Terça-feira, 17 de agosto de 2010 - 10h42
Reprovados
Caso os eleitores fossem convocados a dar uma nota pelo desempenho dos candidatos a governador de Rondônia pelo debate promovido pela UNIR, infelizmente seria abaixo da média e eles seriam reprovados. Os três primeiros blocos todos estavam nervosos e responderam às perguntas de forma genérica e desconexas, o que indica que sequer aprenderam o arrazoado feito pelas assessorias que alguns deles denominam de plano de governo.
Fujão
Mesmo com um desempenho aquém do esperado dos adversários, a ausência no debate do candidato à reeleição João Cahulla leva à dedução que fugiu para evitar o constrangimento de abordar temas como ciência e tecnologia, já que seu governo não investiu até o momento um ‘rés’. Aliás, os principais assessores do governador na área sequer entendem sobre a matéria.
Perneta
Pena que a nossa universidade federal tenha contido o debate ao eleger um único tema para a sabatina dos candidatos que se propõem a governar Rondônia. A universidade está assentada no tripé: ciência, ensino e pesquisa, mas a Unir optou apenas por um deles para que os candidatos apresentassem suas propostas. O que transformou nosso primeiro debate numa cantilena chata e sem atrativo. Com abordagens superficiais.
Salvação
O bloco onde os candidatos perguntaram entre si foi o único que conseguiu justificar a audiência, pois foi à oportunidade de perceber o que sabem sem a superficialidade que eles (candidatos) abordam questões fundamentais ao dia a dia da população como educação, segurança e desenvolvimento sustentável.
Desempenho
Confúcio Moura (PMDB) explicou com algum conteúdo (muito tímido) sobre o tema, Expedito Junior (PSDB) demonstrou que desconhece o assunto, mas foi esperto no último bloco ao se despedir pedindo votos e fugindo o tema, Eduardo Valverde (PT), exceto os exageros, propôs algo possível que é a criação de uma agência de fomento e amparo a pesquisa, mesmo assim de forma atabalhoada. Já Marco Sussuarana (PSOL) optou pelos chavões desconexos, sem sentido e deixando dúvidas sobre o vistoso currículo apresentado no início do programa. O candidato do PSOl parecia estar em transe.
Esquecimento
A maioria dos candidatos esqueceu que mesmo sendo o debate nas dependências da Academia, falavam para um bom número de eleitores do estado onde a transmissão do Sistema Imagem de TV (Rede Record News) alcançava. Perderam uma ótima oportunidade para usar o espaço com mais competência.
Resultado
Este escriba não esperava um desempenho fantástico do candidato do PSDB em relação à Ciência e Tecnologia, muito menos de Cahulla (caso tivesse aparecido), mas ficou decepcionado com o petista e o peemedebista. Ambos são de longe os dois candidatos mais preparados e abordaram o tema com muita superficialidade. O pior é que os dois estão com problemas de comunicação e necessitam urgente de um fonoaudiólogo para corrigir a gaguice Valverde e o sotaque carregado de Confúcio que engole sílabas, além da dificuldade em usar o tempo na forma mais proveitosa.
Desconhecimento
Não passou despercebido que todos os candidatos desconhecem a importância da inclusão digital. Ninguém tocou no assunto. Nada, nadinha. Ora, é devaneio pensar em Ciência e Tecnologia sem primeiro arrumar a casa e criar as condições para alcançar tal meta e a inclusão digital é o primeiro passo a ser seguido. Ou os candidatos são analfabetos sobre o assunto ou não ouvem as assessorias. Aliás, nota-se que as assessorias e os marqueteiros (essenciais nas campanhas atuais) foram ignorados.
Recuperação
No que pese a qualidade duvidosa dos debatedores a iniciativa da Unir e da TV Record News merece elogios. Outras emissoras deverão organizar mais debates, o que vai exigir dos candidatos uma preparação melhor para que possam apresentar seus programas de governo (os que possuem) com eficiência. E sem os truques dos marqueteiros. Pelos desempenhos ao vivo na TV nenhum deles convenceu. Mas ainda há tempo para recuperação. O que exigirá mais humildade dos candidatos para ouvir quem conhece do riscado.
Julgamentos
As atenções dos candidatos encalacrados com a Lei da ficha limpa vão estar voltadas esta semana para o Superior Tribunal Eleitoral (TSE) quando estarão em pauta para julgamento recursos de candidatos impugnados no país afora. Dizem que o recurso interposto pelo ex-governador Ivo K-Sol é um que deverá ser decidido no decorrer da semana.
Nitroglicerina
Poucos estão dando a importância necessária à investigação proposta pelo MPE contra os candidatos Cahulla, Tiziu e K-Sol, pois quem conhece a instrução dessa natureza sabe que elas podem se complicar ainda mais. Ademais, os elementos constantes na inicial indicam que o MPE vinha colhendo provas havia algum tempo num trabalho minucioso e com conteúdo corrosivo para as pretensões políticas dos envolvidos. Os estrondos dessa investigação já começaram a ecoar.
Solitário
Domingo, em Guajará-Mirim, Eduardo Valverde fez uma caminhada pela principal Avenida da cidade na companhia de meia dúzia de militantes do PT. Ao discursar num palanque improvisado do complexo ferroviário, as centenas de pessoas que esperavam numa fila o barco com destino a Bolívia ficaram indiferentes com os berros do candidato. E aos apelos por votos.
Adivinhação
Mais uma pesquisa nacional publicada ontem comprovou o que esta coluna vem dizendo desde o início do ano: Dilma Rousseff (PT) caminha a passos longos para vencer as eleições presidenciais no primeiro turno. Houve quem desdenhasse da previsão do escriba, mas agora vê a realidade se impondo.
Transferência
Assim como Lula tem conseguido transferir votos para Dilma, Ivo tem conseguido em proporções menores transferir parte de sua capilaridade eleitoral para o ungido Cahulla. Os números indicam que a disputa entre os principais concorrentes vai ser acirrada e os dois classificados para o turno final escaparão da degola por uma diferença mínima, no entanto, suficiente para renovar a esperança de governar Rondônia. Nos comitês eleitorais os percentuais apurados para consumo interno confirmam o acirramento.
Fonte: Robson Oliveira - robsonoliveirapvh@hotmail.com
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