Sábado, 1 de setembro de 2018 - 19h12
QUEM VAI PARA O SEGUNDO TURNO CONTRA
BOLSONARO, O ENCANTADOR DE MULTIDÕES?
A
pergunta óbvia agora é: quem vai para o segundo turno contra Jair
Bolsonaro? Porque com Lula fora do páreo, depois de ficar fazendo de
conta que poderia disputar a Presidência, mesmo condenado em segunda
instância e mesmo na cadeia, há uma certeza em relação à disputa
nacional: o representante da direita estará sim, na reta final da
corrida ao Planalto. A única surpresa da decisão dos ministros do TSE em
defenestrar Lula do processo eleitoral, foi o voto lastimável do
ministro Edson Fachin, que fez um longo e tenebroso discurso, recheado
de um esforço inominável para jogar sua biografia como jurista no lixo
da História. A ideologia se sobrepujou a tudo o que ele tem feito de
positivo, por exemplo, na Lava Jato. Egocêntrico e querendo se postar
como o mais digno dos juristas, falou tanta bobagem, evocou tantas
excrescências, que, no final, se equiparou aos piores momentos do
Supremo. Fachin se expôs em rede nacional, defendendo o indefensável,
deixando todos de queixo caído. Terá o julgamento da História, sem
dúvida. Provavelmente ainda se arrependerá muito ao tentar salvar a
candidatura inviável do “cumpanheiro”! No mais, o TSE agiu como deveria
agir. Tirou da disputa o grande responsável pelo caos em que se meteu
nosso país. Aquele que, com sua demagogia, com seu autoendeusamento,
formou uma quadrilha para assaltar os cofres públicos, escudando-se
atrás de uma ideologia de esquerda que, ela sim, mas apenas ela, por si
só, merece respeito. Lula, o pai dos pobres, transformou-se também no
pais dos ladrões, que assacaram contra a Pátria e quase a destruíram. É
dele também e da sua turma, a culpa pelo surgimento de Bolsonaro, que
tem chances reais de ganhar a eleição, mesmo com todo o seu discurso que
beira à virulência e a antidemocracia.
Jair Bolsonaro esteve em Porto Velho, na sexta e em Rio Branco no sábado. Por aqui, foi tratado como celebridade. Nunca, em toda a sua história, o aeroporto da Capital teve um público sequer parecido com o que gritava o nome do presidenciável e o chamava de Mito. Famílias inteiras berravam por Bolsonaro, imaginando nele a única solução para um país em que o PT e seus aliados destruíram e que os demais presidenciáveis não têm coragem para dizer, com todas as letras. Bolsonaro tem. Quem, entre seus adversários, poderá mobilizar multidões em aeroportos? Lula fez nascer Bolsonaro. O Brasil está agora nessa encruzilhada. Seu futuro vai depender, ao que tudo indica, de um homem duro, sem cultura, mas tão esperto quanto seu arquiadversário. Bolsonaro sabe falar também a linguagem do povão, que está enojado com a esquerda, com suas palavras de ordem, com seu politicamente correto e com suas falácias. No final das contas, ao que tudo indica, não importa quem ganhe, seja quem for que ocupe a Presidência, corremos o risco de sermos todos perdedores. Lamentável!
SEMELHANÇA COM JÂNIO QUADROS
Jornalistas, mesmo os mais experientes, jamais viram cenas como as que se registraram no aeroporto Jorge Teixeira. Pessoas prensadas contra as paredes; mulheres passando mal, criança chorando, gritaria geral perto do histerismo. Jair Bolsonaro é um fenômeno, que não se duvide! Muito mais do que o foi Fernando Collor de Mello, nos anos 90, porque ele jamais mobilizou tanta gente. Algo semelhante na História do Brasil só no início dos anos 60, quando o mato-grossense Jânio Quadros, que fez sua carreira política em São Paulo, ganhou a eleição presidencial, usando uma vassourinha como símbolo. Ele avisava que ia “varrer a sujeira” do Brasil e caiu nas graças da grande maioria da população, que o recebia como ídolo. A História lembra que Jânio ficou apenas alguns meses no poder, depois de criar leis através de bilhetinhos; proibir o uso de biquíni e a brigas de galo, entre seus famosos feitos. Renunciou em 25 de agosto de 61, oito meses após assumir o governo. Começou então a crise que culminou com o golpe militar de 64. O resto, a gente sabe.
