Sexta-feira, 4 de janeiro de 2013 - 21h13
Passei boa parte da minha vida evitando entender de política – ainda não entendo, mas estou me esforçando. Entretanto, descobri a importância da política na minha vida. Nos últimos anos tenho lido alguns livros, e acompanhado a cena política, principalmente no âmbito nacional.
Em 2013, tomei uma decisão, para mim, muito importante: fui assistir as posses do prefeito e vereadores de Porto Velho.
Era uma agradável tarde do primeiro dia do ano de 2013. As instalações modestas da casa de show Talismã 21 foi o palco para o desfile, das nossas mais recentes autoridades municipais. Talismã: festa; vereador; festa. Tudo certo e combinando.
A cerimônia já havia começado quando cheguei ao local. Tudo tranquilo, apesar da quantidade de pessoas do lado de fora do recinto. Prenúncio de lotação. Fiquei um pouco na parte externa, e depois entrei. Em princípio, não entendi nada. Apenas ouvia discursos.
Como havia previsto – lógica pura – o local estava realmente lotado. Boa parte das pessoas encontrava-se sentadas. Na frente: um palco vazio; grande número de profissionais da imprensa e curiosos. Não consegui ver as atrações, pois estavam atrás da barreira de profissionais da imprensa e curioso. Será que foi planejado exatamente para ser assim? Me recuso a acreditar. E tomei outra decisão: fui engrossar a barreira que separava as atrações do público sentado e em pé. Esses não os viam. Depois desse movimento, enxerguei-os. O governador, o prefeito substituto, os vereadores, assessores...
A primeira e a última impressões foram de total desorganização. O que me fez questionar: não há nenhum quadro na Câmara Municipal especializado em cerimônia de posse? Acompanhei pelos jornais algumas posses e a realidade era outra: o público devidamente sentado; os políticos devidamente sentados; sem barreiras de profissionais da imprensa e curiosos; todos e via todos. E me fiz outro questionamento: por que em Porto Velho foi assim... Tão desorganizado, bagunçado? Talvez seja o retrato da política municipal. Lamentável.
Quanto aos discursos, esses continuam os mesmo. Todos sabem porque foram eleitos. O problema são os eleitores: não sabem porque votaram. Juras de lealdade aos eleitores, às leis, ao partido.Acompanhamento ferrenho dos gastos do executivo municipal. Enfim, tudo como manda o figurino. Tudo certo. Na verdade os discursos anteriores e posteriores as eleições são, na maioria, corretos. Tanto que atraem votos. O problema é que esses discursos apenas atraem votos. Somente isso. Compromisso mesmo, nenhum. Assim, a prática comprova.
O governador disse que seria o governador da capital. O prefeito disse que é um aliado do governador. Tudo muito correto, mas lembra os discursos dos vereadores. O prefeito da gestão anterior deu a fórmula mágica para uma ótima administração: fazer tudo certo e com transparência. Com o desconto de estar na condição vice, e apenas com 30 dias como prefeito, a gestão anterior teve oito anos para colocar o conselho em prática. Entretanto, restou apenas mais uma operação da PF: prefeito afastado, exatamente por não seguir os conselhos do vice.
Então chegou a hora do juramento do prefeito. Felizmente, ainda não tentaram – acreditam que queiram – retirar, dos juramentos, o nome de Deus. Ainda bem. Imagine quando não for mais necessário pedir ajudar a Deus.
Mesmo depois do juramento, de, com a ajuda de Deus, cumprir às leis municipais, a Constituição do Estado e a Federal, o prefeito nomeou o irmão para uma secretaria. Nada a ver a competência, mas com moralidade, que é mais grave, tem haver com DNA.
Um vereador, que foi eleito para ser vereador, abandonou o cargo de vereador, para o qual foi eleito – inclusive agradeceu efusivamente a confiança depositada nele, pelos eleitores que não sabem porque votam – abandonou o cargo, de vereador: aceitou o convite para ser secretário do prefeito. Acredito que o prefeito não votou nele. Logo, o povo que não sabe porque vota, elege um candidato a vereador que não sabe se quer ser vereador. Tudo certinho. Tudo como indica a tendência política que permeia o Estado Brasileiro. O eleitor que tem compromisso com ele mesmo vota num candidato que tem compromisso com ele mesmo. Tudo tão verdadeiro como uma nota de cem reais, a nova.
E assim, começa 2013 na política de Porto Velho. Quem acredita que há mágica na passagem de um ano para o outro, perdeu de novo a oportunidade de colocar os pés no chão e caminhar pelas ruas esburacadas e agora alagadas da cidade de Porto Velho, próxima de completar 100 anos. E o mais importante: acreditar que as ruas estão realmente cheia de buracos e cheias de água. Teremos ainda muita sorte se esses buracos estiverem somente nas ruas.
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