Domingo, 30 de junho de 2024 - 08h05
Num primeiro voo de radiofusão para além das
plagas amazônidas, a Música Popular de Rondônia começou a ser mostrada na Rádio
BBmusic, da cidade Búzios, Rio de Janeiro, através do escritor Zola Xavier da
Silveira, e prossegue agora com a ação cultural da poetisa Alice Poltroniere.
Agora, num segundo voo da ara tropical, a
nossa música está chegando ao território francês, numa demonstração gradativa
de força expressional para além dos rincões da Amazônia Ocidental. O som da
selva, recheado de raízes nativistas e, ao mesmo tempo, temperado com nuanças
de cosmopolitismo, vai aos poucos fazendo sua cabeça de praia em terras dantes
nunca navegadas pelas nossas voadeira e rabetas musicais caboclas.
Anuncia a imprensa que músicas dos artistas de
Rondônia foram tocadas na rádio francesa na semana passada e que a iniciativa
foi idealizada pelo professor do curso de jornalismo da Universidade Federal de
Rondônia (Unir), Carlos Guerra, em conjunto com o programa “Aquarela Du
Brésil”. Diz a mídia que cerca de 30 músicas autorais produzidas no estado de
Rondônia foram exibidas em um programa de rádio na terça-feira passada, dia 25
de junho, em Marselha, uma cidade da França.
O programa tem como objetivo promover a
divulgação da música brasileira. A programação da rádio Galére vai ao ar toda
terça-feira, às 11h de Porto Velho, e 17h de Marselha.
Tudo é cíclico, intempestivo e surpreendente
no universo cultural! Durante o período colonial, os franceses até tentaram
fincar âncoras no território brasilis, tanto no Rio de Janeiro quanto no
Maranhão, mas foram escorraçados pelo colonialista português.
Todavia, os donos da Torre Eiffel deixaram
suas marcas culturais entre nós, especialmente na linguagem falada. Foi com
eles que aprendemos a falar abajur, tricô, chalé, ateliê, restaurante e buquê.
No boteco, o moço que serve a gelada é chamado de garçom pelos brasileiros.
Agora estamos dando o troco e invadindo a
praia de Napoleão Bonaparte, fazendo soar o nosso canto beradeiro na terra dos
iluministas e revolucionários franceses.
Nós somos um dos povos novos de que falava
Darcy Ribeiro, para que quem Povos Novos significava aqueles que resultam da
desindianização do índio, da desafricanização do negro e da deseuroperizaçao do
branco.
O grande cacique intelectual Darcy Ribeiro
cantou a bola e o jogo da correlação cultural começa a tomar forma nessa
empreitada em favor dos Karipunas, Tupinambás e Cinta-Largas!
Um dia da caça, outro do caçador, do pai da
mata, do Curupira, da Matinta Perêra e do Mapinguari!
E as nossas flechas musicais cairão certeiras
por sobre a Cidade Luz, atingindo em cheio o coração latino dos Três
Mosqueteiros!!
Foram executadas músicas dos seguintes
artistas e grupos: Bado, Beradelia, Quilomboclada, Minhas Raízes, Caboco Rei e
Nei Mura, Gabriê, Marfiza e Yás Rap, Negra Mary, Marcela Bonfim, Mano André,
Essência Anônima, Carlos Mossoró, Ernesto Melo, Mistura de Ritmos, João
Belfort, Leão do Norte, João Matias, Sandra Braids, Pugga ZS e Lobo.
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