Terça-feira, 17 de novembro de 2015 - 14h50
Presidente Barack Obama
White House
1600 Pennsylvania Avenue
Washington DC
(Tradução da mensagem em Inglês)
17/11/2015
Referente: Sugiro estudos objetivando a criação de Fundo Global de Recompensa a ser administrado pela ONU, destinado a premiar autores de informações que possibilitem, preventivamente, combater conspirações, bem como a materialização de ações terroristas.
Senhor Presidente,
Motivado pela consciência de que os governantes comprometidos com o povo não se fazem indiferentes a contribuições que dele emanam, este cidadão estadunidense de origem brasileira, sentindo-se parte homogênea de parcela majoritária comprometida com a liberdade e clamando por respostas à escalada da violência propagada por organizações e grupos religiosos ou políticas que disseminam ódio e terror, submete a Vossa Excelência essa proposta.
Acredito que, se ela for implementada, poderá constituir-se em elemento preventivo efetivo no combate ao terrorismo, somando-se positivamente a outras ações em fase de discussão ou execução na áreas áreas militar e de segurança, quer seja por países ou Agências Multilaterais.
A escalada da violência demonstrada nos atentados de 11 de setembro de 2001 pela Al-Qaeda, os recentes em Paris perpetrados pelo autodenominado “Estado Islâmico”, a derrubada do avião comercial russo no Egito; o avião comercial abatido na Ucrânia; as explosões que ocorrem diariamente na Síria, em Israel, em Gaza, no Iraque, na Turquia, no Afeganistão e em diferentes países e regiões do planeta, ecoam fortemente e impõem uma ação global unificada dos Estados-Nações que estarão ainda mais debilitados, na ausência de irrestrita cooperação para garantir a liberdade e o império da justiça no combate ao terrorismo que já compromete parte considerável da paz e da segurança internacional.
A instituição de prêmios em dinheiro, educação, segurança, confidencialidade da informação, garantia de legalidade imigratória aos denunciantes motivariam particularmente jovens e cidadãos muçulmanos identificados com a cultura ocidental e seus valores a denunciar conspirações ou ações terroristas perpetradas em nome do Islã que contrariam a doutrina de Maomé e causam prejuízos imensos a milhares de cidadãos muçulmanos que condenam a prática da violência e a opressão.
As comunidades muçulmanas em todos os países do mundo são potenciais aliadas que precisam ter sua importância reconhecida o que sem dúvida facilitaria de forma eficaz a consecução da paz e da segurança que desafia a inteligência dos líderes contemporâneos para enfraquecer o extremismo.
A prática de recompensar delatione [originada no latim] é utilizada pela justiça americana desde os tempos do velho oeste, até hoje oferecendo prêmio, reward, laureando, recompensando, remunerando a quem oferecer informações que permitam efetuar a prisão de criminosos, poderia ser aplicada com sucesso como poderoso instrumento no combate ao terrorismo e o garladeado, filosoficamente contrário à pratica de crimes covardes, se sentiria honrado pela contribuição elogiável à humanidade, salvando vidas em vez de se tornarem omissos ou cúmplices pelo silêncio de atos que poderiam ser evitados num processo de confiança e interação com as agências de segurança, uma vez que lhes fossem garantidas as recompensas e se sentissem estimuladas a denunciar sem correrem riscos de desagradar terroristas e estarem vulneráveis a represálias à sua integridade física e a membros de sua família.
No presente, deve-se dar prioridade à coleta de informações estimulando a recompensa para evitar preventivamente atentados, paralelamente aos esforços por prender os criminosos ou destruídos com bombas depois do ato perpetrado, vitimando centenas de cidadãos inocentes.
O estabelecimento de um prêmio aos jovens muçulmanos que contribuísse para evitar atentados seria um fator gerador de simpatia, estímulo e confiança se difundido de forma ampla, educativa e adequada. Isso poderia acenar com a garantia de um futuro melhor para eles e suas famílias, num processo efetivo de inclusão social como reconhecimento ao mérito mudando o destino que hoje os marca pela discriminação, baixo rendimento escolar, habitação precária, agressões islamofóbicas, conforme indicou relatório do Observatório Europeu do Racismo e da Xenofobia (EUMC): “A situação dos muçulmanos nos Estados-Membros da União Europeia alimenta o sentimento de revolta. As estatísticas demográficas disponíveis a 3,5% da totalidade da população da UE”.
O documento enfatiza exemplos de boas práticas nos Estados-Membros, da União Europeia bem como propostas de ação tendentes a combater a discriminação e o racismo e a promover a integração, mas no presente o sentimento prevalecente nas comunidades muçulmanas é de latente vergonha e pesar; sentem-se traídos e sobretudos prejudicados com ações terroristas. Não há duvida de que, em qualquer cultura, civilização ou religião, denunciar atos ilícitos e prejudiciais à humanidade configura sobretudo um louvor à ética e à moral, princípios incompreendidos ou violados apenas por seres desprezíveis detentores de mentes terroristas e criminosas.
Seria inteligente comparar custos benefícios na implementação da proposta ora defendida. Os recursos do Fundo a serem destinados à premiação desses que seriam considerados heróis e defensores da paz e dos valores democráticos, equivaleriam ao custo de uma meia dúzia de mísseis e apenas migalhas no bilionário orçamento destinado a operações militares e de inteligência.
Apenas em 2001, na Guerra contra o terror, só os EUA gastaram aproximadamente US$ 1,3 trilhões. O poder de um míssel jamais poderá equiparar-se aos benefícios de uma boa informação que permita evitar uma catástrofe em forma de ataque terrorista.
