Terça-feira, 17 de julho de 2018 - 14h26
INSULTOS – Ex-colaboradores na administração de Confúcio Moura foram às redes sociais para protestar depois que viralizaram os áudios do ex-governador insultando o senador Valdir Raupp e o presidente do MDB, Tomás Correia, por supostamente orientarem os convencionais do partido a escolher apenas um candidato ao Senado e barrar a pretensão do ex-governador em disputar pelo MDB uma das vagas ao senado.
TRAQUE - Os vazamentos dos áudios teriam sido premeditadamente combinados entre o ex-governador e uma secretária de educação de um município da região da Mata, conforme apurou a coluna, no intuito de provocar reações tão fortes que garantissem os votos na convenção do partido que Confúcio Moura necessita para compor a chapa majoritária do MDB. A repercussão foi enorme entre emedebistas e militantes engajados nas pré-campanhas, mas os insultos foram tão acerbos para quem ostenta uma caricatura de monge que ecoaram de forma negativa e provocaram efeitos menos estrondosos do que o esperado pelo ex-governador.
SOLIDARIEDADE – Não houve um único deputado federal, estadual, prefeito ou vereador do MDB que viesse a público se compadecer com os impropérios ditos por Confúcio Moura contra seus supostos traidores. Sequer aqueles alcaides de outros partidos que nas eleições passadas optaram em apoiar o então governador. E a razão é simples: quando governador, Moura reiteradamente relatava em seu BLOG queixas em relação aos pedidos de emprego feitos por correligionários e passava pito em cada aliado que insistisse com os pedidos. Nas redes sociais as poucas solidariedades partiram dos ex-colaboradores e de quem não é convencional no MDB.
TRAIÇÃO – Enquanto Moura diz que foi traído pela cúpula do MDB que havia prometido a vaga senatorial, internamente convencionais lembram que o mesmo Confúcio que agora cobra lealdade, é o mesmo que conspira contra Maurão de Carvalho, candidato pré-lançado pelo MDB à sucessão estadual. Confúcio nunca escondeu a preferência por um candidato a governador com perfil totalmente diferente do Maurão. Aliás, em entrevista recente, Maurão também se queixou da traição de Moura em não declarar apoio ao candidato do partido.
LOROTA – Como não existem candidaturas natas, é natural que os partidos, na medida que se aproximam as convenções, refaçam as contas para projetar as perspectivas eleitorais. O MDB percebeu que a entrada em cena da pré-candidatura de Marcos Rogério (DEM) ao Senado Federal diminuiria as chances de uma única legenda eleger os dois senadores, razão pela qual, candidato à reeleição, Valdir Raupp passou a ter a preferência dos convencionais. É lorota dizer que haja uma revolta generalizada no MDB, caso houvesse, os convencionais teriam declarado apoio a Confúcio e não ao Raupp. Portanto, a suposta traição a Confúcio Moura seria especialmente dos convencionais: esses sim, responsáveis por escolher os candidatos do MDB. A lorota tem tão somente o fim de provocar constrangimento à cúpula emedebista.
RECIPROCIDADE – Quando lançou a candidatura a governador ainda em 2010, Confúcio Moura foi obrigado a disputar as prévias do PMDB contra Suely Aragão, ex-prefeita de Cacoal. Na época o ex-governador se queixou muito da oposição interna da ex-prefeita e pediu ajuda exatamente ao Raupp para que garantisse a maioria dos convencionais em seu favor. Pelos menos duas vezes Moura chegou a pensar em desistir da disputa e não o fez por contar com a reciprocidade do apoio do senador. O mesmo que hoje ele chama de malfeitor.
INCENDIÁRIOS – Não há como desconhecer que Moura possui capilaridade para disputar uma vaga senatorial com chances reais de sucesso. Mas uma campanha tem começo, meio e fim e duas candidaturas em pé de guerra no mesmo palanque é a fórmula certeira denominada de “abraço de afogados”. Os pré-candidatos ao mesmo cargo adorariam concorrer com um palanque nestas condições adversas e por este motivo Moura tem recebido apoio mais dos adversários do MDB do que dos convencionais do partido. Todos querem ver o circo pegando fogo. E Raupp ao perceber as labaredas atua nas coxias para evitar virar cinzas já que seus detratores fazem campanha nas mídias sociais pela sua cremação.
CONSPIRAÇÃO – Em conversa com a coluna o senador Acir Gurgacz (PDT) garantiu que mantém a pré-candidatura ao Governo de Rondônia e informou que discorda de quem o julga inelegível. Acir lamentou a postura do chefe da Casa Civil do Governo, Eurípedes Miranda, que, segundo o senador, tenta desconstruir sua candidatura e força a barra para que o governador Daniel Pereira seja seu substituto nas eleições. A conspiração de Miranda, para Acir, é um ato isolado já que o governador tem reiterado o apoio a sua postulação.
ANÚNCIO - Com a presença do ex-governador de São Paulo, o PSDB rondoniense, o DEM e o PSD vão anunciar no próximo sábado, em Ji-Paraná, os nomes dos pré-candidatos a governador, senador, deputados federais e estaduais. É um evento que começa a definir o cenário dos grupos políticos que vão se enfrenta em outubro. Aliás, esta coluna, meses atrás, previu tal cenário. Embora nem todos tenham concordado.
LUTO – Embora este colunista não fosse eleitor de nenhum dos dois políticos que recentemente faleceram, Chagas Neto e Moreira Mendes, foram parlamentares federais, cada um a seu tempo, de maior grandeza ao defender seus postulados no Congresso Nacional. Eram duas pessoas afáveis e de refinado trato mesmo com quem divergiam. Rondônia fica mais pobre na seara política com a passagem de ambos. Esta coluna lamenta e compartilha do luto.
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