IBOPE E BIG DATA: O QUE DIRÃO AS PESQUISAS?
A semana começa com a perspectiva de duas novas pesquisas, que estão sendo realizadas em Rondônia e cujos resultados serão anunciados entre a segunda e a terça-feira. Um deles é o Ibope, que deve anunciar números da sua segunda avaliação, desde que as candidaturas ao Governo e ao Senado foram postas. A outra é do Instituto Big Data, contratado pela Rede Record, que anunciará pela primeira vez uma pesquisa de opinião pública realizada no Estado. O que elas dirão? Virão com números semelhantes ou trarão diferenças acentuadas? No primeiro levantamento, do Ibope, Expedito Júnior saiu na frente dos seus concorrentes, o que, no geral, não foi contestado. O que foi considerado surpreendente, foi a segunda posição ao Senado da petista Fátima Cleide, atrás apenas de Confúcio Moura e à frente de Valdir Raupp, Carlos Magno, Jesualdo Pires, Marcos Rogério, Aluízio Vidal e o vereador e pastor Edésio Fernandes. Nas resultados das duas pesquisas que serão anunciadas nesta semana, Fátima confirmará essa performance? Expedito aparecerá novamente à frente ou poderá surgir alguma reação de Acir Gurgacz e Maurão de Carvalho? Expectativa é geral, tanto pelo Ibope quanto pelo novo instituto Big Data, contratado da respeitada Rede Record de Televisão.
ACIR CONTINUA CANDIDATÍSSIMO!
Acir Gurgacz reuniu a imprensa, na sexta, para reafirmar que é candidato
ao Governo, mesmo depois que a Procuradoria Geral da República pediu ao
STF que ele começasse a cumprir pena a que foi condenado, em ação que
nada tem a ver com questões políticas. Gurgacz mantém sua certeza de que
a Justiça Eleitoral concederá a ele o direito de concorrer. Ele irá até
o fim, acabando com uma boataria dos últimos dias, de que o governador
Daniel Pereira estaria conspirando para substituí-lo. Só conversa, sem
qualquer indício concreto. Que Daniel gostaria de ser candidato, não há
dúvida disso, até porque pesquisas feitas por institutos sérios e
registradas na Justiça Eleitoral, dão a ele números muito positivos,
numa eventual participação na corrida pelo Palácio Rio Madeira/CPA.
Acir, contudo, acabou com o assunto. Na coletiva aos jornalistas,
garantiu que está na briga e entrou nela para ganhar. Não há, ao menos
até que surja alguma decisão definitiva, qualquer possibilidade de que o
senador decida abrir mão da sua candidatura. E ele continua sim com o
apoio de Daniel Pereira. Claro que o quadro pode mudar. Mas até esse
domingo, ele era esse. O resto é conversa, sem base na realidade.
CANDIDATO AO GOVERNO EM 22
O
próprio Governador desmentiu qualquer movimento para se tornar
candidato este ano, durante sua participação no programa Papo de
Redação, com os Dinossauros do Rádio, na Parecis FM, na sexta. Explicou
que sua decisão, anunciada há bastante tempo, continua a mesma: ele
apoia Acir Gurgacz e os candidatos da coligação que o senador lidera.
Ponto final. Questionado se está mesmo fora do processo, Daniel Pereira
brincou: “sou candidato, mas só em 2022”. O que ele não disse, é que
muitos dos comentários de que Acir sairia do páreo e quem entraria
seria o próprio Daniel, saem de dentro do próprio Palácio Rio
Madeira/CPA, sem a autorização do chefe, é claro. Muitos assessores não
engolem a ideia de que o atual Governador abra mão de uma disputa
eleitoral em que ele teria chances reais. É gente que certamente tem
ligação mais política do que pessoal com o próprio chefe. Se o
conhecessem, saberiam que não há argumento que o faça trair um acordo ou
um parceiro. Enfim, faltando apenas um pouco mais de um mês para a
eleição, o governador rondoniense só participará da disputa como membro
do PSB e como eleitor. Urnas mesmo, para ele, só em 2022. Será mesmo?
