Segunda-feira, 16 de março de 2015 - 16h05
Robson Oliveira
Périplo
Depois que foi surpreendido com a cassação pelo Tribunal Regional Eleitoral por abuso de poder econômico, o governador Confúcio Moura (PMDB) fez um périplo pela capital federal para tentar reverter o revés sofrido. Visitou parlamentares aliados, o vice-presidente da república, Michael Temer, e alguns escritórios de advocacia famosos por cobrarem altos e justos honorários. Em um escritório, particularmente, tentou convencer o advogado a aceitar a defesa com o lero-lero de acreditar na “causa” sem ônus. Foi o suficiente para o advogado encerrar o papo e acabar com a reunião. O assunto virou piada nas mesas forenses de Brasília.
Lista
Embora o Governo de Rondônia não tenha suscitado junto à Suprema Corte do país a inconstitucionalidade da lei estadual que retirou do governador a prerrogativa de escolher o Procurador Geral de Justiça entre os três nomes que formam a lista tríplice, auxiliares do executivo estadual mandaram avisar ao Ministério Público que Confúcio Moura não abrirá mão de nomear o novo Procurador Geral.
Crise
O aviso é interpretado como sinal de retaliação às ações ministeriais coibindo eventuais malfeitos no poder executivo, o que demonstra a falta de habilidade política do governo em conviver com a independência funcional das demais instituições. Caso ocorra mais uma crise, além da política, será aberta por mera arrogância palaciana. Nomear o mais votado deveria ser rotina em qualquer poder por representar a vontade da maioria.
Prebenda
Pode custar processos de improbidade administrativa ou crime de responsabilidade para o Governador de Rondônia a criação dos malfadados grupos interdisciplinares (decretos 16.629, 17.908 e 18.667). Essas prebendas foram utilizadas no passado para engordar os holerites dos apaniguados do governante de plantão e provocaram dores de cabeças aos responsáveis. Apesar das gratificações de assessoramento no governo ser fixadas em percentuais infinitamente maiores do que a dos barnabés do quadro permanente da administração estadual, a criação de grupo multidisciplinar beira ao absurdo. Este fato tem tudo para encrencar ainda mais o governador.
Violência
Mesmo acumulando uma fama de brigão e provocador, as cenas com a polícia arrancando o suplente de deputado federal Ernandes Amorim de cima de um cavalo de forma violenta são preocupantes. Pelo vídeo divulgado nas redes sociais não consta que Amorim tenha esboçado ameaça aos policiais ou que estivesse armado. O ex-senador não é flor que se cheire, mas isso não é motivo para que policiais ajam da forma bruta para imobilizar uma pessoa e levá-la presa. Ademais, trata-se de um senhor acima dos sessenta anos que é facilmente imobilizado sem necessitar da brutalidade registrada nos vídeos. Um policial à paisana comprime o rosto do ex-deputado com força no asfalto. Imaginem o que podem fazer com um ‘Zé Roela’.
Reação
Muito embora não haja fato juridicamente concreto a ensejar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, as manifestações ocorridas no último dia 15 serviram para demonstrar que a população está atenta aos malfeitos políticos e à carestia que afeta nossa economia. As pesquisas de opinião internas apontam para uma queda abrupta da popularidade presidencial. Informações reservadas indicam que Dilma caiu para um dígito, ou seja, abaixo de dez por cento. Nem Fernando Collor obteve números tão pífios: mesmo no período do processo de impeachment. Dilma precisa tirar o país da UTI e o governo do coma que lhe acometeu. Antes que seja tarde!
Exageros
É natural nas democracias a população manifestar descontentamento contra os governos e não adianta minimizar os protestos sob a alegação que são movimentos organizados por setores conservadores. É verdade que no meio das manifestações apareceram as viúvas da ditadura defendendo retrocesso político com ruptura constitucional, mas são minorias insanas. A presidente tem que descer do pedestal imperial que subiu, compreender que governa para todos os segmentos da sociedade e retirar o país da crise política, moral e econômica que se encontra. Ou aprende a dialogar espontaneamente ou aprenderá na marra por um Congresso hostil e ávido pra garrotear um governo impopular. Embora seja um parlamento desmoralizado e medíocre.
Sintero
Um artigo da lavra do combatente professor Francisco Xavier Gomes, publicado nos sites da capital, revela a atual situação política em que se encontra o maior sindicato de categoria do estado. As críticas ao Sintero são feitas por um filiado que conhece as entranhas da entidade e possui um histórico pessoal de luta pela democracia e por melhores dias para os trabalhadores da educação. Ele acusa parte da diretoria de manter relações complacentes com o governo e ser inexorável com filiados que exigem ações firmes da entidade na defesa dos interesses da categoria. Razão pela qual Xavier é alvo de processos intentados pelos desafetos do Sintero que são impiedosos contra aqueles que ousam questionar suas gestões.
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