Terça-feira, 14 de junho de 2016 - 18h44
Robson Oliveira
Ambiguidade
Mesmo anunciando através de um release ambíguo de que é pré-candidata a prefeita de Porto Velho, a deputada federal Mariana Carvalho (PSDB) lançou mais dúvidas do que certezas sobre a eventual postulação. Todos os dirigentes do PSDB, quando instados a falar sobre o assunto, reconhecem que há um receio dela (Mariana) desistir antes da convenção. Aliás, receio que a coluna sempre compartilhou.
Incertezas
Desde que Mariana assumiu as funções no Congresso Nacional tem confidenciado em privado que não está com motivação para disputar as eleições municipais deste ano, razão pela qual as dúvidas somente aumentaram, embora a assessoria tenha anunciado publicamente que ela é pré-candidata. Caso se confirme, mesmo não sendo imbatível, tende a ser uma fortíssima postulante a desalojar Mauro Nazif da função de alcaide.
Interlocução
Já o deputado estadual Léo Moraes (PTB), assumidamente pré-candidato, percorre os bairros da capital marcando presença e cobrando ações da municipalidade para os diversos problemas do município. É um parlamentar atuante e com bons propósitos que tem chances de fazer uma campanha robusta. No entanto, comete um erro primário ao escalar como interlocutores pessoas sem a estatura ideal para falar em seu nome com as demais agremiações e ampliar as chances da postulação.
Retrocesso
Embora o Ministério da Educação esteja sendo conduzido por um parlamentar conservador e sem o brilho acadêmico ostentado por seus antecessores, há em surdina um movimento interno na UNIR formado por um número minúsculo de docentes, desacostumados a respeitar a vontade da maioria, para impedir a posse do reitor professor Ari Ott, eleito de forma limpa e bem votado pelos alunos, professores e servidores. Com a ascensão do ministro conservador, os insurretos da UNIR tentam impedir a posse espalhando um dossiê junto à bancada federal com denúncias requentadas. Apenas um parlamentar da bancada deu ouvidos aos inconformados.
Vespeiro
Em geral nunca foi um bom negócio para os políticos comprar briga com a comunidade universitária, em particular quando o assunto é colocar em cheque a autonomia universitária. Um vespeiro que em outrora provocou muita dor de cabeça para políticos locais.
Fedentina
Ninguém aguenta o mau cheiro exalado do córrego que separa o shopping Porto Velho do Parque da Cidade – onde centenas de pessoas utilizam a pista para caminhar. É uma fedentina insuportável, mas parece que as autoridades municipais responsáveis pela drenagem do córrego e da respectiva manutenção das margens não sentem o cheiro horroroso dali exalado.
Crise
Apesar de que nenhuma crise por si justifique que os salários dos servidores públicos não sejam corrigidos pelo índice inflacionário acumulado, a deflagração de movimentos paredistas neste momento também não se justifica. Não se corrige uma crise criando outra. Em Rondônia várias categorias ameaçam entra em greve.
Memória
Uma obra lançada recentemente pelo escritor Júlio Olivar descrevendo a história da Vila de Santo Antônio que poucos rondonienses conhecem merece uma leitura atenta dos que aqui fixaram residência ou dos que nesta terra nasceram. “A cidade que não existe mais”, é o livro onde o autor narra parte da história da Vila que ficou esquecida na memória de poucos ou nos registro empoeirados das bibliotecas do Mato Grosso. Olivar recupera parte da história dos moradores de Santo Antônio, em particular os problemas sanitários do passado tão presentes nos dias atuais. Em um trecho de uma missiva na lavra do sanitarista Oswaldo Cruz, onde descreve como calamitosa a mortandade infantil da Vila, fez o seguinte registro: “A população infantil não existe e as poucas crianças que se veem têm vida muito curta. Não se conhecem entre os habitantes de Santo Antônio pessoas nascidas no local: essas morrem todas. Sem o mínimo exagero, pode-se afirmar que toda a população de Santo Antônio está infectada pelo impaludismo”.
Degradados
Entre outras obras de Olivar, de igual valor, a “Cidade que não existe mais” é sem dúvida a que mais retrata parte da formação do antigo território federal com reflexos históricos atualmente presentes. O diário de bordo do capitão Carlos Brandão Storry, do navio Sattelite, embarcação que atracou em Santo Antônio no início de 1911, com 444 pessoas consideradas degradadas, oriundas do Rio de Janeiro, descreve uma tripulação formada pelos mais temidos bandidos e degenerados que foram enviados para Santo Antônio como forma de promover uma limpeza na Capital da República. É sem dúvida uma obra importante e merecedora de elogios pelos detalhes com que o autor reconstrói parte da história da Vila que até então não existia mais!
Por obstinação literária e compromisso com a história rondoniense Júlio Olivar nos brinda com um livro custeado por ele mesmo desde a concepção até o lançamento. A coluna rende homenagens ao autor e recomenda a leitura que nos brinda com um texto primoroso e com a apresentação de igualmente brilhantismo do jornalista Montezuma Cruz.
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