Terça-feira, 19 de novembro de 2019 - 12h42
VAZA OCO
Continuam a os vazamentos de
conversas entre autoridades policiais civis e membros do Ministério Público
rondoniense sobre a operação “Pau oco”, envolvendo servidores públicos,
políticos e madeireiros em supostos malfeitos. No entanto, os vazamentos revelam
o outro lado da moeda, qual seja, a forma ortodoxa (para não dizer algo pior)
que agentes públicos eventualmente utilizam para investigar crimes,
aparentemente à margem dos dispositivos constitucionais. Nos bastidores há quem
diga que novas revelações ainda vão provocar muito furor por aí.
KAMIKAZES
Os áudios da operação Pau Oco que
apontam agentes públicos atuando à margem do sistema judicial foram divulgados
por um dos seus membros e aparentemente em razão de egos superlativos. Ao que
parece, um delegado, membro desse grupo de WhatsApp, onde trocavam informações
sobre a operação, decidiu jogar titica no ventilador e expor os métodos
ortodoxos que o grupo utilizou para investigar políticos, agentes públicos e
madeireiros. Mas, independentemente do resultado final desta autofagia, quem
perde são as instituições, visto que nomes de membros do Judiciário, Ministério
Público e Polícia Civil aparecem em diálogos nada convencionais.
TRANSPARÊNCIA
Ainda não restou clara a razão pela
qual o relator desse processo não determinou a liberação de todo o conteúdo das
investigações, haja vista que os métodos utilizados na coleta das provas as
tornou contaminadas – pelo menos em parte, conforme áudios vazados. Todos falam
e defendem transparência dos atos administrativos e cobram das autoridades a
mesma postura, mas nem todos agem com a transparência que as circunstâncias
exigem e na hora em que é para que tudo venha à luz, o silêncio e a inércia se
impõem. Daí a exposição nas redes sociais contra as instituições públicas que
ficam sujeitas à desmoralização. Quando as regras de convivência sucumbem
emerge o caos.
FINANÇAS
Embora o coronel governador Marcos
Rocha não diga um pio publicamente, mas em particular tem manifestado muita
preocupação com o futuro das finanças do estado, os gargalos econômicos
herdados com a dívida consolidada consomem um quinhão enorme das finanças
rondonienses e o cenário futuro, caso a dívida das estatais não seja
renegociada, é tenebroso. Na campanha o tema foi debatido a partir de uma reunião
com os candidatos promovida pelo Tribunal de Contas que apontava dias difíceis
caso nada fosse feito. E quase nada foi feito até o momento para resolver esta
bomba relógio. Aliás, a bomba ainda não estourou em razão das ações políticas
feitas pelo governador da época, Daniel Pereira.
SOLUÇÃO
No entanto, a solução depende da
vontade política do Governo Federal e da capacidade de articulação do
governador rondoniense com as autoridades brasilienses. Na campanha, quando o
tema apareceu nos debates, o coronel respondia que já havia conversado com o
capitão (Bolsonaro) sobre o assunto e que este (hoje presidente) teria
prometido resolver. Chegou a hora do coronel Marcos Rocha cobrar do capitão
Jair Bolsonaro o cumprimento da promessa, caso contrário, o tesouro estadual
entra 2020 no vermelho. Afinal, a relação de amizade entre os dois, segundo o
próprio Marcos Rocha, vem desde academia militar e permite ao que parece uma
solução especial do caso por Rondônia.
ESTUPIDEZ
O Ministro da Educação Abraham
Weintraub conseguiu nos últimos dias mais visibilidade pelas grosserias do que
pela educação ao trocar impropérios pelas redes sociais com súditos comuns da
população no último dia 15 novembro, data de aniversário da República. Defensor
do retorno à monarquia, o ministro expôs suas opiniões favoráveis à família
real e desancou a república. "Uma pessoa que acompanha as
postagens do ministro no Twitter respondeu que “se voltarmos à monarquia,
certamente você (o ministro Abraham Weintraub) será nomeado o bobo da corte”. O
ministro retrucou: “Uma pena. Eu prefiro cuidar dos estábulos. Ficaria mais
perto da égua sarnenta e desdentada da sua mãe”.
IDIOTICE
Diante da agressividade da
resposta do ministro, outro cidadão, em tom jocoso, disse “ter encontrado o seu
bom senso na rua, que mandou-lhe lembranças”. Mais uma vez, o ministro desceu
ao rés do chão: “Que bom. Agora continue procurando o seu pai”. Não são
palavras que se supõe proferidas por um ministro de Estado, mas por um estupido
ou alguém com uma média intelectual abaixo da média mundial; talvez as duas
coisas. A ministra Damares (tinder), perto de Weintraub, é uma alteza.
REPRESENTAÇÃO
É impressionante como a
representação senatorial de Rondônia caiu e perdeu a força política que um dia
conseguiu, até ministro conseguimos emplacar. As principais demandas políticas
do estado eram tratadas com mais vigor e mais entusiasmo. Dos três senadores,
hoje representando o estado, um passa o tempo viajando pelo mundo em missões
oficiais, postando falas sobre suas andanças que em nada contribuem para o
desenvolvimento de Rondônia. De tanto fazer pregações vazias ganhou o apelido
de “Rolando Lero”. O segundo, ex-governador, vive viajando na maionese:
frequenta as mídias sociais com críticas genéricas, especialmente na área de educação,
embora, quando administrou, os índices do seu governo na área não tiveram
percentuais tão expressivos. O terceiro, devido aos problemas judiciais, optou
por concluir o mandato de forma discreta. É a nossa representação no Senado
Federal com a menor importância política desde a criação do Estado.
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