Terça-feira, 8 de novembro de 2011 - 16h29
Blefe
O anúncio feito antecipadamente pelas legendas PSDB, PV e PR de que formaram uma aliança para juntarem forças nas eleições municipais de 2012 é no mínimo uma precipitação. Nenhum dos caciques que firmaram tal compromisso e que assinaram uma ata (não tem valor jurídico nenhum) podem garantir sete meses antes das convenções partidárias que estarão juntos nas eleições municipais. É blefe para aumentar o valor do cacife.
Confidência
Numa conversa com esta coluna há quinze dias o ainda deputado federal Lindomar Garçon (PV) revelou que tem conversado com o presidente do PMDB para somar com seu PV nas eleições municipais. Confidenciou ainda que deverá pleitear um cargo de assessoramento no governo que dispense ordenar despesas (alegou que não quer cair em tentação e ser fisgado no futuro pela lei da ficha limpa).
Contumaz
Anteontem, numa reunião ao lado de Expedito Junior e Miguel de Souza, Lindomar Garçon anunciou solenemente apoio aos projetos do PR e PSDB. Ou mentiu para o repórter ou para os tucanos e republicanos. Mas mentiu, pode ser que daqui a sete meses tenha que repetir uma nova mentira. Aliás, mentir na seara política é algo corriqueiro. Porém, reprovável.
Maracutaia
Dizem pelos corredores do Congresso Nacional que a manobra feita pelo deputado federal Inocêncio Oliveira (DEMO-PE) para impedir a posse de Marcos Rogério (PDT-RO) na vaga de Lindomar Garçon (PV-RO) foi para que o parlamentar Verde possa permanecer no cargo até o final do mês, tempo suficiente para que consiga empenhar as emendas individuais. As emendas parlamentares têm sido o alvo das maiores maracutaias ocorridas em Brasília, segundo os órgãos de fiscalização e controle.
Limbo
Não há como a Câmara Federal impedir por muito tempo a posse de Marcos Rogério na vaga de Lindomar Garçon (exceto por manobras com prazo de validade). Garçon está sendo apeado do cargo de forma nebulosa (nas urnas foi bem votado e aprovado) e sabe que vai ser obrigado a firmar acordos para se manter na mídia e sair do limbo. Isso pode significar ser obrigado a ficar fora da titularidade da disputa municipal para garantir seu retorno ao Congresso Nacional.
Traído
Anúncio pomposo de juntar legendas para formar uma coligação com inúmeros partidos e em seguida ser abandonado tem se tornado um carma na carreira política do presidente do PSDB de Rondônia, Expedito Junior. Alguns meses antes das convenções para escolha dos candidatos a governador, Junior fez um anúncio semelhante e terminou sendo abandonado por muitos que haviam se comprometido a apoiá-lo. O PSB de Mauro Nazif, por exemplo, largou a candidatura do tucano no dia da convenção: após uma conversa pé de ouvido com os petistas. Portanto...
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Provocação
Já tem se tornado rotina os impropérios ditos pelo senador licenciado Ivo K-Sol (PP) em direção ao governo de Confúcio Moura. Algumas críticas são consequentes pela inércia em melhorar alguns setores, especialmente nas áreas de saúde e educação. O problema é que o senador e ex-governador aponta os erros do sucessor como se não tivesse alguma culpa da crise instalada nestas duas áreas.
Inconsequente
Quanto à antecipação da disputa de 2014, é inconsequência pura as provocações do ex-governador K-Sol. Por duas vezes teve a chance de resolver os gargalos da saúde e educação. Optou em pavimentar estradas, perseguir quem o criticava (dizem que chegou a lotar um servidor debaixo de uma mangueira) e aprofundou a crise na saúde e educação. Se elegeu senador, mas não conseguiu das urnas o resultado que propalava por aí que alcançaria. Levou um susto na própria eleição e uma sova na do pupilo escalado a lhe suceder. As novas críticas não merecem respostas. Em 2014, as urnas falarão por si novamente. Aguardemos!
Greve
Analisando a fundo a principal reivindicação do movimento paredista da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) verificar-se-á que não se sustenta por mais tempo a greve. Inicialmente anunciaram que faltava de papel higiênico a segurança nos 'Campi'. Um representante do MEC esteve em Rondônia e a principal pauta de reivindicação é a renúncia do reitor eleito por eles mesmo. Isso há menos de um ano atrás.
Grito
A renúncia é um ato pessoal e pela carta enviada à Assembleia Legislativa o reitor Januário do Amaral garante que não está nos seus planos renunciar. Alunos e professores amotinados elencam uma série de malfeitos da atual reitoria e por esta causa querem a renúncia. O problema é que nas denúncias feitas até o momento nem o MEC nem o Judiciário verificaram elementos robustos que justificassem o afastamento. No grito o problema não se resolve.
Legitimidade
Numa entrevista dada por um representante do movimento paredista, alegou-se que não há legitimidade na eleição de Januário Amaral porque teria perdido no corpo discente e dos servidores. Uma falácia. Quem disputou as eleições universitárias sabia que o voto nas universidades públicas brasileiras (Rondônia não é exceção) não é paritário e o peso maior dos votos é do corpo docente (seguindo uma proporcionalidade anteriormente estabelecida). Ademais, no segmento discente Januário ainda arrastou em seu favor um percentual expressivo dos que compareceram às urnas. Legitimidade não lhe falta.
