Terça-feira, 29 de março de 2016 - 17h27
Resenha política
Robson Oliveira
Camaleão
Ao decidir em três minutos abandonar a presidente Dilma Rousseff (PT) em meio à crise instalada a partir de “pedaladas fiscais” e aprofundada com os jatos diários da operação policial “Lava Jato”, o PMDB reafirmou a trajetória política de sigla partidária que sobrevive às adversidades e a qualquer governo, mesmo que seus membros estejam encalacrados até a terceira geração nas águas sujas que jorram da Lava Jato. Não é de hoje que se convencionou na praça dos Três Poderes a máxima: governar com o PMDB é ruim, mas sem ele é pior ainda.
Bode
Os parlamentares envolvidos na “Lava Jato”, de todas as legendas, acreditam que haverá um arrefecimento da operação policial “Lava Jato” assim que cassarem a presidente petista. Embora desconfiem que o material apurado até o momento é suficiente para detonar o mandato de dezenas de congressistas, sem Dilma no Palácio do Planalto novas operações sairiam das manchetes e a tendência seria perder força junto a população. É o que denominamos no popular “tirar o bode da sala”.
Bode bichado
Todo mundo conhece a história do bode na sala. Sua conclusão é que, às vezes, para resolver um problema, é preciso criar artificialmente outro maior. Como o da família que vivia apertada em um apartamento. Ela foi se aconselhar com um sábio e ouviu a recomendação de colocar na sala um bode.
Assim fizeram e a vida da família tornou-se insuportável. Voltaram ao ancião, que mandou tirá-lo da sala. Ficaram tão contentes livrando-se do problemão que o anterior virou um probleminha. Pararam de lamentar o desconforto provocado pelo inconveniente caprino e festejaram.
Os congressistas encalacrados com o propinoduto do 'petrolão' estão raciocinando dessa maneira em relação à crise política e moral que afeta a todos, bastando apenas defenestrar do Palácio Presidencial a presidente para que o problemão seja arrefecido. Hoje Dilma é para o PMDB um “bode bichado” e nem cargos aos borbotões são capazes de conter a debandada do governo. A dieta peemedebista por sinecuras é passageira e nem adianta se animar porque tudo será com antes.
Barricadas
Restará à presidente Dilma Rousseff a renúncia como única alternativa para manter sua condição de elegibilidade. Caso decida encarar o processo do impeachment dificilmente conseguirá reverter a atual tendência desfavorável. Não há muito o que fazer do ponto de vista político e as chances jurídicas em época beligerante são cada vez mais escassas. Restará aos petistas erguer as barricadas no front desde que não sucumba o último do moicano (Lula).
Desdenhando
O prefeito da capital, Mauro Nazif (PSB), propôs aos professores da rede municipal um mísero aumento de quarenta reais, percentual distante do que aspira a categoria. Mesmo indecorosa a proposta, o que mais incomoda aos professores é o desdém pelo qual vêm sendo tratados pelo alcaide que tem evitado se reunir com o sindicato. Decididos a manter as atividades paralisadas, o ano letivo da rede municipal corre risco de ser abreviada. O prefeito ainda quer mais quatro anos.
Sinal
O sinal amarelo acendeu nas finanças do governo com a queda abrupta das receitas estaduais desde janeiro. Mesmo com uma leve melhora em fevereiro as receitas voltaram a despencar este mês o que pode provocar atrasos nos compromissos governamentais nas áreas de custeio e investimento. Trocando em miúdos: há risco de atrasos de salários e demissões caso não enxuguem a máquina e contenham gastos, além de melhorar a arrecadação.
Barulho
A aparente tranquilidade em Rondônia está com data marcada para terminar. Vem barulho por aí que alcançará muitos agentes públicos e políticos. Redobrem a vigilância nos processos que assinam. Quem avisa amigo é.
Saída
Os prováveis candidatos às eleições municipais de outubro que eventualmente ocupam cargos de comissão, empresariais e de entidades sindicais, entre outros, devem deixar as funções na próxima semana para atender o que dispõe a nova legislação eleitoral.
Exemplo
Mesmo reconhecendo que deve mais de 500 mil reais a título de dívida judicial com um escritório de advocacia, o Sinjur – Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Rondônia- teve a sua sede colocada em indisponibilidade até que quite o débito devido. Os credores que prestaram serviços advocatícios de forma competente e correta, de interesse dos filiados, com resultado satisfatório, não entendem os reais motivos (?) que levaram o dirigente sindical a deixar de pagar os honorários avençados. Um mau exemplo de uma entidade que representa serventuários de uma instituição que tem como fim a justiça.
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