Sexta-feira, 30 de julho de 2021 - 08h49
Três meses depois... dia 28 de julho de
2021 - Leia o texto sobre a primeira dose: Eu e a Astrazenca]
Enfim, estou
devidamente imunizado. Mas não totalmente. Mesmo com a segunda dose continuarei
praticando o distanciamento social, uso de máscara e higienização com álcool em
gel. Afinal, nenhuma vacina tem 100% de eficácia, e o Sars-Cov-2 reage de
acordo com cada corpo. E ainda há a agravante das novas cepas. E como sabemos,
tudo pode acontecer, inclusive nada. Mas pode matar ou debilitar. Como não
tenho o menor interesse de saber como ele reagiria em mim, continuarei seguindo
as regras de prevenção. Afinal, prevenir é melhor que remediar. É um clichê, um
daqueles que, se seguido, salva vidas.
Tenho tomado
conhecimento de casos de contaminação, mesmo após a segunda dose. O que é
normal. Afinal, a vacina não impede a contaminação, mas reduz ou anula os efeitos
do vírus no corpo. Há casos em que há necessidade de hospitalização. Isso pode
significar que, sem vacina, a situação poderia ser muito pior. Assim, reitero,
a luta deve ser no sentido de ficar bem afastado, longe das possibilidades de
contaminação.
Dessa vez, não tive a
preocupação de acompanhar se chegou ou não chegou vacina para a minha faixa
etária. Apenas esperei a data – 28/07 -, e simplesmente me dirigi ao o posto de
saúde. Lá, apresentei meus documentos juntamente com a caderneta de vacinação, e
o atendente me encaminhou para a sala de espera. Não demorou nem cinco minutos,
fui chamado e vacinado. Sem fortes emoções como na primeira dose. Apenas o
ritual foi semelhante, pois continuo com medo de injeções, mas não posso seguir
o meu medo, mas enfrentá-lo.
Há coisas que temos
que fazer mesmo com medo. A vida ou a saúde não podem ser preteridas devido a
medos, seja ele qual for.
Como da outra vez,
pedi para tomar a injeção sentado. A simpática enfermeira sorriu e me
tranquilizou dizendo que seria da forma que me sentisse melhor. Não estava ali
para demonstrar ato de coragem para terceiros. Estar ali já era um ato de
coragem.
Novamente, não senti
euforia ao me vacinar. Senti apenas um grande alívio de poder ter aproveitado
aquela oportunidade. Isso porque a situação continua grave. O fato de estar ali
indicava que ainda não acabou.
A situação irá
melhorar quando aumentar o percentual de pessoas imunizadas. O ideal é algo em
torno de 70% da população com a imunização completa. Ainda estamos no patamar
de 18%. Falta muito e a política para imunização continua confusa e
descentralizada. O desincentivo federal para a não vacinação continua como se
não houvesse mais de 551 mil mortes por Covid-19 e ainda alta taxa de
contaminação.
A grande notícia é
que os resultados já estão aparecendo. Com a vacinação, mesmo com a maioria
vacinada apenas com a primeira dose – 46% -, o número de internações e morte
caíram significativamente. Por outro lado, o número diário de casos confirmados
continua alto, na casa das 43 mil pessoas. É um sinal de alerta importante, o
qual indica a necessidade de continuarmos seguindo os protocolos de prevenção.
Os EUA, por exemplo,
que comemoraram o Dia da Independência como nos melhores dias, voltou a
recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados. O principal motivo é
a variante delta, que fez saltar o número de novos casos diários de 13 mil no
país inteiro para mais de 57 mil em poucas semanas.
Essa variante já está
entre nós. Há 174 casos confirmados no Brasil, distribuídos por 9 Estados e o
Distrito Federal. Incluindo o Maranhão.
Ainda não tenho
motivos para comemorações, mas tenho motivos para ter a sensação do dever
cumprido e continuar em alerta.
Há plenos motivos
para, isso sim, expressar a minha mais profunda GRATIDÃO a Deus e a todas as
pessoas que trabalharam para que eu pudesse estar aqui, registrando o meu
depoimento, meus sentimentos acerca destes dias, agora com a imunização
completa. É um alento.
Nesses três meses de
paciente espera, continuei tendo notícias de amigos e conhecidos que faleceram
ou chegaram a ser hospitalizados por Covid-19. Mas também foi nesses três meses
que muitas pessoas próximas do nosso já restrito convívio foram diagnosticadas
com Sars-Cov-2. É uma sensação de total impotência. Ainda não havia
experimentado tanta proximidade.
É desesperador saber
que estive tão próximo a pessoas que dias depois testaram positivo. É uma
constante renovação de contagem de 7 dias. Minha responsabilidade é continuar
em estado de alerta e rezar por elas e também por mim e por todos que ainda
sofrem por essa patologia tão terrível. O lado positivo
Por outro lado, a
Covid-19 nos fará companhia assim como a gripe comum. Não sei como será a vida
em comunidade como nos tempos pré-pandemia. Continuo muito assustado com tudo
isso. Não lembro mais qual foi a última vez que abracei alguém sem culpa. O que
sei é que não tenho a menor ideia de quando isso ocorrerá novamente sem
acreditar que esteja praticando um ato de risco. Talvez esteja exagerando.
Talvez sim, talvez não. Resta-me continuar cuidando da saúde mental.
Vida, nova e ainda
mais incerta, que segue.
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