Quarta-feira, 4 de maio de 2011 - 15h53
Dublê
Um grupo político, sem um nome competitivo para colocar nas eleições municipais da capital em condições de vencer, está inflando o nome do gerente da concessionária de automóveis Saga, Ivan da Saga, para assumir a uma pré-candidatura a prefeito. Além de vendedor de carros, participa como dublê dos comerciais da empresa veiculados nas TVS locais.
Noviço
Ivan da Saga é noviço no mundo político. Assim como é novato na cidade de Porto Velho. Dizem que ele não conhece todos os bairros nem os distritos que compõem o município. Mas há sinais de que o rapaz foi vítima da picada da 'mosca azul' e está tentado a entrar na disputa (ou fria).
Ameaças
Eis que surge a ameaça de um novo movimento paredista por parte da gloriosa Polícia Militar rondoniense depois de perceber que as promessas negociadas durante o primeiro movimento não estão sendo cumpridas pelo Governo Estadual.
Sofrimento
Aos membros da caserna é vedado qualquer movimento paredista ou com características de insurretos, mas isso não justifica para que suas reivindicações sejam desrespeitadas. Um polícia mau paga e despreparada não é nada saudável para nenhum governo, pois quem sofre é a população que fica desassistida numa área vital e nevrálgica.
Negociação
Tudo indica é que os operadores políticos do governo são incompetentes ou ingênuos por não conseguir negociar uma saída para o problema. Já que o chefe é um sonhador. Dialogar ainda é a melhor saída: desde que haja resultados concretos para as duas partes litigiosas.
Alvo
O deputado federal Milton Capixaba (PTB) voltou a ser alvo da mídia nacional ao requentar a matéria sobre a chamada 'máfia' dos sanguessugas. O parlamentar vez e outra vira pauta na grande imprensa sobre este assunto desde que andou se enrolando com emendas públicas destinadas a adquirir ambulâncias. Isso tem causado embaraços para os voos mais altos que o parlamentar pensa em alçar. A marcação é cerrada. Ele faz ouvido de mercador com o barulho das manchetes como se não fosse com ele.
Reunião
Os membros da bancada federal de Rondônia no Congresso Nacional se reuniram nesta quarta-feira para priorizar as emendas destinadas ao Estado de Rondônia. Pelo que se viu os municípios vão continuar a ser mais aquinhoados. O governo sequer enviou alguém para defender seus pleitos.
Amabilidade
Não passou despercebido a visita feita pela deputada federal Marinha Raupp (PMDB) ao gabinete do senador Ivo Cassol (PP). Também não é segredo para o mundo políticos das desavenças históricas entre os dois líderes, mas quem assistiu ao encontro jura que o ambiente era de tanta amabilidade que nem lembrava as críticas entre um e outro em disputas recentes. Marinha explicou que foi ao gabinete de Ivo para ouvir suas propostas sobre as emendas parlamentares, visto que responde pela coordenação da bancada.
Circulando
Quem circulou pelo Senado Federal foi o tucano Expedito Junior. Por onde passou recebeu a atenção dos ex-colegas de parlamento. Em contato com a coluna JR falou de seus planos e reafirmou que vai se manter firme na direção do PSDB de Rondônia. Aproveitou para ironizar a tentativa do deputado Jean de Oliveira em desbancá-lo da direção do ninho tucano. Uma coisa é certa: dependendo do tucanato nacional o filho de Carlão de Oliveira não surrupia o partido de Júnior.
Simpatia
Pode-se não gostar do jeito que Junior faz campanha e discordar ideologicamente com suas posições políticas. Um fato ninguém pode negar: é um político tinhoso, inteligente, carismático e liso. Tem todas as condições de ressuscitar e voltar a ribalta política. Idade e disposição ele tem para recomeçar. Além de votos, é claro!
Barrigada
Surgiu uma notícia por aí de que a presidente Dilma Rousseff não mudaria alguns nomes indicados pelos partidos da base de sustentação política da bancada federal de Rondônia. Não é verdade. É demorado as trocas. Mas que elas vão ocorrer podem apostar.
Choque
Já começa a pipocar o tititi nos bastidores políticos de que é questão de tempo (pouco tempo) um outro entrevero entre o executivo e o legislativo estadual. Tudo por conta da decisão governamental em mudar os critérios para a contratação dos serviços, especialmente na área terceirizada. Como em muitos setores privatizaram a administração pública com resultados pífios, tapar este relo até que é uma boa ideia. A dúvida é saber se o executivo será capaz de aguentar o tranco e a reação em cadeia...
