Quarta-feira, 27 de setembro de 2017 - 11h32
RESENHA POLÍTICA
ROBSON OLIVEIRA
ATA – Uma adesão da prefeitura municipal de Ariquemes à Ata Registro de Preços nº 001/2009, realizada pela Fundação da Assembleia Legislativa de Rondônia para contratação de empresa especializada na digitalização e indexação de documentos de processos administrativos e jurídicos, recentemente fiscalizada pelo Tribunal de Contas do Estado, ainda poderá provocar algumas dores de cabeça ao atual governador que, na época dos fatos, respondia como alcaide pela municipalidade. Embora os procedimentos da adesão tenham sido averiguados contabilmente, essas “Atas de Registros de Preços” vem sendo alvo de críticas dos órgãos de controle exatamente pela falta de medida dos agentes públicos em controlar os excessos eventualmente ocorridos nessas adesões.
PENTE FINO – Falando em órgãos de controle, várias prefeituras, entre outros órgãos públicos, estão sendo fiscalizadas por excessos cometidos. Não demora muito para que a população rondoniense seja informada de malfeitos perpetrados por autoridades perdulárias e traquinas. O pente é fino e o barulho ressoará!
FALÊNCIA – Os governos insistem nas mesmas políticas públicas adotadas há anos na área de segurança e que demonstraram serem equivocadas, ou no mínimo ultrapassadas. A falência do sistema de segurança pública é real e a falta de inteligência das nossas autoridades em investir em tecnologia para combater com mais eficácia a criminalidade, revelam o desmonte da máquina governamental. Construir presídios é importante, mas não resolve em nada o problema da violência porque o aumento da população carcerária significa que o modelo de combate ao crime faliu. É a falência do estado enquanto promotor da paz social.
GOVERNADOR – Esta coluna avaliou avexada quando intuiu que as probabilidades do deputado estadual Maurão de Carvalho (PMDB) assumir o Executivo Estadual eram mínimas. Eis que o parlamentar foi ungido ao Governo de Rondônia – é o terceiro na linha sucessória – por alguns poucos dias com as ausências no estado do atual titular e do vice. Maurão, enfim, pode ficar em paz, já foi governador por uns dias.
OBTUSO – Cabe ao jornalista avaliar cenários e antecipar ao leitor fatos que possam balizar interpretações da forma mais próxima da realidade. Não cabe ao escriba falsear tais fatos sob qualquer alegação meramente intuitiva. Esta coluna, por exemplo, avaliou uma pesquisa espontânea sobre as eleições governamentais de 2018 que, após tabulada, apontou o polêmico e contestado ex-governador Ivo K-Sol em primeiro lugar. Como a pesquisa mensura o cenário momentâneo, e não o futuro, a coluna foi obrigada a descrever com honestidade o resultado real da pesquisa. Não inventou nada. Já os obtusos, ou engajados em projetos diversos, falseiam os fatos com ataques igualmente estúpidos.
INDEPENDÊNCIA - Esta coluna nem sempre acerta em suas avaliações, algo natural por ser escrita por alguém que não está imune ao erro. No entanto, não é manipulada por ódios ideológicos, nem garroteada por relações pessoais com autoridades. A independência tem sido a marca da coluna. Portanto, o compromisso sempre foi com o leitor.
ÓBICES - Ademais, quem acompanha a coluna semanalmente ou eventualmente é testemunha de críticas acerbas ao ex-governador K-Sol, sempre quando este mereceu. O que não pode e nem tem como esconder que é um pré-candidato com apelo eleitoral enorme. A coluna apontou o resultado da pesquisa corretamente porque este foi o resultado apurado. É de bom alvitre lembrar que em colunas anteriores destacamos os reveses judiciais que o senador está encalacrado e que podem ser óbices intransponíveis para uma eventual candidatura. Mas sequer estamos no ano eleitoral. O momento é de avaliar cenários. Cometemos vários erros aqui, mas não somos obtusos.
REPUTAÇÕES – Uma das maiores críticas que a advocacia faz às operações espetaculares envolvendo em geral autoridades, em particular pessoas em posições políticas, é a falta de cuidado com as reputações dos alvos dessas operações. Um exemplo foi a prisão do ex-presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargador Sebastião Teixeira, levado à capital federal acorrentado e execrado em horário nobre como se o mesmo fosse um facínora. Poucos divulgaram nos mesmos espaços da execração que o desembargador hoje aposentado foi absolvido em todos os processos que figurou como preso daquela operação espetaculosa. Quem repõe a reputação agora destroçada?
SANGRANDO – Os parlamentares federais que estão votando contra os pedidos de abertura de processos do presidente Michel Temer estão sendo alvo de protestos de populares todas as vezes que participam de eventos públicos. E sangram porque querem ou por interesses políticos nada republicanos. Não percebem que 2018 está próximo e as críticas tendem a acentuar na medida que o período eleitoral se avizinha. Apostar na memória curta do eleitor é brincar com a sorte, visto que ao defender um governo ilegítimo e com níveis de aprovação baixíssimos é suicídio coletivo. Vão pagar caro, isto se não pagarem com o próprio mandato. Quem viver verá!
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