Segunda-feira, 19 de julho de 2010 - 20h13
Robson Oliveira
Tendência
Nos meios jurídicos é pule de dez quem apostar que os candidatos encalacrados em processos vão ter seus registros indeferidos pelo Tribunal Regional Eleitoral. Essa é a tendência em todos estados depois que o TSE firmou posição contrária aos candidatos denominados ‘fichas sujas’. Em Rondônia não deverá ser diferente e o placar tende a ser acapachante.
Estrago
Os candidatos impugnados que insistirem em disputar o pleito com liminares serão compelidos a cada dia explicar ao eleitor que é candidato porque os concorrentes vão aproveitar para espalhar fofocas e versões sobre a impugnação. O estrago vai ser grande para esses postulantes.
Defensiva
A experiência tem comprovado que entrar numa disputa tendo que sempre justificar que é candidato para desfazer fofocas é meio caminho andado para a derrota. Isso na hipótese da Justiça Eleitoral não confirmar a impugnação antes do dia 3 de outubro.
Muletas
O deputado estadual Amaury Santos e o ex-deputado estadual João da Muleta perceberam que suas candidaturas seriam passada a lâmina pela Justiça Eleitoral e decidiram cair fora da disputa. Para substituí-los está sendo escalado Rafael Santos, filho mais velho de Amaury e sobrinho do João.
Poste
O guri (filho de Amaury) não tem nenhuma experiência na política, mas para quem conseguiu a façanha de eleger um desconhecido sobrinho a prefeito de Jaru não é impossível fazer do filho o sucessor na Assembléia Legislativa. Por enquanto ele é ficha limpa e tem chances para vencer, mesmo não tendo nada para oferecer ao eleitor. Nem ao Poder Legislativo. É um “poste” que brilha com a luz paterna.
Retorno
Quando todos imaginavam que o ex-senador Amir Lando (PMDB) havia encerrado sua carreira política depois de colher um resultado pífio nas eleições passadas quando se aventurou numa campanha desastrada pelo governo de Rondônia, eis que aparece ele como candidato a deputado federal com possibilidades de retomar a ribalta política.
Ungido
Amir poderá herdar de Amaury Santos (que desistiu da disputa de uma vaga na Câmara Federal) o eleitorado de Jaru. Os dois conversam sobre o apoio e a família ‘muleta’ tende a ungi-lo como candidato a deputado federal numa dobradinha com Rafael Santos (filho do Amaury), candidato a deputado estadual.
Plano B
O clã Donadon também possui familiares de reserva na hipótese de Marcos e Natan sejam impedidos de disputar as eleições por constarem na lista dos candidatos denominados ‘ficha suja’. O patriarca do clã, Melki, além de constar na mesma lista, perdeu as duas últimas campanhas com percentuais altos de rejeição. Uma virtude eles têm: nunca desistem.
Modorrentas
Os candidatos estão aguardando as confirmações das candidaturas e por isto as campanhas estão sendo levadas de forma sonolentas. Os candidatos optaram nesta primeira fase por reuniões e caminhadas pelas principais ruas dos municípios mais densos de votos. Aqui e acolá é que encontramos os partidários mais aguerridos brigando por seus líderes. Mas a modorra tem sido a tônica dos comitês. Efervescência mesmo somente nos comitês jurídicos que correm para defender dentro do prazo os candidatos encalacrados com processos. Muitos deles sem chance de sucesso.
Espião
Corre de boca em boca os nomes das figurinhas carimbadas que são infiltradas nas campanhas para passar informação aos concorrentes. Tem um boquirroto que faz questão de regozijar-se da condição de aloprado de várzea e chega à desfaçatez de inventar números de pesquisas como forma de impressionar os incautos.
Acirramento
Os comitês do PMDB, PPS e PSDB já detectaram que a campanha para governador deverá polarizar entre os nomes Confúcio Moura, João Cahulla e Expedito Junior. Os três estão próximos e prometem protagonizar a campanha mais acirrada dos últimos tempos em Rondônia. Os dois que tiverem mais fôlego ($) e errarem menos se classificam para o segundo turno. Ainda é muito cedo para apostar num prognóstico, mas um deles começa a dar sinais de exaustão o que tem provocado na base de apoio uma revoada.
Reforço
O senador Valdir Raupp e sua esposa, deputada federal Marinha Raupp, receberam um reforço considerável em Porto Velho: o deputado estadual David Chiquilito (PCdoB) reuniu cerca de duzentas lideranças da capital em sua casa e anunciou o apoio incondicional ao casal.
Pedra
Porto Velho sempre foi à pedra no meio do caminho do casal, pelas votações inexpressivas recebidas nas eleições passadas. Hoje a pedra começa a ser removida e os dois podem sair destas eleições com votações expressivas no maior colégio eleitoral do estado. Nos demais municípios eles sempre foram bem votados e seguem firmes para repetirem.