Perpetuação
Alguns amotinados também sustentam que Januário Amaral está na administração da Unir há nove anos consecutivos. Ora, outra falácia, ao que se sabe é que os anos seguidos de mandato foram adquiridos pelas urnas e com as regras que disciplinam as escolhas dos reitores. Entretanto, quem elegeu Januário do Amaral foram os próprios professores, alunos e servidores da Unir. Quem pariu Mateus que o crie, como diz um senador romano.
Desgaste
Quanto ao desgaste político da atual gestão já comentamos na coluna passada. Na deflagração da greve faltou a sua magnificência a mesma habilidade que ostentou para conseguir sua recondução à reitoria. Está faltando avaliar melhor ainda a forma para solucionar o impasse. Eternamente é que não vão ficar em greve. A coluna acredita que a intervenção ainda é a melhor solução. Sem eleições imediatas, senão as ânimos se acirram e o caos toma conta da Unir de vez. Não adianta colocar alguém sem capacidade de dialogar com as autoridades federais, caso contrário as coisas desandam de vez. Os atuais líderes da greve estão igualmente desgastados. E com discursos em desuso.
Incongruência
Um dos líderes da greve (aluno da medicina) está cursando normalmente as aulas e se forma mês que vem. Uma greve tem seus custos, entre eles, a eventual perda do semestre. Não há nenhuma justificativa plausível para um dos líderes do movimento discursar nas assembleias pela manutenção da greve e, ato contínuo, cursar normalmente seu curso. Nem que fosse estágio supervisionado. Greve é greve.
Concursos
Entre as denúncias a que mais chama a atenção são as supostas fraudes em concurso para docência. Para que alguém possa ser aprovado num concurso público de uma Universidade Federal, além da prova escrita que é eliminatória, o candidato é submetido à arguição de uma banca formada por três professores, entre mestres e doutores. Se forem constatadas tais denúncias recairão sobre os membros da banca as eventuais penalidades.
Confissão
O reitor José Januário somente responderia pelas supostas fraudes nos concursos na hipótese de ser membro da banca ou que reste comprovado que deu ordens para que as fraudes fossem perpetradas. Ainda assim, exigiria uma delação premiada para que algum membro das bancas confessasse tais crimes. No momento o que existem são suposições e não evidências.
Saia justa
A ex-senadora Fátima Cleide (PT) passou a adotar a mesma tática (cada um responde por seu CPF) do ex-governador K-Sol (PP) para sair da 'saia justa' quando instada a explicar as denúncias feitas por parlamentares e que pesam sobre a administração do "companheiro" Roberto Sobrinho, prefeito da capital. Faltou originalidade a ex-senador, além de coragem para comentar as acusações. Como diz o adágio popular: 'Pimenta no (...) dos outros é refresco'.
Sem qualidade
O médico Rodrigo Almeida, presidente do Sindicato dos Médicos de Rondônia, revelou o que todo mundo já sabia: o atendimento da saúde pública é de segunda qualidade. A culpa não fica circunscrita apenas aos governantes não. As entidades médicas deveriam também verificar a qualidade ofertada pelo setor privado que chegarão a mesma conclusão, com algumas poucas exceções. Nem os planos de saúde escapam dessa lista. O jeito é rezar pra não adoecer.
Críticas
O governador tem culpado setores (entidades médicas, servidores da saúde e parlamentares) pela má gestão dos hospitais estaduais. Pelo Blog chegou acusar esses segmentos de retrógrados por recusarem a proposta de repassar a gestão para entidades filantrópicas e ONGs. Justifica que em outros estados, sob a responsabilidades dessas organizações, a saúde funciona que é uma beleza. Lorota. As UPAs no Rio de Janeiro (inicialmente elogiada) começa a emitir sinais de ineficiência. Casas de Saúde filantrópicas funcionam graças as benesses da 'viúva'. Ano passado o INCOR quase fecha as portas por administrações temerárias. Igualmente a Beneficiência Portuguesa. No Distrito Federal, onde a Sara já foi referência, o próprio governador reconhece que o que assola na área é o caos.
Vespeiro
A verdade é que Confúcio Moura e seus auxiliares procuram uma brecha jurídica para se livrar dos encargos sociais que a legislação brasileira concede aos barnabés. O que o governador não pode esquecer é que todos os seus antecessores que brigaram com as categorias perderam as eleições. Confúcio Moura foi deputado federal por três legislatura e não apresentou um projeto sequer para corrigir as distorções no serviço público que ele hoje tanto demoniza. Mexer enquanto governador neste vespeiro é pedir pra se picar. Com a composição do atual Poder Legislativo o Executivo não aprovaria nenhuma proposta que retirasse direitos trabalhistas dos funcionários público estadual. Nesse sentido, insiste pelo atalho de entregar a saúde aos organizações privadas. Os blogueiros encrustados nas entranhas do serviço público estão abespinhados e de olho vivo nas movimentações do governo e na leitura do Blog do Confúcio.
Letargia
Ao se candidatar Confúcio Moura conhecia a miúde os gargalos da saúde. Quando respondeu pela Secretaria fez um belo trabalho que o projetou na carreira política. Bastaria apenas que exigisse dos subordinados que aboletou na pasta a mesma presteza. O problema, segundo seu Blog, está na gestão dos recursos disponíveis (financeiros e humanos). Bastaria colocar no setor alguém com o mesmo perfil do então Secretário Confúcio Moura que a coisa poderia deslanchar. Ou não?
Fonte: Robson Oliveira - robsonoliveirapvh@hotmail.com
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