Terça-feira, 11 de fevereiro de 2014 - 11h21
Robson Oliveira
Suspense
Depois que desmentiu a informação de que tenha optado por ficar fora das eleições de 2014, o governador Confúcio Moura (PMDB) voltou a fazer suspense sobre qual decisão vai tomar. Não é a primeira vez que envereda por este caminho da incerteza. Quando exercia o primeiro mandato de prefeito em Ariquemes, no último ano, próximo das convenções, anunciou que não disputaria o segundo mandato. Como realizava uma administração bem avaliada pela população, os pedidos para que disputasse partiram de todos os setores da sociedade, não apenas dos peemedebistas.
Trote
Ninguém sabe concretamente se o governador esteja adotando a mesma tática que utilizou para conseguir o a reeleição em Ariquemes. O problema é que, diferente daquela administração municipal, na estadual, Confúcio não é bem avaliado e nem há registros de manifestações públicas da sociedade para que governe Rondônia por mais quatro anos. Não é raro perceber nas mídias sociais, muito utilizadas pelo governador nos dois primeiros anos, manifestações contrárias à reeleição. Uma coisa é certa: se estivesse fazendo uma boa administração manteria o ‘cavalinho na chuva’ e trotava com tranquilidade. Isto não significa que seja impossível recuperar. Mas cada dia fica distante esta cavalgada.
Rasteira
Abespinhados pela indecisão, o PMDB está cobrando do ilustre filiado uma definição sobre a candidatura de reeleição ou não. A direção peemedebista suspeita que o governador postergue até as convenções a decisão sobre a eventual postulação e, na hora de homologar as candidaturas, volte a desistir. Uma rasteira dessa natureza refletiria negativamente em toda a nominata. Esta dúvida tira o sono dos pré-candidatos filiados ao PMDB. Além dos dirigentes e aliados.
Bipolar
Nesta quinta-feira Confúcio Moura e PMDB vão se reunir para rediscutir a questão. Caso ceda à pressão para assumir a pré-candidatura à reeleição, o fará contra a própria convicção. Já declarou a mais de um interlocutor que não está animado para entrar na disputa. Justificou razões pessoais e familiares, razão pela qual alimentará as dúvidas, abalando ainda mais a relação bipolar que estabeleceu com os peemedebistas.
Ajoelhado
Enquanto o chefe do executivo estadual faz suspense sobre as eleições, o deputado federal Padre Ton, pré-candidato a governador pelo Partido dos Trabalhadores, confirma que está negociando o apoio do senador Ivo K-Sol. Embora petistas e ‘cassolistas’ tenham trocado acusações recentes, o pragmatismo do padre Ton tem falado mais alto. Como diz no adágio: ajoelhou, tem que rezar. Na política também!
Pecado
Nem tudo que o advogado Ernandes Segismundo (ex-militante petista) fala e escreve a coluna concorda. Mas trata-se de um profissional da maior correção e um ativista político da maior grandeza. O sermão dado pelo padre Ton ao advogado na entrevista concedida ao talentoso jornalista Carlinhos Araújo não corresponde com as virtudes que o criticado possuem. Aliás, incomensuravelmente maiores que os defeitos. Nesse caso, o padre pecou feio.
Blefe
Por estar se destacando entre os colegas prefeitos na administração de Ouro Preto, Alexes Testone (PSD) sempre é lembrado para substituir o governador. Não se constroie uma candidatura com amplitude estadual desta forma. É preciso gastar muito mais sola de sapato para se fazer conhecido junto ao eleitorado, além do próprio domicílio eleitoral. Importante ainda é contar com uma estrutura partidária sob seu jugo. Portanto, como não dispõe ainda desses critérios, não passa de blefe as especulações sobre a substituição do governador pelo prefeito no pleito de outubro. Mesmo que se confirmem as especulações da desistência de Confúcio Moura.
