Terça-feira, 8 de janeiro de 2019 - 17h02
RETORNANDO – Todo ano esta coluna entra de recesso uma semana antes das festas natalinas e retorna uma semana depois das festas de ano novo. Estamos nós aqui de novo. O recesso não significou ficar longe das notícias e de olho nas posses que ocorreram país afora. Inclusive em Rondônia. Até o carnaval manteremos a coluna atualizada todas as terças-feiras.
POLÊMICAS – Duas polêmicas dominaram os primeiros dias de janeiro de 2019; a primeira, a decisão do coronel governador e do prefeito da capital, Marcos Rocha e Hildon Chaves, ao anunciarem que não vão destinar um centavo para o carnaval sob a justificativa de que esses recursos serão melhor aplicados na educação e saúde. A segunda, as estripulias articuladas, em surdina, feitas pela Assembleia Legislativa ao conceder aos vinte e quatro deputados estaduais mais dois salários. Uma polêmica que foi sanada com ação firme do poder Judiciário ao suspender a esculhambação.
CARNAVAL – Embora as justificativas anunciadas para suspender a verba para as festas carnavalescas sejam nobres, ninguém em juízo perfeito e que conheça de perto as realidades da saúde e educação rondonienses acredita que algo melhore com os caraminguás que os dois governantes (governador e prefeito) prometem destinar para as respectivas áreas.
CRETINICE - A verba retirada do carnaval não resolverá os gargalos dessas duas pastas, visto que o problema é de gestão. Fizeram um carnaval com o anúncio e conseguiram arregimentar aplausos de uma plateia de gente que não gosta de samba e fez coro à turma do cordão do puxa-saco. O carnaval é reconhecidamente a maior festa popular do país, seja em Porto Velho, seja no Rio de Janeiro. Nada justifica a falta de apoio. Mesmo em época de crise e, falando dela (crise), o que vivemos é uma crise de cretinice.
CABEÇÃO – Não é de hoje que há um bloco considerável que não gosta de carnaval, embora adore ficar sem trabalhar com os dias destinados à folia. Sem falar nos fundamentalistas que aproveitam o feriado para ocupar o tempo atacando quem cai no samba. Já anunciava o poeta: “quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé”. Quando o carnaval passar veremos a saúde e educação com os mesmos problemas, apesar da verba prometida pelas duas autoridades. Mas aí a polêmica passa para as festas juninas. Haja cabeção!
TIME – Confesso que não conheço a maioria dos auxiliares do primeiro escalão do governo do coronel Marcos Rocha, mas há pelo menos quatro nomes de profissionais com experiência para os cargos que foram designados que conheço: Franco Ono, Lenilson Guedes (cabra da melhor qualidade), Saummy Vivecananda, Euclides Nocke. Como os demais não são tão conhecidos da maioria da população não podemos dizer que é um time de galácticos, mas é cedo para criticar já que terão os cem primeiros dias para justificar as indicações. O próprio coronel, até então conhecido na caserna e nas pastas que atuou, surgiu na onda bolsonarista e terá seu tempo para comprovar que é merecedor da avalanche de votos que recebeu no segundo turno. É hora de torcer para que tudo dê certo e vire um time campeão, mesmo não sendo partidário das suas convicções políticas que a esquadra professa.
FLANCO – O principal ponto fraco do governo do coronel está no campo político. Nem ele e tão pouco o time que escalou tem experiência com a política. É fácil vociferar que não nomeou ninguém indicado pelos parlamentares quando ainda o governo está em lua de mel com as urnas. Difícil é manter esse discurso quando a nova legislatura for empossada. Quem é do ramo da política sabe onde o flanco do coronel está exposto aos solavancos da política. As fissuras a serem abertas são questão de tempo.
SUCESSÃO – Nos próximos dias as atenções políticas ficarão por conta da sucessão da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Rondônia. Pelo menos dois grupos tentam emplacar a maioria, ainda que nos bastidores. A escolha da presidência do Poder Legislativo Estadual de Rondônia, em tempos não muito remotos, sempre foi envolta a manobras nada republicanas. Há registro de deputados levados a força para locais remotos sem comunicação para que não fosse cooptado pelo grupo antagonista. Quem conhece os relatos desses bastidores sabe das estripulias que ocorrem. Ouvi de pelo menos dois ex-presidentes, em off, relatos engraçados e vexames que alguns parlamentares foram submetidos, entre outras espertezas. Na atual sucessão não há registro de manobras, ainda...
3º TURNO – Pelas reações nas redes sociais, o segundo turno das eleições não se encerrou com o resultado das urnas. Está cada dia mais chato participar de um grupo de amigos no whatsapp em razão das disputas políticas. As mídias sociais viraram uma arena UFC com sopapos para todos os lados. Um terceiro turno eleitoral da pior qualidade. Não nutro nenhuma simpatia pelo capitão do time presidencial nem acredito que faça tudo aquilo que prometeu na campanha. Contudo, torço para que o Brasil cresça, crie empregos, seja mais tolerante e o governo acerte o passo. Torcer pelo pior é apostar na insensatez. Somente os idiotas querem o caos.
PREVIDÊNCIA – A proposta da reforma da previdência que está sendo gestada pela área econômica governamental afetará duramente os servidores públicos. É imprescindível que tenhamos a reforma antes que faltem recursos para pagar os aposentados e não há outro caminho senão cortar alguns privilégios existentes. O que não é correto é que a reforma a ser anunciada alcance aqueles contribuintes que estão na iminência de requerer as respectivas aposentadorias. Nem tampouco que atinja somente a população sem que a gestão como um todo seja reformada, como as despesas com juros (quase do tamanho do pagamento dos benefícios), renúncias fiscais, entre outros gargalos.
PROMESSAS – É possível que o prefeito da capital Hildon Chaves consiga colocar em prática a proposta de PPP que fez durante a campanha e que foi bem assimilada pelo eleitor. Estão em andamento os projetos de parceria para a construção da rodoviária, shopping popular e saneamento. O da iluminação foi travado pelos burocratas da Emdur por razões ainda não bem esclarecidas. O prefeito tem consciência de que é preciso avançar muito para alcançar os objetivos traçados, mas a administração municipal está bem melhor do que a que antecedeu.
PROMOÇÃO - O filho do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, foi nomeado assessor especial do Banco do Brasil e receberá a bagatela mensal de 36 mil reais. Na função anterior, na mesma instituição, o rebento do vice-presidente percebia 12 mil reais. "Está tudo como dantes no quartel d'Abrantes".
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