Parece-me razoável acreditar que, se apresentada à ONU a ideia poderia eventualmente receber o apoio necessário para sua implementação e permitiria num clima consensual contribuir sob uma ótica humanizada para o alcance de objetivos filosóficos permanentes de Segurança e Paz.
Respeitosamente,
Samuel Sales Saraiva
Ex-Membro do National Press Club de Washington DC - NPB e da Associação Nacional de Jornalistas Hispânicos - NAHJ
Security and Terrorism
Samuel Saraiva Suggests to President Obama to propose the ‘Creation of a Global Fund’ to the UN to Encourage and Reward Whistleblowers that Help Stop Terrorist Actions
President Barack Obama
White House
1600 Pennsylvania Avenue
Washington DC
Olney, Maryland - 11/17/2015
Subject: Suggestion of studies with the goal of creating a Global Compensation Fund to be administered by the UN, allocated to reward those who provide information that will preventatively fight conspiracies, and stop the execution of terrorist actions.
Mr. President,
Motivated by knowing that the leaders committed to their people are not indifferent to the contributions made by said people, this U.S. citizen of Brazilian origin, considering himself as a homogenous part of the majority committed to liberty and clamoring for answers to the escalation of violence propagated by religious or political organizations and groups that disseminate hatred and terror, submits this proposal to Your Excellency.
I believe that, if implemented, it could be an effective preventive element in fighting terrorism, a positive addition to other actions already in discussion or execution in the military and security realms, whether by countries or multilateral agencies.
The escalation of violence demonstrated in the attacks on September 11, 2001 by Al-Qaeda, the recent ones perpetrated in Paris by the self-named “Islamic State”, the bringing down of the Russian commercial jet in Egypt; the commercial jet shot down in Ukraine; the explosions that occur daily in Syria, Israel, Gaza, Iraq, Turkey, Afghanistan and the different countries and regions of the world, echo strongly and impose a unified global action from the Nation States that will be further weakened in the absence of unrestricted cooperation to guarantee liberty and the empire of justice in fighting the terrorism that already compromises a considerable part of international peace and security.
The institution of rewards of money, education, security, information confidentiality, the guarantee of immigration legality to whistleblowers would particularly motivate Muslim youth and citizens that identify with western culture and its values to denounce terrorist conspiracies and actions perpetrated in the name of Islam that are contrary to Mohammed’s doctrine and that cause immense harm to thousands of Muslim citizens that condemn the practice of violence and oppression.
Muslim communities in all countries around the world are potential allies that need to have their importance recognized, which would undoubtedly effectively facilitate the attainment of peace and security that challenges the intelligence of contemporary leaders in order to weaken extremism.
The practice of compensating delatione [Latin origin] has been used by the American justice system from the old west until today, offering a reward, praising, honoring, compensating those who offer information that allows for the imprisonment of criminals, and could be successfully applied as a powerful instrument in the fight against terrorism and the individual, philosophically against the practice of cowardly crimes, would feel honored for their praiseworthy contribution to humanity, saving lives instead of becoming silent or an accomplice due to their silence to acts that could have been avoided in a process of trust and interaction with security agencies, since they were guaranteed compensation and felt motivated to denounce without running the risk of angering the terrorists and being vulnerable to reprisals to their physical integrity and that of their family members.
At present we should give priority to the collection of information meant to reward avoiding attacks, parallel to the efforts to detain the criminals or those destroyed with bombs after the perpetrated act, making victims of hundreds of innocent citizens.
The establishment of a prize for Muslim youth that contributes to avoiding attacks would be a key driver of sympathy, encouragement and trust in a broad, educational, and adequate manner. This could signal a guarantee of a better future for them and their families, in an effective process of social inclusion as recognition of their merit, changing the destiny that marks them today by way of discrimination, poor schooling, poor housing, Islamophobic aggression, according to a report from the European Union Monitoring Centre on Racism and Xenophobia(EUMC): “The situation of Muslims in the Member States of the European Union feeds the sentiment of revolt. The demographic statistics available to 3.5% of the total EU population.”
The document emphasizes examples of good practices in Member States of the European Union as well as proposals for actions to fight discrimination and racism and promote integration, but at present the prevailing sentiment in Muslim communities is latent shame and regret; they feel betrayed and above all harmed by the terrorist acts. There is no doubt that, in any culture, civilization or religion, denouncing illicit and harmful acts to humanity configures as praise of ethics and morality, principles not understood or that are violated only by the despicable minds of terrorists and criminals.
It would be intelligent to compare the cost/benefit of implementation of the proposal defended here. The Fund’s resources meant to reward those that would be considered heroes and defenders of peace and democratic values would be equal to the cost of a half dozen missiles and are only drops in the billion-dollar budget set for military and intelligence operations.
Just in 2001, in the war on terror, the U.S. spent approximately US$ 1.3 trillion. The power of a missile could never equal the benefits of good information that allows for the avoidance of a catastrophe in the form of a terrorist attack.
It seems reasonable to me to believe that, if presented to the UN, the idea could eventually receive the support necessary for implementation and it would allow in a consensual climate for it to contribute within a humanized perspective for the achievement of the permanent philosophical objectives of Security and Peace.
Respectfully,
Samuel Sales Saraiva
Ex - Member of the National Press Club of Washington DC - NPB and the National Association of Hispanic Journalists – NAHJ
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