Mentira
Celso Cruz, candidato a deputado federal pelo PP, distribui um panfleto pregando o que seria a solução para reduzir a criminalidade e elenca os crimes que ele considera suscetíveis de prisão perpetua ou pena de morte. Entretanto, deixa a mentira (um dos pecados capitais) de fora. Ainda bem porque senão e Cruz seria o primeiro da lista a ser decapitado já que sua proposta é inexeqüível, visto que pena de morte ou prisão perpetua não podem constar no ordenamento jurídico brasileiro por atentar contra as ‘Causas Pétreas’ da nossa carta magna. Como não há convocação para uma nova Assembléia Constituinte a proposta do candidato é falsa. Ao cadafalso...
Anterioridade
Li atentamente o voto do ministro Arnaldo Versiani (TSE) sobre a Lei ‘Ficha Limpa’ e me chamou muito a atenção um tópico sobre o Processo Eleitoral quando ele fulmina o artigo 16 da CF para afastar o princípio da anterioridade e validar a nova regra a partir destas eleições. No que pese a qualidade excepcional do voto, data vênia, é difícil afastar desse processo a filiação partidária, pois sem ela não há candidatura. A filiação é condição para se obter o registro e, após ele, é que o processo segue suas etapas. Portanto, um ano antes.
Pesos
Quando a lei que estabelecia o aumento do número de vereadores nas Câmaras Municipais foi fulminada pelo Supremo Federal os atuais defensores da validade da lei ‘ficha limpa’ utilizam exatamente o princípio da anterioridade como argumento para mandá-la as calendas. Hoje o argumento não tem serventia. São dois pesos e duas medidas. Literalmente.
Impactos
O plenário do Conselho Nacional de Saúde aprovou a proposta do grupo de trabalho constituído pela Comissão Intersetorial de Recursos Humanos para a definição de uma política de estágio e de integração ensino-serviço. O CNS recomendou a construção de uma agenda pró-ativa de interlocução com a plenária de conselhos e com os conselhos Municipais e Estaduais de Saúde, no levantamento da situação sobre estágios realizados na rede pública de saúde nos estados, além de propor um debate sobre o impacto que obras de infraestrutura estão trazendo para a saúde.
Denúncia
O grupo de trabalho apresentou ao plenário uma minuta do relatório da visita do grupo ao Estado de Rondônia. A demanda surgiu a partir de denúncias recebidas pelo CNS de estudantes de medicina da Universidade Federal de Rondônia - UNIR sobre estágio realizado na rede pública de saúde do Estado. Os alunos informaram que a Secretaria Estadual de Saúde tem priorizado os campos de estágio para os discentes das duas instituições de ensino superior privadas da cidade, em detrimento dos alunos da UNIR.
Hospital
Membros do grupo e da CIRH estiveram em Porto Velho, nos dias 22 e 23 de junho, para participar de reuniões com os estudantes, secretarias Municipal e Estadual de Saúde, além do corpo docente e direção da UNIR, com a presença de representantes dos conselhos Municipal e Estadual de Saúde. Apurou-se que existe um prédio construído com recursos financeiros arrecadados pela sociedade e por meio de parceria que tinha como objetivo ser um hospital do câncer e não foi viabilizado.
Parceria
Após analisar os dados apresentados e uma proposta de parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho e o Núcleo da Fio cruz, no gerenciamento compartilhado do hospital, o grupo propôs a formação do comitê gestor. Além de oferecer serviço de saúde à população, também atenderá na formação dos profissionais da área. A parceria terá a participação das secretarias Municipal e Estadual de Saúde, do corpo docente e de estudantes das três universidades, representantes dos núcleos dos ministérios da Saúde e Educação em Rondônia e conselhos Estadual e Municipal de Saúde.
Outra denúncia
Na oportunidade, o Grupo de Trabalho também visitou a cidade de Cacoal (RO) em função de denúncias de alunos do 7º semestre do curso de medicina da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (Facimed), que entraram em contato com a CIRH para informar as condições de formação. Segundo relato dos estudantes, eles nunca tiveram contato com pacientes. Após reunião com a Secretaria de Saúde e Prefeitura da cidade, o grupo de trabalho também propôs a constituição de um comitê gestor para atuar junto com a prefeitura na definição de uma política de estágio e de integração ensino -serviço, além de encaminhar um relato ao Ministério da Educação para que sejam verificadas as condições de formação na Faculdade. O CNS definiu também que sejam verificadas informações sobre convênios que envolvam instituições de ensino e a gestão da saúde. (Fonte: CNS)
Fonte: Robson Oliveira
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