Terça-feira, 26 de janeiro de 2021 - 15h49
RETORNANDO
Depois de um mês longe dos teclados e sem atualizar a coluna em razão de
uma Covid grave que exigiu minha internação por vinte dias em São Paulo, graças
a Deus, eis me aqui renovado e um pouco cansado para voltar ao batente.
Agradeço às palavras generosas de cada amigo no momento mais crítico. Agradeço,
em especial, aos amigos Diego Vasconcelos, Dimis Braga, Magno Guedes, Hiram
Marques, Ayres Amaral, Valdir Raupp, Heverton Aguiar, Rubens Coutinho, Expedito
Junior e Andrea Farias. Vida que segue! Embora muito triste com a partida
precoce de vários colegas, inclusive da imprensa.
DEBOCHE
Uma propaganda que está sendo criticada nas mídias sociais, do
governador Marcos Rocha ao lado do presidente fazendo propaganda (enganosa) de
combate à Covid 19, é um deboche à situação real e concreta por que passa o
colapso do sistema público de saúde, compelido a enviar pacientes para outros
estados. Nossas autoridades, num momento tão triste e fora de controle,
deveriam submergir e evitar exploração política em respeito às vítimas do vírus
e aos familiares que perderam seus entes queridos. Debochar neste momento é
criminoso. Rocha deveria mandar retirar esta empulhação.
CALENDÁRIO
Em março, possivelmente quando é esperado a crise pandêmica arrefecer
com mais vacinação, o calendário eleitoral volta às manchetes. Já há movimentos
nos bastidores dos partidos políticos visando filiações com objetivo de
candidatura majoritária própria. É quase certo que o governador, após conseguir
um partido com o seu perfil conservador, seja candidato à reeleição. Sua
entourage acompanhou as eleições municipais e deve ter percebido que em 2022 a
lorota discursiva que embalou as eleições de 2018 dificilmente colará nas
próximas eleições.
REVELAÇÃO
A população revelou recentemente nas urnas que não vai deixar ser
engalobada por discurso moralista e falso, e quem mostrar serviço tem tudo para
sair na frente. O DEM, PSDB, MDB, PODEMOS, PT e PP estão de olho na
cadeira do coronel. Lorota não engana mais ninguém, exceto a entourage. Vai ser
uma campanha onde os serviços públicos terão prioridade sobre aquele discurso
privativista que os pseudos liberais vinham enrolando.
INOPERÂNCIA
Nunca a população necessitou tanto do apoio estatal que arrecada uma
fortuna com nossos impostos. Os programas sociais e o SUS foram os únicos
pilares de salvação dos mais necessitados. Os gestores do sistema de saúde, por
exemplo, terão muito o que explicar à população. Isto na hipótese de existir
explicação para inoperância. Aqueles que acusam a imprensa por revelar os fatos
da forma mais real, são os mesmos que não precisam do SUS nem dos programas
para sobreviverem. É fácil tripudiar na política quando os familiares estão
protegidos. Falta empatia.
FÚRIA
O prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, tem que conter sua iracunda para
não meter os pés pelas mãos e virar mais um párea que passa pelo paço municipal
sem deixar um legado político alvissareiro. É perceptível a fúria inconsequente
e juvenil com que o prefeito assumiu suas funções em tão pouco tempo. Ele que
se cuide que no executivo o andor é de barro. Não pode tudo, mesmo achando que
sim. Em razão disto que há uma proteção social de freios e contrapesos para
conter a fúria dos inconsequentes.
TRANQUILIDADE
Já a prefeita de Ariquemes, Carla Redano, mostrou como deve ser sóbrio e
delicado o início de uma administração. Sem movimentos bruscos e nem arroubos,
começa uma gestão com muita tranquilidade e parcimônia. Tem futuro no mandato,
caso mantenha este perfil.
COMPRAS
Os órgãos de controle não vão deixar barato as compras feitas por
autoridades durante a decretação de calamidade pública. Muitos gestores
aproveitaram lamentavelmente a pandemia e as exceções jurídicas para aquisição
de insumos no enfrentamento da Covid para meter literalmente a mão grande nos
parcos recursos públicos. Não demora para que venham à tona em efeito cascata
as tramoias destes mal gestores. Os órgãos estão bem treinados e equipados para
fiscalizar e impor sanções duras.
ROLANDO LERO
Quem assiste às entrevistas do Secretário de Saúde de RO com as evasivas
sobre o colapso do sistema estadual de saúde percebe que o jovem médico não
entende absolutamente de gestão pública. Resta evidente a sucessão de
contradições e atos administrativos questionáveis. É culpado pelo que esta
ocorrendo e cada fala dita confirma que perdeu o controle. Máximo é bom de
papo, um rolando lero” autêntico sem nada para dizer. Exceto justificativas
vazias.
LETARGIA
É impressionante o estágio letárgico pelo qual passa nossa representação
senatorial. Infelizmente não vemos nesta legislatura um senador de Rondônia
preocupado em discutir os problemas mais graves do estado nem propor nada de
novo em relação à obras estruturantes. Parasitam na própria letargia. Nada,
absolutamente nada de concreto propõem pelos interesses de quem os
elegeram.
ATENTO
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