Bárbaros
Assisti estarrecido o anúncio festivo do assassinato do bandido Osama Bin Laden. Pode parecer paradoxal a afirmação estarrecido, mas não é. Explico: como uma sociedade que julga exigente quanto aos princípios que norteiam os direitos humanos, liberdade de expressão e manifestação, e com os ideários da democracia, igual ao Estados Unidos, comemora o assassinato de um réu passando por cima de todos os tratados que é signatário e de todo arcabouço jurídico processual? Sequer tentaram prender Osama. A ordem era assassiná-lo. Assim foi feito.
Vergonha
O pior é vermos colegas jornalistas, inclusive brasileiros, abordarem os fatos dessa caçada sem denunciar os crimes perpetrados pelos USA para realizar uma operação da forma como ocorreu. As edições que noticiaram a morte do assassino foram manipuladas. Osama era o bandido mais procurado do planeta e um dos mais sanguinário, mas nem por isto justifica uma execução sem os procedimentos comezinhos do direito a ampla defesa. Coisa de estado primitivo.
Posição
Ainda bem que nem todos os colegas de batente concordam com a forma primitiva dos americanos em resolver suas pendengas pela bala de metralhadora. O respeitado jornalista Ricardo Noblat, em seu igualmente respeitado BLOG, externou sua opinião sobre esses fatos que tomamos a liberdade para reproduzir aqui. Vejamos o que escreveu Noblat:
“Bin Laden perdeu.
E ninguém ganhou.
O mundo festeja a morte de um bárbaro terrorista assassino que foi assassinado no Paquistão por uma tropa militar de elite das forças especiais dos Estados Unidos.
Escondido em uma mansão onde não havia telefone nem internet, o cérebro do atentado do 11 de setembro, onde morreram 2.700 pessoas, já não comandava mais sua organização.
Valia-se de um emissário para transmitir recados. A identidade do emissário foi descoberta mediante a tortura de um dos presos mantidos na base militar americana de Guantánamo, em Cuba.
E foi o monitoramento do emissário que permitiu a localização do esconderijo de Bin Laden.
A tropa que invadiu o esconderijo recebeu a ordem de matá-lo. E de em seguida jogar seu corpo no mar.
O governo paquistanês não foi consultado sobre a invasão do seu território por tropa de outro país. Só depois ficou sabendo.
Em resumo: celebra-se a tortura (crime), o assassinato de um terrorista inativo (crime) e a operação militar bem-sucedida que implicou na violação da soberania de um país (crime também).
É o mesmo que afirmar: em certos casos (e não serão poucos), a tortura se justifica. O assassinato se justifica. A invasão pontual de outro país se justifica.
Repelimos a violência quando ela nos atinge. Aceitamos a violência contra quem detestamos.
Dancemos nas ruas!
Às favas os escrúpulos, os fundamentos do modelo ocidental de democracia e os valores básicos e consensuais de todas as religiões.
Um ex-operador da CIA, a agência americana de espionagem, disse hoje no The New York Times que a manifestação de júbilo dos seus concidadãos com a morte de Bin Laden avaliza os métodos usados pela CIA em defesa dos interesses do país.
Um general brasileiro aposentado, que na época da ditadura de 64 tolerou ou estimulou a tortura e a morte de opositores do regime, seria capaz de dizer algo parecido.
O mundo não se tornará menos ou mais seguro com a morte de Bin Laden. A essa altura, a importância dele era apenas simbólica.
Com a sua morte não se fez justiça como proclamou o presidente Barack Obama.
(Na aparência, pelo menos, George Bush Jr. fez ao capturar, julgar e enforcar o ex-ditador do Iraque, Saddam Hussein.)
Em sociedades ditas civilizadas, justiça se faz de outra maneira.
Consagra-se a doutrina israelense que justifica o assassinato seletivo de inimigos do Estado.
Foi um ato de vingança. Que Bin Laden fez por merecer.
Mas nós não merecíamos que por causa dele fossem rasgados os tratados internacionais que tipificam como crimes a tortura, o assassinato e a violação de territórios por tropas estrangeiras.
Bin Laden perdeu. E ninguém ganhou”.
Comentário nosso
Concordamos em gênero, número e grau com a opinião do jornalista Noblat. Um acinte a inteligência humana as cenas festivas que se sucederam pelas principais ruas americanas após o anúncio da execução do facínora. Um povo que concorda com tortura, assassinato frio, invasão a território soberanos e ainda diz que justiça foi feita não merece o título de civilizado. Os bárbaros moram logo ali, nos USA.
Fonte: Robson Oliveira - robsonoliveirapvh@hotmail.com
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