é o tempo de cada na TV e rádio, visto que o palanque na capital é exclusivamente eletrônico. O tempo dos nanicos vai valer muito! |
Lógica
Os concorrentes à prefeitura de Porto Velho não podem ficar com um discurso único achando que os barnabés por si só vão eleger o prefeito. Eleição municipal tem sua própria lógica e a questão sindical não está no topo das prioridades dos munícipes: nem era assim ontem, nem é hoje e nem será amanhã. Obras estruturantes, segurança e saúde, estas sim, definem uma eleição municipal. E claro, um candidato que seja convincente e que saiba defender bem cada uma no "palanque eletrônico".
Depoimentos
Os deputados estaduais da base governista na Assembleia Legislativa querem evitar surpresas na Comissão Processante que vai julgar os parlamentares encalacrados com os malfeitos que redundaram na 'Operação Termópilas'. Decidiram, portanto, que não vão convocar José Batista nem Rômulo para prestar depoimentos sobre os fatos que são imputados a cada um deles, livrando o governo e os acusados de eventuais constrangimentos. Mas quem torce mesmo para que a dupla não fale publicamente o que revelam em privado são aqueles outros parlamentares envolvidos na confusão.
Salvação
Não é novidade nos meios políticos que há um conluio sendo engendrado nas entranhas do Legislativo Estadual visando salvar os deputados fisgados nos malfeitos e cortar apenas a cabeça do chefe do esquema: Valter Araújo. "Perde-se os anéis e salva-se os dedos", diz o adágio levado ao pé da letra pelos nobres parlamentares da comissão processante.
Abortado
Caso não fosse a crise que emergiu na Secretaria de Estado de Saúde ano passado, uma compra de um lote de ônibus que serviria para exames de prevenção do câncer de mama teria sido adquirido com chances de se tornar mais um escândalo naquela secretaria. Um emissário rondoninese esteve em Manaus para tratar da negociação em nome de poderosos que, após a Termópilas, escafedeu-se. O negócio foi silenciosamente abortado antes que viesse a público. A coluna dá um "cunhado" de presente para quem advinhar as digitais da autoridade oculta!
Preocupação
Não é preciso Edson Vicente, Secretário de Desenvolvimento, se preocupar com a suposta substituição do cargo pelo deputado estadual Edson Martins. O governo conta com a atuação do parlamentar na Comissão Processante para evitar as surpresas incovenientes e desagradáveis. Principalmente neste momento em que as pesquisas apontam um declínio imenso de popularidade do governo, em especial na capital.
Cadafalso
Apesar de não correr o risco de ser substituido pelo deputado Edson Martins, a vida de Edson Vicente não é fácil: são cada vez mais audíveis as críticas à inoperância do titular da Secretaria de Desenvolvimento. Não há um projeto sequer sendo implementado que justique os gastos com a estrutura do órgão. Ademais, por onde passa, Vicente promete distribuir gratuitamente calcário para o pequeno agricultor corrigir o solo, mas não consegue colocar em funcionamento a única usina existente no estado para produzir o minério. Nem o 'Oráculo' acredita mais nas promessas do auxiliar.
Promessa II
O secretário prometeu também colocar em funcionamento as duas UPA's e um Hospital de Traumas. As duas primeiras em construção e o segundo, apenas o projeto. Esqueceu de falar que os prédios podem até ficar prontos, mas faltarão os equipamentos e os profissionais especializados para colocar todos em funcionamento. Enquanto não torna realidade as promessas, os usuários do João Paulo II torcem por menos: a promessa de um atendimento humanizado e digno.
Salvação
Nem tudo é notícia ruim na saara governista, o DER, por exemplo, pode dar uma alavancada na popularidade baixa do governo quando concluir o pacote de obras de recapeamento destinado aos municípios. Fazer o arroz com feijão ainda é a melhor saída política para qualquer governante. K-Sol se reelegeu desta forma e não precisou perder tempo filosofando debaixo do pé de Mangabeira para ganhar no primeiro turno dos adversários. Perdeu na terceira por insuflar ainda mais seu ego superlativo. Deu com burros n'agua.
Os alquimistas
Confúcio Moura optou por uma "feijoada": juntando no mesmo escalão gente sem o lastro meritório que ele tanto exigia inicialmente; e segue um caminho incompreendido pela maioria do rondoniense. Apenas seus auxiliares mais próximos estão certos, fazendo intermináveis reuniões e mais reuniões sem resultado prático nenhum. Planejam o óbvio e acham que descobriram a pólvora. A continuar nessa teimosia e seguindo este caminho o final vai ser igual ao antecessor. Aí não terá salvação e será o fim desse governo de alquimista.
Vândalos
O planalto mandou o Ministério da Justiça investigar os militantes de uma denominada organização "Liga Operária" que estaria por traz dos atos de vandalismos nos canteiros de obras de Jirau e Santo Antonio. Quem assistiu ao vídeo do fogaréu que incendiou os alojamentos dos trabalhadores das usinas não tem dúvida de que são cenas envolvendo vândalos interessados em tocar fogo em tudo. Nem precisa investigar, é uma organização que prega ações à margem da lei.
Encerrando
Depois de cumprir dois mandatos na presidência do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e sendo elogiado por vários setores, o rondoniense Manoel Carlos Neri da Silva passa a autarquia que literalmente construiu aos moldes republicanos para uma sucessora escolhida por ele entre os membros da sua atual gestão. Entre seus feitos, modernizou o Cofen, investiu nos Corens (comprou sedes, inclusive a de Rondônia), mobilizou os profissionais em defesa das 30 horas como jornada de trabalho, informatizou o sistema, ampliou a fiscalização, enfrentou o PL do Ato Médico, impôs ao MEC que ouvisse o Cofen sobre a abertura e renovação de cursos de graduação. O resultado desse trabalho pode ser conferido pela agenda de palestras que deverá fazer após o encerramento do mandato, dia 25 próximo.
Títulos
A gestão do rondoniense no Cofen foi tão marcante que lhe rendeu dois títulos de cidadão, Rio de Janeiro e Sergipe, várias homenagens de Câmaras de Vereadores país afora, de Corens e uma declaração pública e elogiosa do próprio presidente do Tribunal de Contas da União, durante uma palestra em Santa Catarina. Manoel, ao contrário de alguns homens públicos de Rondônia, é motivo de orgulho para os conterrâneos. Além da capacidade de gestão, demonstrou ser um articulador político da melhor qualidade. Em Brasília, soube negociar com os ministérios, a exemplo da Saúde, com habilidade incomum na defesa dos interesse da enfermagem brasileira.
Posse
Com a presença de várias autoridades do mundo político, sindical e profissional, Manoel Carlos dará posse a nova diretoria do Cofen no dia 25, na Capital Federal, num evento concorrido. Na oportunidade vai homenagear a ministra da Articulação Política da Presidência da República, Ideli Salvatti.
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