Sexta-feira, 23 de agosto de 2013 - 13h09
Mexida
Sem muito alarde o governador tem exonerado e substituído alguns colaboradores dos escalões superiores. Ricardo Sá (Portos), Coronel Carvalho (Detran) e Lindomar Garçon (Governadoria) são alguns que estão sendo dispensados. A coluna apurou que nas próximas semanas as mexidas podem ser mais substanciais e atingirão secretários.
Efeito
As dispensas de Lindomar Garçon e Ricardo Sá podem ser em face das recentes operações policiais que revelaram algum tipo de ligação com os alvos dessas operações. Os nomes apareceram na mídia provocando desgaste e justificativas do governo. Já o coronel, desgastado com o trabalho, sai a pedido.
Cadafalso
Mais uma vez os dois vereadores da capital, Marcelo Reis e Eduardo Rodrigues, tiveram seus habeas corpus denegados pelo Tribunal de Justiça de Rondônia. Mesmo que a comissão instituída pela edilidade para apurar eventuais cometimentos éticos não conclua pela cassação dos colegas, dificilmente escapam do cadafalso porque estão sendo computadas as faltas regimentais e obrigatórias capazes de cassar os mandatos. Os suplentes já podem encomendar a fatiota. Ambos estão recolhidos depois que a Polícia Civil revelou o envolvimento dos políticos com narcotraficantes.
Lavando as mãos
O ex- prefeito de Vilhena, Melki Donadon, e o deputado federal Nilton Capixaba (PTB) avisaram ao presidente da Câmara Federal Henrique Alves que o deputado federal Natan Donadon, recolhido à Papuda em Brasília, está com problemas de relacionamento com os demais presos e corre perigo. Alves informou que nada pode fazer e que na próxima semana o processo de cassação de Donadon será levado à votação no plenário da casa.
Despejo
A Câmara Federal ameça despejar a família de Natan Donadon caso insista em não desocupar o luxuoso apartamento funcional situada na Asa Sul de Brasília e destinado aos Deputados Federais em pleno mandato. Por duas vezes a família do quase parlamentar se negou a assinar a notificação de desocupação.
Epitáfio
Dificilmente o plenário da Câmara Federal deixará de acatar o pedido de cassação de Natan Donadon aprovado pela Comissão de Ética. Amir Lando, suplente do PMDB, assume a vaga nos próximos dias. É a segunda vez que Lando sai do ostracismo político para assumir um mandato eletivo em substituição ao titular que deixa o mandato por execução ou prisão. A primeira vez foi em substituição ao ex-senador Olavo Pires, metralhado em uma avenida movimentada de Porto Velho. É o que chamamos de um suplente indesejável.
Procrastinando
Já encontra-se em nossas mãos um documento explicando como as usinas estão procrastinando com recursos protelatórios o recolhimentos dos tributos devidos aos cofres rondonienses. Estamos avaliando e checando alguns dados para comentar na coluna com mais propriedade. As cifras são astronômicas.
Traição
Em conversa amistosa com o secretário municipal de administração da capital, Mário Medeiros, ele confidenciou à coluna que o prefeito Mauro Nazif não está preocupado com as críticas neste primeiro ano de (des)governo. Segundo o secretário, Nazif tem costas largas. Pode ser, mas a população não tem uma paciência da largura das costas do prefeito. Aliás, a inércia administrativa é um golpe por traição (costas) ao eleitor.
Hereditariedade
Está para entrar na pauta de votação do Senado Federal o projeto de lei que institui a hereditariedade da licença para exploração do serviço de táxi. Por duas vezes a presidente Dilma Rousseff já vetou esta aberração jurídica: além de invadir as competências dos municípios, torna patrimônio privado um serviço que é patrimônio público. Uma lei com formato de 'miséria'. Literalmente.
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