Terça-feira, 22 de setembro de 2020 - 20h54
VOADORA
O
Governo de Rondônia foi surpreendido nesta manhã (terça-feira) com uma operação
policial nas dependências do Departamento de Estadas e Rodagens (DER), onde
apura supostos desvios por um Grupo de Trabalho interno no montante de três
milhões de reais. Segundo o GAECO, do MPE, os envolvidos teriam em tese
suprimido documentos e manipulado informações para cometer delitos. É mais uma
“voadora” nos cornes do governador que tem se esmerado em tentar afastar de si
as eventuais mazelas que ocorram sob sua administração. Quando ocorre, por meio
de mídias próprias, lamenta e promete combater malfeitos. O Governo
soltou uma nota pública garantindo que as buscas autorizadas pela justiça são
relativas de condutas da administração antecessora. Então tá!
PITO
É
bom lembrar que o governador rondoniense Marcos Rocha se elegeu com um discurso
da nova política, negando a política em razão dos malfeitos e passando pito de
cunho moral e ético nos adversários. Por diversas vezes utilizou suas
plataformas para reafirmar tais posições. O único deputado federal
eleito em sua chapa, coronel Chisóstimo, não tem poupado adjetivos fortes
contra o governador, inclusive levantando suspeitas contra todo governo. Em
relação as denúncias do ex-aliado de caserna, Marcos Rocha faz ouvidos de
mouco.
MAJORAÇÃO
Ontem
(segunda-feira), noticiado pela revista Veja, outro problema pode afetar o
Governo de Rondônia caso reste comprovado que a Secretaria de Estado da Saúde
teria comprado máscara de proteção para uso pessoal a preços acima do mercado.
A revista aponta que, no mercado, as máscaras custavam 2,58 reais, mais teriam
sido vendidas à SESAU por R$ 15,30, uma diferença de 500%. Denuncia também que,
além dos preços supostamente superfaturados, as máscaras que foram entregues em
Rondônia não eram adequadas para o uso profissional. O lote continha apenas
cópias feitas de pano, imprestáveis para uso nas unidades de saúde.
DESISTÊNCIA
Embora
muitos correligionários tenham lamentado a decisão do deputado federal Léo
Moraes de não disputar mais uma vez as eleições para a prefeitura da capital,
esta coluna não se surpreendeu. Léo disputou as quatro últimas eleições
consecutivas onde saiu vencedor em três e precisa dar continuidade às ações que
tem abraçado como propostas. Mesmo cogitado nesta disputa, muito mais pelos que
o rodeiam, ele nunca explicitou cabalmente o desejo de disputar estas eleições
municipais. Diferente da de 2022 que, em reservado, sonha em voos mais
altos.
CACIFE
Léo
Moraes tem cacife para almejar uma disputa ao governo estadual e esta
possibilidade pode ser que tenha contribuído na decisão de adiar uma disputa
pela prefeitura da capital. Quem assistiu à live que fez para explicar os
motivos pelos quais optou em ficar fora do pleito, percebeu, nas entrelinhas, a
disposição de encarar uma disputa pelo cargo de governador. Hoje o deputado
federal tem mantido relações amistosas com a administração do coronel Marcos
Rocha de uma forma que não compromete um eventual projeto solo de substituir o
coronel. Como diz o adágio: Léo está com um olho no padre e outro na
missa.
TRAIÇÃO
Embora
ambos tenham sido eleitos pelo PSL, coronel Marcos Rocha e sargento Eyder
Brasil, aliados de primeira hora, nestas eleições municipais, diferentes das
estaduais, seguem em caminhos opostos. Eyder (líder do governo na
Assembleia Legislativa) se lançou candidato à sucessão de Hildon Chaves, mas
foi surpreendido com a manifestação de apoio do governador Rocha à candidatura
do advogado Breno Mendes.
GUERRA
Após
o Governador Marcos Rocha tornar público o apoio na capital à candidatura de
Breno Mendes, o deputado estadual Eyder Brasil partiu para o ataque contra a
candidatura de Mendes evitando, contudo, atingir por enquanto Marcos Rocha. Nas
primeiras críticas, que foram altamente ácidas, avisou que é um homem forjado
pra guerra e pronto para o combate. Breno Mendes, ao perceber os petardos e sua
virulência, fez cara de paisagem como se nada fosse contra ele.
DISSIMULAÇÃO
Enquanto
é cutucado pelo candidato do PSL, Breno Mendes segue a estratégia de criticar o
atual prefeito e terá que explicar os motivos pelos quais saiu do cargo de
chefe de gabinete da administração que agora é crítico. Autointitulado fiscal
do povo, Breno tem se notabilizado pela campanha contra a Energisa, empresa de
distribuição de energia elétrica mais repudiada pela população do estado. O
problema é que, seu principal apoiador, governador Marcos Rocha, é um
entusiasta do perdão de mais de um bilhão da dívida fiscal que a empresa é devedora
a Rondônia. Uma relação que tende a impingir ao candidato a pecha de
dissimulado quando o assunto vier à tona.
EMPULHAÇÃO
O
ex-deputado Jidalias Tiziu, candidato a prefeito de Ariquemes, rifou de sua
chapa majoritária a ex-candidata a vice, Carla Redano, atual presidente da
Câmara Municipal e esposa do deputado estadual Alex Redano. Para justificar a
degola, Tiziu alegou forças sobrenaturais próximas do criador indicando o nome
de uma outra pessoa para a vaga. Ninguém de juízo normal acredita que o
ex-parlamentar tenha tido um contato imediato com Deus para tratar das eleições
municipais de Ariquemes. Caso a justificativa tivesse algo com abdução, até que
era possível um incauto acreditar. Os mais incrédulos diriam que a
defenestração da bela chefe da edilidade ariquemense da chapa está mais para
tentação do tinhoso do que ato do bondoso. O resto é empulhação do
ex-parlamentar.
DEBATE
As
filiadas da rede globo, incluído aí TV RO, podem não promover os costumeiros
debates entre os candidatos majoritários no primeiro turno. Em razão da
pandemia, os protocolos da Rede Globo impedem aglomerações e a quantidade de
candidatos a prefeitos exigiria uma estrutura enorme para evitar aglomeração
dos candidatos, assessores e técnicos. Segundo turno, ao que parece, os debates
poderão ser realizados sem os mesmos problemas. Candidato com pouco tempo de
TV, sem apelo junto ao eleitor e sem estrutura nas plataformas para dar
visibilidade à campanha é o mais prejudicado com a decisão
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