Quinta-feira, 28 de junho de 2012 - 15h01
Eleições
Os partidos têm até sábado para definir os seus candidatos a prefeitos e vereadores. Na capital, por exemplo, não havendo surpresa, cinco candidatos vão às urnas para suceder o petista Roberto Sobrinho. Nenhum deles, por enquanto, é favorito. Uma coisa é certa: a decisão vai ficar para o segundo turno. Bem diferente da eleição municipal que reconduziu Sobrinho ao segundo mandato.
Zebra
Pelos nomes indicados por aí, exceto dois, os demais candidato ao paço municipal de Porto Velho apostam na reedição de uma zebra (igual àquela que elegeu Roberto Sobrinho pela primeira vez). E não estão equivocados, visto que o eleitor do maior colégio eleitoral de Rondônia sempre deixou para definir o voto nos últimos dias da campanha. Desmentindo os índices apurados e divulgados pelos institutos de pesquisas.
Indecisão
Preocupado com a repercussão negativa da união entre os petistas e os malufistas nas eleições municipais de São Paulo, Mauro Nazif (pré-candidato da capital pelo prefeito do PSB) está indeciso em fechar um acordo com os DEMOS, temendo uma repercussão negativa junto aos barnabés.
Peia
A indecisão de Nazif tem suas razões: o DEMO é o mesmo partido de José Bianco, governador que mandou ao olho da rua dez mil servidores públicos estaduais e ainda desceu a peia nos grevistas que protestavam na frente do Palácio sob os gritos do então deputado estadual Mauro Nazif. Na época, até o deputado levou uns safanões.
Isolamento
O problema é que Nazif ficou isolado para disputar uma eleição com um tempo de TV bastante reduzido em relação aos demais concorrentes. Portanto, necessita urgentemente de uma legenda que agregue tempo para poder colocar no ar um ‘palanque eletrônico’ em igualdade de condições. O DEMO é o único partido disponível na praça em condições de romper o isolamento e aumentar o tempo do programa de rádio e televisão do pré-candidato socialista.
Pragmatismo
No que pese a eventual incongruência, conspira em favor do Dr. Mauro as coligações esdrúxulas feitas pelos demais concorrentes país afora. Alguns exemplos são a junção do PMN com os comunistas, do PT com o malufismo paulista, do próprio PT com os Demos paraibanos, do PCdoB com Ratinho Filho em Curitiba, do PT com PSDB... E por aí vai. Estas eleições vão ficar marcadas pela miscelânea política que os caciques tentam maquiar dando o nome pomposo de pragmatismo. Que Nazif seja mais um pragmático, sem nenhum problema, segundo essa lógica.
Reconciliação
Depois de muitas resistências, os petistas e peemedebistas se reaproximaram e tendem a reeditar a mesma coligação que reelegeu Roberto Sobrinho. Os caciques municipais das duas legendas estão ultimando os últimos detalhes para anunciar que vão às urnas coligados: PT na cabeça e PMDB de coadjuvante.
Rendição
O PMDB bem que tentou uma candidatura própria, mas de última hora o nome mais competitivo disponível na legenda, David Chiquilito Erse, desistiu definitivamente de ser ungido na convenção como o candidato do PMDB. O outro pré-lançado, Dr. José Augusto, patina nas pesquisas e está sendo convencido a desistir e aceitar figurar de vice na chapa de Fátima Cleide (PT). Assim salva o partido de um vexame maior.
Bicudos
As relações entre petistas e peemedebistas na capital nunca foram boas. O convívio com o prefeito Roberto Sobrinho foi de tolerância, mas com a ex-senadora Fátima Cleide (principalmente decorrente dos seus principais assessores) sempre foram hostis. Mesmo que fechem um acordo para as eleições da capital, ganhando as eleições, as relações futuras estarão fadadas a piorar. Em Cacoal ocorreu algo semelhante.
Incógnita
Anunciada com exclusividade desta coluna, a candidatura do milionário empresário Mário Português pelo PP é ainda uma incógnita para os analistas de plantão. Sem experiência nas urnas e portador de um temperamento áspero, o candidato estreante é uma incógnita.
Abduzindo
O inventor da candidatura, senador Ivo K-Sol (PP), avalia que a administração petista é desastrosa, abrindo um caminho fértil para uma candidatura fora do convencional, ou seja, um nome novo, com uma história bem sucedida de vida e alheio ao mundo político. Com esta avaliação o senador acredita que o empresário vai abduzir o eleitor e vencer as eleições. Será? É o que veremos quando o jogo começar.
Dúvidas
Lindomar Garçom, pré-candidato do PV, revelou à coluna que está em dúvida sobre a candidatura a prefeito de Porto Velho. Ele ainda conversa com os demais partidos e pode desistir da pretensão e anunciar apoio a outro candidato.
Insistindo
Já Miguel de Souza, pré-candidato do PR, insiste na postulação mesmo tendo sido abandonado pelos partidos que divulgaram ano passado que estariam unidos este ano. Quando esta coluna avisou que o anúncio não passava de bazófia, seus assessores reagiram inconformados. Agora engolem a realidade. Nua e crua!
Lembrando
Em março passado esta coluna havia alertado que estaria para estourar um escândalo em Rondônia envolvendo precatórios. Alertou ainda que poderia ser um dos maiores do país. Agora vem por aí mais um barulho. Aguardem!
Transposição
Ontem, em Brasília, quando todos acreditavam que o decreto regulamentando a transposição sairia sem atender às reivindicações dos sindicalistas rondonienses, eis que a bancada federal deu uma carta ousada que obrigou o Governo Federal a abrir novas negociações.
Ameaça
Os parlamentares federais de Rondônia, em reunião com a Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, ameaçam romper com o governo caso não fosse estendido aos servidores estaduais contratados até 1991 o direito de serem transpostos aos quadros federais.
Recuo
O governo federal cedeu e determinou a AGU que voltasse a analisar a documentação encaminhada pelo Governo de Rondônia antes de bater o martelo. O recuo foi entendido pela comissão sindical e pelos parlamentares como um sinal de avanço nas negociações. A verdade é que a AGU é contra que o decreto alcance os servidores contratados até 1991. Segundo ela, por falta de esteio legal.
Retrocesso
Enquanto o governador empenha todo apoio político favorável à tese dos sindicalistas para que a transposição dos servidores alcance seus efeitos até 1991, a Procuradoria Geral do Estado está na contramão e tem dado munição à AGU para que faça exatamente o contrário.
Explicando
É da PGE rondoniense o entendimento jurídico de que aqueles servidores contratados sem concurso público são celetistas. Esta posição jurídica impede que sejam transpostos para os quadros da União. Caso não mude de entendimento, a PGE vai colocar o governador em saias justas. Aliás, peça íntima que vai desnudar o conteúdo deste governo.
Frigideira
Quem tem melhor desempenho na administração Confúcio Moura é alvo da frigideira 'amiga'. Quem não tem correspondido com o cargo confiado (borbulham) fica alimentando intriga. Ontem, por exemplo, recebi um email de um Secretário detonando outro. Precavida com este tipo de queimação e calejada com essas manobras de bastidores, a coluna caiu em campo para verificar e concluiu que tudo não passava de brigas pessoais. A culpa é de quem um dia escreveu num blog desativado que adorava um mexerico. Tá aí o resultado. Todo dia um vai ao fogo brando. Até queimar.
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