Terça-feira, 3 de novembro de 2020 - 12h17
PESQUISA
Anunciar
percentual de pesquisa em Rondônia virou piada sem graça, visto que, exceto os
contratantes, ninguém mais acredita – embora haja algumas sérias. Uma pesquisa
divulgada na semana passada, por exemplo, apontando uma aprovação acima de
setenta por cento de satisfação dos consumidores de energia fornecida pela
Energisa – empresa privada mais criticada -, é uma piada sem graça. Não há no
estado outra empresa que concorra com esta no quesito reclamação.
PIADA
É uma
insatisfação generalizada com a Energisa. Aliás, é competente apenas em cobrar,
ainda assim com tarifas aviltantes. Pesquisa igual e duvidosa a esta somente
aquela exibida no programa eleitoral do candidato a prefeito da capital
Lindomar Garçon, com percentuais que o colocam no segundo turno em empate
técnico com o primeiro colocado, Hildon Chaves. Ainda assim na margem de erro.
Uma piada que desmoraliza as pesquisas divulgadas.
INGENUIDADE
Em comitês
eleitorais obsoletos ainda persiste uma ideia equivocada de que o eleitor se
ilude com resultado das pesquisas e se deixa influenciar com a divulgação.
Lorota pura. No passado, quando as mídias sociais sequer existiam, ainda havia
algum tipo de influência, mas na medida que o eleitor começa a receber
informações por variadas fontes é ingenuidade achar que uma pesquisa influencie
na hora do voto. Quando o eleitor decide votar não há nada que o faça mudar, as
exceções são tão minúsculas que não mudam o resultado final. Ademais, pesquisa
capta a realidade momentânea e política, é como nuvem que muda conforme o
tempo.
REFORÇO
O coronel
Ronaldo Flores, candidato a prefeito de Porto Velho pelo Solidariedade, colocou
no ar uma peça publicitária na companhia do deputado federal Mauro Nazif.
Embora seja um deputado federal operante, Nazif obteve pouco mais de 22 mil
votos na capital em 2018, menos da metade que obteve quando disputou e perdeu a
eleição de reeleição de prefeito. Ainda é cedo para aferir se o apoio é um
reforço ou um fardo na campanha do coronel. Mas pelos percentuais que o parlamentar
tem obtido na capital, o futuro político do coronel não será florido. Além de
lhe faltar carisma nas peças políticas veiculadas.
SOVA
Quem decidiu
sair do isolamento em que se encontra desde que assumiu para prestar apoio a
Breno Mendes (AVANTE), também candidato a prefeito da capital, foi o governador
Marcos Rocha. A exemplo de Ronaldo Flores, o apoio do coronel a Mendes pode não
render os votos esperados, bastando que o eleitor visite o site do Tribunal
Regional Eleitoral para verificar que Marcos Rocha levou uma sova de Vinicius
Miguel nas eleições em 2018, no primeiro turno. Uma diferença de mais de vinte
e dois mil votos em relação aos votos obtidos na capital por Rocha.
FACTOIDE
Ainda que
seja apenas uma liminar com força de atos preparatórios para um procedimento
processual, onde todos exercem o contraditório e a ampla defesa, houve muita
especulação apressada de que o candidato à reeleição Hildon Chaves terá sua
candidatura cassada. É possível? A resposta é sim. No entanto, é possível que não?
A resposta também é verdadeira. Sempre que um candidato desponta entre os
concorrentes, os retardatários, por não empolgarem o eleitor, tentam impedir
por vias judiciais. Vinicius Miguel, primeiro a sofrer este tipo de
questionamento, e agora, Hildon Chaves. Não por coincidência ambos despontam
como favoritos nos percentuais por aí divulgados. Tudo factoide que não influi
na vontade livre do eleitor em escolher entre eles os melhores.
EQUÍVOCO
Nesses
processos em que a justiça eleitoral concede liminar é dever da imprensa
divulgar o conteúdo das decisões. Não há nada de incomum neste aspecto. O
jornalista ao divulgar cumpre o seu papel social, principalmente porque os
fatos divulgados são verdadeiros. É um equívoco culpar o repórter pelo
eventuais erros de terceiros. É verdade que os adversários usam das matérias
para manipular os fatos e com isto cabular votos. Verificando antecedentes
similares, a maioria quebra a cara porque o eleitor percebe a manobra e sabe
distinguir o que mente daquele que fala a verdade. Razão pela qual as promessas
exageradas feitas caem no vazio.
APOSTA
Quem apostar
que não haverá segundo turno na capital vai perder as fichas. Todos os
percentuais apurados, inclusive para consumo dos comitês, revelam que a
definição da eleição ocorrerá no segundo turno. Somente quem não tem
experiência em campanha põe suas fichas numa definição de primeiro turno. Os
próximos sete dias vão ser decisivos para a definição dos dois mais bem
colocados. Embora hoje haja favoritos, amanhã é possível que mude o cenário.
Apostar neste momento no vencedor é um risco de pura adivinhação.
EQUILÍBRIO
Uma campanha
que está bem equilibrada é a de Ji-Paraná. Os candidatos com mais chances no
momento são Jhony Paixão (Republicanos) e Isaú Fonseca (MDB). O primeiro vinha
em céu de brigadeiro, mas o segundo, nesta reta final, equilibrou a disputa e
vai ser voto a voto até a apuração. Já o candidato do PDT, Julian Caudal,
convocado para substituir o atual prefeito, após prisão, é uma incógnita,
embora carregue o fardo de substituir o correligionário confinado. Lideranças
municipais, a exemplo de Jesualdo Pires, podem ser o fiel da
balança.
REVIRAVOLTA
Outra
disputa que começa a mudar de formato é a de Ariquemes, com a entrada na
campanha do atual prefeito que declinou apoio a Carla Redano. A jovem vereadora
enfrenta um outro jovem bom de urna, Lucas Follador. O terceiro candidato,
Tiziu Jedalias, despencou do favoritismo depois que rejeitou na chapa a
vereadora Redano. A reviravolta no município não será surpresa pra
ninguém.
VITÓRIA
Quem já
garantiu antecipadamente a vitória nas urnas no dia 15 é o candidato à
reeleição, delegado Araújo, de Pimenta Bueno. A vitória é certa em razão de que
nenhum outro partido apresentou candidato na disputa e o delegado concorre só.
Prefeito reeleito por antecipação. Um sonho eleitoral que poucos
conseguem.
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