Quarta-feira, 30 de junho de 2010 - 14h35
Indecisão
Os Demos ainda estão divididos entre apoiar a candidatura peemedebista de Confúcio Moura ou do tucano Expedito Júnior. O problema reside no interesse pessoal do ex-deputado Silvernani Santos que quer a legenda coligada a partidos com concorrentes aparentemente fracos para não comprometer sua pretensão.
Barganha
Momentos antes de começar a convenção do PMDB, PCdoB e PDT, um emissário de Melki Donadon e de Silvernani (Vagner) tentava convencer os dirigentes dessas legendas a aceitar Melki na coligação como o segundo candidato ao Senado. A barganha não foi aceita e Melki anunciou o apoio do pré-candidato do PSDB, causando baixas no ninho tucano.
Contas
Silvernani Santos não morre de amores pelo clã dos Donadons, mas fez umas contas e concluiu que na coligação do PHS e PMN suas chances de retornar à Assembléia Legislativa são mais promissoras. Este é o motivo pelo qual uniu os interesses dos Demos ao do clã vilhenense. Mas não fechou as conversações com a coligação capitaneada pelo PMDB nem com os tucanos.
Desgaste
O motivo que levou o PMDB, PCdoB e PDT a recusar a proposta encaminhada pelo PMN e PHS para que Melki compusesse a chapa é a decisão do TSE de impedir as candidaturas denominadas “Ficha Suja”. A avaliação é que o TRE-RO negue o registro da candidatura do ex-prefeito de Vilhena, o que provocaria um desgaste desnecessário às candidaturas majoritárias da coligação.
Vice
Esta coluna apurou que em momento algum o nome de Melki Donadon foi sugerido para compor como vice de Confúcio Moura. Ele pleiteou a vaga senatorial. Mas a questão do vice fez parte da pauta da reunião do PMDB, PCdoB e PDT.
Ponderação
Alguns membros dos diretórios do PMDB e PDT da capital ponderaram para que o vice de Confúcio Moura fosse de Porto Velho. Ponderação imediatamente rechaçada por (quase) todos os presentes a reunião.
Ausência
Airton Gurgacz, homologado como vice de Confúcio Moura, não compareceu à convenção porque se encontrava no Estado do Paraná acompanhando a filha numa delicada cirurgia. A ausência e as movimentações ocorridas pela manhã sobre o vice terminaram provocando especulações a respeito de um eventual racha na coligação.
Ataque
Já o pré-candidato a senador pelo PP, Ivo K-Sol, voltou ao velho estilo e tem atacado o senador Valdir Raupp e Expedito Júnior nas entrevistas que tem concedido nas rádios do interior. Em Médici, Alta Floresta e Jaru, o ex-governador fez insinuações desairosas contra os dois e nos bastidores a informação é que os ataques vão se intensificar.
Elegância
João Cahulla, pré-candidato do PPS a reeleição, tem evitado atacar abertamente os concorrentes. Seu estilo é de elegância, mas ninguém pense que esse comportamento vai continuar na proporção em que a campanha pegar fogo. Mesmo assim, dificilmente usará expediente grosseiro contra os adversários. Tarefa reservada ao guru.
Convenções
PSDB e PPS homologam com seus parceiros as candidaturas de Expedito Junior e João Cahulla nesta quarta-feira. Esses partidos estão mobilizando as bases para realizar grandes festas, assim como fizeram PMDB, PCdoB e PDT. Ambas têm cacifes para atingir o desiderato. A ver.
Isolado
Pelo quadro político desenhado até o momento quem tem ficado isolado é o PT. Os petistas não conseguiram atrair legendas ao seu projeto o que pode refletir negativamente na pretensão de eleger novamente mais dois deputados federais. Aliás, a nominata anunciada pelo PT para Câmara Federal vai ter dificuldade para conseguir atingir o coeficiente eleitoral.
Tarefa
A saída para o Partido dos Trabalhadores é convencer o Partido Socialista Brasileiro a embarcar no barco de Eduardo Valverde. Tarefa nada fácil pelas rusgas existentes entre as duas legendas em Rondônia.
Presença
Não passou despercebida na convenção que homologou a candidatura de Confúcio Moura a presença do prefeito de Cujubim. O alcaide vem a ser o filho do deputado federal petebista Ernandes Amorim, antigo desafeto de Moura. O PTB deverá apoiar Cahulla, mas Amorim e os filhos devem optar em apoiar a candidatura a governo do ex-prefeito de Ariquemes.
Usina
Esta coluna tem evitado comentar as confusões envolvendo a direção da Usina Santo Antonio, especialmente com a CPI da Assembléia Legislativa, com sindicalistas profissionais, por conhecer os interesses inconfessáveis. Mas uma nota oficial divulgada pela empresa merece uma reflexão mais cuidadosa. É que a empresa acusa no malfadado texto os grevistas com adjetivos nada dignificantes.
Usina II
É verdade que existem sindicalistas que fazem a atividade sindical meio de vida (jamais voltaram ao batente). Como também é correto afirmar que no canteiro de obras da usina há abusos que devem ser coibidos pelos órgãos responsáveis. Uma investigação isenta sobre o que está ocorrendo na usina é a única saída para coibir os abusos. De ambos os lados.
Lucro
A direção do Consórcio Santo Antonio alardeia que a usina trouxe progresso para Porto Velho e para Rondônia. Esquece de lembrar que a obra também trouxe muita mazela na área da saúde, segurança, moradia e prostituição, entre outras. A empresa vai lucrar mais do que o Estado assim que começar a operar.
Impactos
Esta coluna teve acesso a um relatório independente sobre os impactos ambientais das usinas que, bem divulgado, provoca indignação e revolta a qualquer um que tenha o mínimo de consciência e compromisso com a sustentabilidade. São dados estarrecedores que são sonegados pelo Consórcio. Voltaremos ao assunto.
Inferno
Mesmo a intensa exposição na mídia durante o mês com os programas de TV e rádio do PSDB, PPS e PTB, José Serra não conseguiu conter a queda nas pesquisas. Pelo IBOPE, Dilma Rousseff ultrapassou o tucano e caminha para levar a fatura no primeiro turno. Para piorar o inferno astral, os Demos, fiéis aliados de outrora, ameaçaram romper a aliança depois do anúncio de Álvaro Dias como vice de Serra. Vices (cargo eleitoralmente sem muita importância) têm provocado furor em todo o país quando o ungido é tido como belzebu.
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