Terça-feira, 23 de junho de 2020 - 16h03
ENGALFINHANDO
Embora a população de
Guajará-Mirim, assustada com o número de infectados e de óbitos em razão do
coronavírus, exija que as autoridades estaduais, em particular o governo,
resolvam definitivamente, apesar de tardiamente, os impasses burocráticos e
financeiros da obra do hospital,o governador e coronel Marcos Rocha e o
deputado federal Coronel Crisóstomo trocam farpas publicamente se esquivando
das responsabilidades. Enquanto um desmente o outro, o número de óbitos no
município aumenta por falta de uma unidade hospitalar para socorrer os
pacientes.
LIVE DA MENTIRA
Os impropérios trocados entre os
coronéis ocorreram depois de uma live feita pelo coronel Crisóstomo garantindo
que havia colocado uma emenda parlamentar no orçamento federal destinada à
conclusão do hospital de Guajará. Segundo o coronel Rocha, a verba nunca chegou
e que a informação da liberação dada pela live era mentirosa. Numa live
anterior o parlamentar – único do PSL eleito na chapa do governador -, já havia
feito ilações colocando em dúvida a boa aplicação dos recursos destinados ao
combate do covid-19 pela Secretaria de Estado da Saúde. Com a desavença, cheia
de desmentidos, resta sabermos aquele que fala a verdade. Apesar de que o que
importa são os recursos.
SINECURAS
Não bastassem as críticas da
letargia política em tempos de pandemia em que está envolto o governo, há
críticas do terceiro setor quanto à Secretaria de Assistência e do
Desenvolvimento Social Estadual (SAES), administrada pela primeira dama Luana
Nunes de Oliveira Santos. Na semana passada, representantes de entidades não
governamentais requereram uma inspeção ao Tribunal de Contas para averiguar a
quantidade exagerada de cargos comissionados na estrutura funcional, além da
qualificação (ou falta) dos nomeados para exercerem as funções técnicas,
eventualmente não possuindo as habilitações adequadas. Pela denúncia, a SAES
teria virado uma sinecura entre amigos do rei, ou, como se comentam a boca
miúda, da rainha.
INDAGAÇÕES
Não
tenho dúvidas que o TCE será diligente na inspeção em relação estas sinecuras,
em especial no âmbito da SAES. Algumas indagações vão ter que restar
esclarecidas, por exemplo: quantos servidores de livre nomeação são filiados ao
partido de sustentação governamental (evita aparelhamento), qual percentual de
funções e cargos comissionados em relação aos efetivos (para verificar se está
dentro dos parâmetros da proporção com os servidores carreira), quais os
controles intrínsecos na escolha para nomeação e, portanto, estão aptos para
desempenharem as funções correspondentes.
LOCKDOWN
O prefeito de Porto Velho, Dr.
Hildon Chaves (PSDB), está absolutamente correto ao declarar que é a favor de
um isolamento mais rigoroso como estratégia de achatar a curva ascendente do
corona. É a única estratégia utilizada com sucesso por todas as cidades que
conseguiram domar a pandemia e começam a abrir as atividades comerciais e de
entretenimento. Tanto em Porto Velho como na maioria das cidades brasileiras,
houve uma pressão forte do empresariado em sentido contrário. Entretanto, os
alcaides que deram ouvidos aos especialistas da saúde – únicos capazes de
avaliar a situação – e optaram por um lockdown de verdade, colhem agora os
louros. Manaus, Fortaleza e São Luiz são exemplos exitosos que comprovam que o
caminho a ser adotado é o isolamento rigoroso. Hildon está correto por seguir
as recomendações dos especialistas da saúde.
INFECÇÃO
Quem defende a liberação das
atividades econômicas sob a alegação de que o desemprego vai ser proporcional à
pandemia, não revela totalmente a verdade porque os índices do desemprego já
são altos e vão se agravar de qualquer forma em 2021 em razão da retração da
economia mundial que, de acordo os especialistas da área, chegarão aos seis
pontos percentuais negativos.
ECONOMIA
Assim como a população foi
surpreendida pela pandemia, o coronavírus afetou também as eleições municipais
e quase ninguém tem mais um roteiro fechado a seguir como fórmula política para
apresentar à sociedade, embora a saúde pública seja a princípio um tema a dominar
todos os debates. Vários pré-candidatos estão repensando as estratégias e,
muitos deles, as próprias candidaturas. Em qualquer cenário que se desenhe é
pule de dez acertar que 2021 a economia estará na UTI entubada e exigirá das
autoridades políticas muita habilidade e coragem para que os sinais de
vitalidade retornem o mais breve possível.
REELEIÇÃO
O prefeito de Ariquemes, Thiago
Flores, por exemplo, antecipou-se à crise sanitária e anunciou que não é
candidato à reeleição, mesmo com uma boa avaliação administrativa. O prefeito
da capital, Hildon Chaves, ainda não revelou se é candidato à reeleição. É
possível que já tenha tomado a decisão, mas avalia ainda o melhor momento para
anunciar. Hildon tem repetido aos amigos próximos que o compromisso atual é
reunir as energias para combater o Covid e que qualquer decisão sobre reeleição
ficará para depois.
AVALIAÇÃO
Este cabeça chata aposta pelo
cenário atual – política é como nuvem que muda conforme o vento – avalia que é
grande a chance de Chaves desistir de disputar a reeleição. Perguntado, ele
desconversa. Como intuição é intuição, nesta cabeça nordestina a aposta é que
não. E não sendo, são por razões exclusivamente de exaustão pessoal, visto que
as probabilidades seriam alvissareiras.
HIPÓTESE
A confirmar em breve que o prefeito
da capital opte em não disputar a reeleição, o nome que volta à evidência e com
boas chances de viabilidade é do ex-governador Daniel Pereira. As acusações que
envolviam o nome do ex-governador com malfeitos na secretaria de meio ambiente
foram ao limbo após uma série de reportagens com o vazamento de áudios de um
grupo fechado de autoridades policiais revelando supostamente que as
investigações visavam atingir efetivamente Pereira sem que restasse claro o
nexo causalidade entre os malfeitos investigados e o ex-governador.
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