NÃO SERÁ SÓ OBA OBA!
Cenas
bonitas, discursos vigorosos, pra cima, muitos sorrisos, otimismo
ululante! Assim se poderia resumir os primeiros programas eleitorais dos
principais nomes na disputa pelo Governo do Estado e pelo Senado. Acir
Gurgacz convidou a população para uma grande caminhada; Maurão de
Carvalho homenageou várias cidades do Estado, que o apoiam; Expedito
falou em transformar o Estado, ouvindo a população e Pimenta de Rondônia
falou em projetos sociais para melhorar a vida das pessoas. Como pano
de fundo, músicas, jingles, cenas dos candidatos no meio do povo. Nos
próximos dias, os candidatos vão começar a falar mais claramente das
suas propostas, para alguns dos setores mais importantes. Ah! Antes que a
gente esqueça: na campanha ao governo, vai ter pauleira também.
Assuntos como precatórios, obras públicas não finalizadas, dívidas de
campanha, inelegibilidade, impugnações e outros mais pesados, daí para
cima, começarão a esquentar a disputa, mais à frente. Só não haverá um
confronto mais duro, caso fique claro que a tática que está sendo
planejada, não mudará o rumo do voto.
UMA LUZ NA HISTÓRIA DA CERON
O
leilão das estatais de energia ocorreu na semana passada, mesmo com
toda a pressão dos servidores da Eletrobras e de setores aparelhados
pela esquerda, que defendem um funcionalismo como dono do país, desde
que “nosotros”, que não somos servidores, paguemos a conta. A Ceron foi
também privatizada, felizmente. Uma estatal com obesidade mórbida,
inoperante, prestadora de serviços ruins, cobrando uma energia das mais
caras do Brasil, agora tem pelo menos uma chance de ir em frente e
atender as reais necessidades de Rondônia e não apenas de um grupo que a
domina há décadas. Claro que haverá prejuízos aos funcionários, que têm
todo o direito de reivindicar e protestar. Mas, de outro lado, o
consumidor tem também o direito de comemorar uma estatal a menos, que
vive no prejuízo (a Ceron teve mais de 1 bilhão e 600 milhões de reais
negativos, só como exemplo) e para a qual ele não mais terá que
desembolsar seu rico dinheirinho, ganho com tanto suor, para cobrir
buracos de empresas ineficientes dos governos. Quanto menos a presença
do Estado, mais chance das coisas darem certo e o país voltar a crescer.
ACIDENTE FERE TIZIU E MAIS TRÊS
O ex
deputado estadual e novamente candidato à Assembleia, Tiziu Jidalias,
junto com outras três pessoas que o acompanhavam na campanha, sofreu um
grave acidente de trânsito, nesse sábado. Ele estava indo para Alto
Paraíso, para encontro com eleitores, quando sua camioneta perdeu o
controle numa curva e caiu numa ribanceira. Um dos membros do grupo, o
fotógrafo Cláudio Santos, teria tido ferimentos mais sérios. Tiziu e as
outras duas pessoas – sua esposa, dona Teresa e o assessor Ezequias
Miranda - também ficaram feridos. No final da tarde deste sábado,
segundo informações vindas de pessoas que integram o grupo político de
Tiziu, ele estava internado na UTI em um Hospital de Ariquemes, muito
mais por prevenção do que por riscos maiores. Havia otimismo entre todos
os familiares, amigos e correligionários de Tiziu Jidalias de que ele
sairá do episódio sem sequelas e bem de saúde. Nas próximas 48 horas é
que se saberá, com mais exatidão, se houve algum dano mais preocupante.
Centenas de candidatos nessa eleição percorrem cada recanto do Estado,
enfrentando todos os tipos de estradas e rodovias. Há que se redobrar os
cuidados, por tudo o que o perigoso trânsito rondoniense tem causado de
perdas e danos a tantas vidas, nos últimos tempos.
PERGUNTINHA
Você concorda com a decisão do TSE que impugnou a candidatura do ex Presidente Lula ou apoia o voto isolado do ministro Edson Fachin, que queria vê-lo participando da campanha?
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