Quinta-feira, 19 de setembro de 2013 - 16h04
Robson Oliveira
Mudanças
Desde que ascendeu a titularidade da Secretaria Estadual de Educação Isabel Luz era considerada uma auxiliar intocável pela relação pessoal que mantém com o governador, mas ela está de malas prontas para deixar a pasta. É que o governador não suportou as ausências injustificadas da auxiliar na secretaria, além do volume de problemas represados aguardando soluções, a exemplo de merenda escolar, vigilância, fardamento, entre outras. Na próxima quarta-feira ela desocupa o cargo para ser substituída por Emerson Castro, ex-vice-prefeito de Porto Velho. Falam que ela deverá se mudar para o Estado do Espírito Santo, onde já reside toda a família.
Qualidades
Emerson Castro responde hoje pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento e em pouco tempo correspondeu com as funções ao colocar em pauta vários projetos empresarias de interesse de Rondônia e atrair novos investidores que estão se instalando no estado. Embora não seja familiarizado com as questões de fundo da educação é um gestor competente e capaz de prestar uma boa contribuição à educação rondoniense. Dialogar, ouvir, ousar e se assessorar de bons profissionais são qualidades inerentes a Castro: comprovadas pelos cargos que exerceu na vida pública. Ele assume com 'carta branca' para promover as mudanças que a área requer.
Despejo
Tem sido grande a romaria dos caciques políticos ao município de Ouro Preto do Oeste na tentativa de convencer o prefeito Alex Testoni (PSD) a compor uma das chapas como vice-governador. Bem avaliado em todas as pesquisas sérias como um excelente administrador, Testoni vem sendo paparicado por todos os pretensos postulantes ao Governo de Rondônia, inclusive pelo PMDB, do atual inquilino do Palácio Vargas. De tanto ser bajulado, dizem que o alcaide já sonha com o próprio nome para encabeçar uma chapa majoritária. Se depender apenas da sua disposição, não hesitará em desalojar o principal inquilino palaciano.
Perfil
Na hipótese de resolver encarar uma candidatura ao Governo de Rondônia Alex Testoni vai ser compelido a remodelar o vestuário e abandonar as vestes que costuma usar: camisa bem curta e moldada ao corpo, calça apertada e um indefectível boné Hollister, todos de cores aberrantes. Não são roupas adequadas para um governador já que a função exige do ocupante uma liturgia compatível com o cargo. Não há registro da eleição de alguém para o Executivo Estadual com um perfil "largado". Nem Cid Gomes (governador do Ceará) ousou tanto, no que pese a jovialidade.
Voltou
Calado desde que teve o nome envolvido na operação policial ‘Apocalipse’, o deputado estadual Hermínio Coelho (PSD) aguardou em silêncio pelo pronunciamento do Ministério Público – que não encontrou no inquérito policial indícios de sua ligação com a suposta organização criminosa para que fosse denunciado – para retornar revigorado aos discursos com palavras grotescas ao adjetivar os desafetos. Ontem, da tribuna da ALE, chamou o Secretário de Segurança Pública de vagabundo, bandido e pilantra. Ele voltou ao velho estilo.
Razões
É verdade que o presidente da Assembleia Legislativa Estadual tem suas razões para desabafar e exigir reparação depois que teve seu nome envolvido (agora injustamente, segundo MP) numa operação policial envolta a tanta polêmica, mas não precisava vociferar utilizando os mesmos impropérios que tanto abusou para agredir os adversários antes do apocalipse policial. Ademais, o cargo que enverga exige comedimento no uso do vernáculo, mesmo na construção de frases mais acerbas.
Prejuízos
Independentemente das convicções pessoais de quem quer que seja sobre a operação ‘Apocalipse’, e do grau de envolvimento das pessoas investigadas, não há como deixar de registrar que em relação a Hermínio Coelho, Adriano Boiadeiro, Claudio Carvalho e Jean Oliveira houve um prejuízo político e moral enorme ao envolvê-los injustamente com a suposta organização criminosa.
Desagravo
Nada que os responsáveis pela investigação possam fazer para reparar o prejuízo será capaz de apagar os momentos de sofrimento que passaram os parlamentares e seus familiares. Quanto aos possíveis prejuízos eleitorais, caberia ao próprio Poder Legislativo uma sessão de desagravo (não é de insultos) para que a verdade seja reposta e a dignidade individual de cada um valorada. Inclusive com a presença do Chefe do Executivo estadual para demonstrar que não houve uma premeditada retaliação ou algo pior.
Êxito
Apesar dos excessos tornados públicos, a ‘Operação Apocalipse’ teve o êxito de retirar de circulação uma suposta quadrilha que lesou pessoas, corrompeu agentes políticos e servidores públicos. Dos mais de oitenta indiciados, cinquenta e cinco foram denunciados pelo Ministério Público. Restou comprovado clonagem de cartões de crédito, lavagem de capitais, estelionato, tráfico de influência e peculato. E tudo indica associação ao narcotráfico. Daqui pra frente é preciso mais cautelas nas investigações.
Pesquisa
Já começaram a apurar a intenção de votos do eleitor rondoniense para as eleições estaduais de 2014. A coluna conseguiu acesso a duas, contratadas por grupos diferentes, mas de institutos com portfólios duvidosos. Ambas, em comum, revelam que o nome mais consistente hoje a ser batido é do ex-senador Expedito Junior (PSDB).
Viabilidades
Na hipótese de Junior ser barrado por impedimento judicial (como é o caso de Ivo K-Sol - PP), a esposa do senador pepista, Ivone K-Sol, mesmo nunca tendo disputado uma eleição, passa a ser viável eleitoralmente e aparece com percentuais consideráveis. Já o atual governador, provável candidato à reeleição, terá que diminuir muito os percentuais de rejeição, especialmente na capital, para se viabilizar ao segundo mandato. Os demais pesquisados obtiveram percentuais inexpressivos: entre três a um dígito.
Fênix
Para o Senado Federal os nomes mais lembrados pelo eleitor são Marinha Raupp (PMDB), Fátima Cleide (PT), Rubens Moreira Mendes (PSD), Acir Gurgacz (PDT) e Aluísio Vidal (PSOL). Nessa sequência. A novidade é o ressurgimento da ex-senadora petista depois de um mandato sem grande brilho no Senado Federal e amargar duas derrotas consecutivas ao Senado e à Prefeitura de Porto Velho. O percentual de indecisos e que não votam em nenhum deles é expressivo e intrigante.
Recall
Embora a legislação eleitoral brasileira não tenha instituído o recall – significa o poder de cassar e revogar o mandato de qualquer representante político, pelo eleitorado; é chamar de volta para "reavaliação" – a maioria absoluta do eleitorado da capital desaprova a administração do prefeito Mauro Nazif (PSB) e não repetiria o voto. A pesquisa revela que a decepção é enorme e alcança todas as faixas econômicas e etárias. Houvesse o recall ele estaria fora do paço municipal. Isto em apenas nove meses de (des) governo e com as primeiras chuvas começando a alagar os bairros.
Posse
Tomará posse na próxima quarta-feira no Conselho Nacional do Ministério Público o jovem advogado cearense Leonardo Carvalho, aprovado por unanimidade no plenário da CCJ do Senado Federal. Ele foi colega de turma do não menos talentoso advogado rondoniense Diego Vasconcelos. Convidados, estaremos presente na companhia do amigo rondoniense.
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