Cautela
Pelas manifestações populares registradas na última coluna, em que abordamos amiúde sobre a situação eleitoral de Expedito Junior, o pré-candidato tucano anda de bem com o rondoniense. A maioria que se manifestou é favorável a pré-candidatura. No entanto, caldo de galinha e cautela não faz mal a ninguém e Junior vai precisar acalmar o ímpeto dos correligionários para não subir ao salto. O resto vem com o tempo.
Esperança
Um auxiliar do prefeito Mauro Nazif (PSB) enviou mensagem à coluna anunciando que a prefeitura municipal de Porto velho adquiriu dezenas de máquinas pesadas para transformar a capital do “caos” num canteiro de obras. Juro que torço para que Dr. Mauro comece a trabalhar e faça metade do que prometeu. Como ando incrédulo com nossas autoridades, vou aguardar pra ver, visto que um amigo lembrou que não basta ferramenta boa na mão de trabalhador ruim. Mas a esperança se renova.
Patrimônio
O jovem vereador Léo Moraes (PTB) decidiu apresentar um projeto de lei na Câmara Municipal de Porto Velho para tornar a ‘Banda do Vai Quem Quer’ em patrimônio cultural imaterial de Rondônia. A atitude merece aplausos e comprova que nem tudo está perdido na edilidade da capital. Existem outros poucos como ele que estão horando o mandato. Uma minoria que faz a diferença.
Inútil
Nesta quarta-feira a Câmara Federal deverá levar em votação mais uma vez o pedido de cassação do quase ex-deputado federal Natan Donadon. Diferente dos colegas de unidade prisional – deputados condenados no chamado mensalão que renunciaram – Donadon decidiu lutar até o fim pelo mandato e não renunciou. Como não tem mais nada o que perder, a luta é inútil para ele e útil para o eleitor avaliar melhor os seus representantes.
Meliantes
A imprensa está de luto com a morte do cinegrafista da Rede Bandeirantes que morreu depois de agonizar numa UTI contra os estragos provocados por um artefato lançado por um membro da facção de vândalos denominada ‘Black Blocs’. Demorou muito para que as autoridades, inclusive nós, imprensa, reconhecerem esta facção como bandidos mascarados que se infiltram em movimentos sociais para espalhar o terror. São jovens (muitos bem aquinhoados) que usam da força bruta anabolizada em academias para cometerem crime. Ao invés de cérebro se jactam pelos músculos.
Pauta
Entra na pauta do Superior Tribunal de Justiça (STJ) , no próximo dia 18, o recurso interposto pelo deputado federal Rubens Moreira Mendes (PSD) contra a sentença condenatória da Vara da Fazenda Pública da capital, confirmada por colegiado do TJ, que provocou a inelegibilidade do parlamentar por oito anos. A manobra é fazer com que a sentença seja anulada sob o argumento de cerceamento de defesa, entre outras. Sendo acolhida a tese, Moreira Mendes lança a pré-candidatura ao Senado.
Ressuscitado
Desde que foi reabilitado na política depois que herdou o mandado na Câmara Federal devido à prisão de Natan Donadon, Amir Lando voltou a dar as caras em Rondônia - residia definitivamente em Brasília desde que foi rejeitado nas urnas em 2010 - e aproveitou a oportunidade para abraçar a bandeira da transposição. O que é muito bom, haja vista que nos mandatos exercidos no Congresso Nacional e na passagem pelo Ministério da Previdência nunca demonstrou preocupação com a matéria nem com as questões mais simplórias de interesse estadual. Antes tarde do que nunca, embora esteja de olho no calendário eleitoral.
Exemplo
O Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia está preparando uma extensa pauta de debates para esclarecer aos partidos, pré-candidatos, jornalistas e aos operadores do Direito toda a legislação pertinente ao processo eleitoral. A iniciativa é do presidente da corte, desembargador Péricles Moreira Chagas, que espera uma eleição exemplar em Rondônia. Quem for pego em malfeito vai receber punição igualmente exemplar.
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