Sexta-feira, 23 de abril de 2010 - 17h45
O artigo científico “Vacinação contra hepatite B pode não induzir imunidade: Estudo transversal com cirurgiões dentistas de Porto Velho”, produzido pelos docentes Fábio Luiz Storer, Mestre em Odontologia pela Unitau/SP e coordenador do Departamento de Biomedicina da Faculdade São Lucas/Porto Velho; Gilson César Nobre Franco, Professor Assistente Doutor Unitau/SP; Alexandre Prado Scherma, Professor Assistente Doutor Unitau/SP; Flávio Buratti Gonçalves, Docente da Faculdade São Lucas/Porto Velho; e Sheila Cavalca Cortelli, Professora Assistente Doutor da Unitau/SP, foi publicado na edição de março da Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas. O estudo transversal avaliou a condição vacinal e perfil sorológico de cirurgiões-dentistas para a hepatite viral do tipo B no município de Porto Velho – RO, através da técnica ELISA. Os achados sugerem a necessidade de execução de provas laboratoriais tanto para confirmação como para monitoramento da imunização decorrente do esquema de vacinação de três doses contra a hepatite B.
A Hepatite B, doença viral causada pelo Vírus da Hepatite B, é uma das infecções mais comuns no mundo, com estimativas entre 350 a 400 milhões de portadores. Esta doença é considerada como a décima causa mundial de morte, sendo responsável por 500 mil a um milhão e meio de óbitos em todo o mundo. O estudo informa que a América Latina é uma das principais fontes mundiais de transmissão do vírus com ocorrência de 400 mil novos casos a cada ano, devido, principalmente, ao aporte de imigrantes oriundos de países de alto risco para hepatite B crônica. De acordo com o artigo, o Vírus da Hepatite B é altamente resistente a mudanças bruscas, podendo sobreviver fora do hospedeiro por até seis meses em temperatura ambiente, além de ser facilmente transmitido por contato com fluidos corpóreos infectados. Nas áreas de alta endemicidade, como a região amazônica onde se situa Porto Velho, a via mais comum de transmissão é a perinatal ou a infecção é adquirida durante os anos pré-escolares. Nas áreas de endemicidade intermediária a transmissão é perinatal ou horizontal, enquanto que nas de baixa endemicidade a transmissão se dá em adultos através do abuso de drogas intravenosas e sexo desprotegido. Conseqüentemente os fatores de risco conhecidos para hepatite B incluem transfusão, agulha compartilhada por usuários de drogas intravenosas, reutilização de agulhas de acupuntura, piercing, tatuagem, transmissão perinatal, transmissão sexual, relação sexual entre homens, promiscuidade heterossexual, pacientes imunos suprimidos, pacientes em terapia renal substitutiva, transplantes e transmissão nos cuidados de saúde.
O estudo aponta, também, que a adoção de medidas preventivas na prática odontológica é primordial no controle de infecções cruzadas, especialmente para as hepatites virais devido às características de transmissibilidade do vírus, formação de aerossóis durante os procedimentos contendo partículas virais e pela própria proximidade com a cavidade bucal do paciente. Diante dos riscos eminentes aos quais estão expostos os cirurgiões-dentistas, o estudo teve por objetivo avaliar a condição vacinal e o perfil sorológico para a hepatite viral do tipo B destes profissionais que atuam na cidade de Porto Velho. O estudo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade São Lucas, leva em conta que os cirurgiões-dentistas estão entre os profissionais mais suscetíveis à transmissão de hepatite relacionada ao trabalho, em virtude dos tratamentos dentários serem freqüentemente executados na presença de sangramento que incorporado ao aerossol pode manter os microrganismos viáveis por até seis meses.
A infecção pelo Vírus da Hepatite B tem sido reconhecida como um risco ocupacional entre cirurgiões-dentistas, tanto que estudos recentes indicam que de 10 a 30% dos cirurgiões-dentistas apresentam evidência sorológica passada ou presente para o HBV. Primeira análise soroepidemiológica realizada em cirurgiões-dentistas de Porto Velho, o estudo demonstrou resultados preocupantes para esta categoria profissional de risco ocupacional importante dentre as profissões da área de saúde, principalmente no que diz respeito aos métodos de prevenção, em especial os equipamentos de proteção individual difundidos há décadas pelo mundo todo e a ocorrência ou não de soro conversão. O artigo foi baseado em Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade de Taubaté – Unitau, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Mestre em Odontologia, área de Biologia Odontológica.
Fonte: Chagas Pereira
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