Terça-feira, 27 de novembro de 2012 - 00h17
Viviane Vieira de Assis Paes
Nos últimos meses minha vida tem se dividido entre as cidades de Altamira (PA), Goiânia (GO) e Porto Velho (RO). A cada 45 dias eu embarco em um avião e seis horas depois estou desfrutando da diversidade climática do nosso Brasil. De 35 graus de Altamira, do inverno amazônico, vou para 20 graus de Goiânia que no meio de novembro está no final da primavera.
Geralmente, quando tenho sorte e consigo um voo sem muitas conexões fico em torno de quatro horas em Belém aguardando o voo para Brasília e em seguida Goiânia. Nestes momentos não resisto e depois de duas horas de leitura, um bate papo com algum estranho começo a olhar as pessoas ao meu redor. Observo os detalhes de cada comportamento no meio da multidão de chegadas e partidas. Vejo a mãe que brinca com a filha sentada na cadeira cheia de coberta, edredom e bolsas; no executivo de terno impecável que olha fixamente para um tablete e dezenas de papéis; no casal de idosos de olhar brilhante que mostra animado a foto dos netos para um enfastiado, mas muito educado jovem com roupas esportistas...
Faço isto meio no acaso, porque afinal poucas pessoas hoje em dia gostam de outra a encarando por nada. Somos uma sociedade amedrontada que mesmo em um local público e relativamente seguro como a sala de embarque de um aeroporto um olhar insistente de um estranho causa certo desconforto.
É lógico que não deixo de “admirar” as outras mulheres. Sejamos sinceras, mulher que é mulher não deixa de olhar a roupa que outra está vestindo de jeito nenhum. Fingimos que não vemos, no entanto os detalhes não passam despercebidos. A combinação de cores ousadas, outras bem conservadoras. A tentativa geralmente infeliz de copiar o modismo da moda estrangeira; as roupas sensuais em meninas de 15 anos, os desconfortáveis sapatos plataforma que garantem um andar elegante... Estilos e mais estilos apesar dos preços reduzidos – alardeiam, das passagens aéreas, este meio de transporte ainda preserva muito do antigo glamour.
Não deixo de olhar também a maquiagem impecável - às cinco horas da manhã?!?! Enfim, depois de olhar tudo e todos me vejo quase correndo para o WC mais próximo e dou uma ajeitada no cabelo. Depois fico arrependida de não ter ido ao salão fazer as unhas, de não estar usando aquela bota linda, totalmente fora do clima paraense que casaria muito bem com o clima de 20 graus goiano; penso que poderia ter colocado aquele par de brincos que amo e me dá uma falsa segurança. Sou levada pela euforia do momento e então a razão me chama. Estou indo para curtir minha família e recarregar as baterias, então realmente minha aparência é o que menos conta no momento. Minha felicidade não precisa de roupa, este é meu estilo, ao menos eu tento me convencer disto.
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