Terça-feira, 30 de agosto de 2022 - 16h01
TELEMARKETING
Tratada
inicialmente como uma banalidade de campanha pelo comitê eleitoral do
governador Marcos Rocha, os disparos em massa feitos no início do mês para um
cadastro enorme de números de telefones celulares, com objetivo eleitoral, têm
tudo para causar problemas judiciais ao candidato, uma vez que tem avançado, no
Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, os procedimentos
investigatórios.
TELEFONES
Nos
últimos dias, por exemplo, o diligente Ministério Público Eleitoral requereu
mais uma vez que o candidato Marcos Rocha informe a origem do banco de dados
telefônicos e a forma de obtenção dos números utilizados para o disparo em
massa de mensagem eleitoral. Requer ainda que seja informado à justiça
eleitoral os dados da suposta empresa responsável pelo trabalho. A coluna
obteve a informação de uma fonte de Goiânia (GO) de que no endereço constante
no portfolio da empresa não há serviços que indiquem a expertise em pesquisas
da natureza declarada à justiça, conforme sustenta o comitê eleitoral do
governador.
TAQUARA
RACHADA
Aliás,
este acesso aos números de telefones tem sido desde o início da denúncia o
questionamento principal desta coluna, visto que o nosso telefone foi um de
tantos outros que recebeu a malfadada ligação com a voz de “taquara rachada” do
candidato do União Brasil.
INVESTIGAÇÃO
Como
na agenda do governador Marcos Rocha não consta nosso número telefônico e, tão
pouco, nos dirigiu um pequeno cumprimento - nem quando nos sentamos lado a lado
num voo entre nossa capital e a capital federal -, nossa dedução é de que
tenhamos sido vítimas da prática irregular do telemarketing no período
eleitoral. Prática que, restando comprovada, é gravíssima. O procedimento
investigatório em curso que parecia ser algo banal para os governistas tende a
ser um complicador caso as informações inicialmente prestadas não sejam
confirmadas em juízo.
PROGRAMAS
Os
programas eleitorais de TV e rádio começaram em clima frio sem que os
candidatos, especialmente opositores, lançassem contra o governo as críticas
mais acerbas. O senador Marcos Rogério optou em ser o narrador do primeiro
programa do PL, haja vista a intimidade com a radiodifusão por anos. Não é
segredo para ninguém que o senador cultua a própria voz e não perderia a
oportunidade para explorar seus dotes fonéticos numa imitação de “Sílvio
Santos” da floresta. Não economizou no suor para início da jornada. Marcos
Rocha, candidato à reeleição pelo União Brasil, optou em apresentar imagens de
uma unidade hospitalar que nem de longe é o retrato branco e preto do caos que
é nosso João Paulo II, em cores. O deputado federal Léo Moraes, candidato do
Podemos, seguiu uma linha poética apresentando um candidato íntimo aos abraços
do eleitor. O candidato petista, o ex-vice-governador Daniel Pedreira, seguiu a
linha ideológica partidária ligando seu postulado à campanha do ex-presidente
Lula. Ivo Cassol, candidato sub judice, apareceu se regozijando dos feitos
pretéritos sem cravar que permaneça na disputa, embora a cuia do chimarrão na
TV tenha se destacado mais que a própria fala do candidato do PP. Pimenta de
Rondônia, Psol, e Valclei, do Agir, autointitulado comendador, não tiveram
programas veiculados no primeiro dia. Também não fizeram falta.
DEBATE
Os
debates são importantes para que os candidatos possam confrontar as propostas,
o eleitor avaliar quais delas são as mais exequíveis e concluir entre os
candidatos o mais bem preparado para governar. Esta é a máxima que todos falam,
mas na prática os debates têm servido para um confronto de impropérios que em
nada refletem os objetivos propostos. Não raro os candidatos mentem
descaradamente e sem pudor. O pior de tudo é que parte considerável da
população sabe da farsa e até gosta do vale tudo. A própria mídia adora escrever
mais sobre os blocos beligerantes do que sobre as propostas. Aliás, quando no
debate as propostas se sobressaem, dizem que foi um debate modorrento.
Igualmente na campanha, ao que parece, todos esperam pugilato.
PRESIDENCIÁVEIS
Quem
assistiu ao debate presidencial no último domingo, na TV Bandeirantes, viu de
tudo menos um programa de governo que retire o país da crise sem precedentes em
que se encontra: seja econômica, seja institucional. Na segunda-feira, quase
que por unanimidade, os analistas políticos apontaram a candidata do MDB,
Simone Tebet, com o melhor desempenho. Lorota. Nem ela ou qualquer outro
candidato apresentou um projeto de país. Tão pouco as primeiras ações concretas
para retirar o Brasil do precipício econômico em que está colocado.
DESTAQUE
A
principal frase que catapultou a candidata Simone Tebet como a menos ruim do
debate foi no bloco em que apontou o dedo a Bolsonaro para lhe avisar que não
tinha medo e, em seguida, lembrar uma frase da novela global que na sua terra
(Mato Grosso do Sul), local do pantanal, mulher vira onça. Proposta que é bom,
nada. O debate foi um mico. Animal, aliás, que estava bem mal
representado.
MONITORADO
O
deputado estadual e candidato à reeleição Jean Oliveira (MDB), da coligação do
governador Marcos Rocha, denunciou estar sendo monitorado e requereu à direção
da Secretaria de Segurança uma investigação sobre a suposta bisbilhotagem.
Segundo ele, uma câmera, instalada num poste perto da sua residência, gravava
quem entrava e saía. Pode ser que algum adversário esteja bisbilhotando o
parlamentar ou mesmo outros interessados. O que não falta ao deputado são
desafetos uma vez ser um político entrelaçado em teias complexas com vastas
ramificações controvertidas. Diz o adágio: onde há fumaça há fogo.
EXPECTATIVAS
Está
em andamento o julgamento virtual do Supremo Tribunal Federal sobre a liminar
que concedeu a Ivo Cassol o direito de ser homologado candidato a
governador na convenção do PP. Por enquanto o placar está desfavorável ao
ex-governador e a conclusão do julgamento não pode passar dos últimos minutos
de sexta-feira. Caso não haja mudanças na jurisprudência da Suprema Corte sobre
o caso concreto, a coluna mantém a mesma aposta que vem fazendo, contrária à
liberação desde que a candidatura do ex-governador começou a ser especulada. No
entanto, este episódio se encerra nas próximas horas para que a campanha
eleitoral para governador siga seu ritmo dentro da normalidade. A entrada de
Cassol na disputa colocou as expectativas dos concorrentes de
ponta-cabeça.
EXPERIÊNCIA
Quem
vem com uma campanha leve e bem verdadeira as próprias características é o
candidato a senador Expedito Junior, do PSD, inovando ao dar visibilidade ao
suplente Dr. Andrey Cavalcante. Diferente dos concorrentes que escondem o
primeiro suplente porque optaram em destinar a vaga aos membros das famílias.
Em Rondônia a suplência é importante uma vez que o candidato costuma assumir
por um tempo a titularidade senatorial. Nem sempre são por causas nobres.
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