Sexta-feira, 20 de novembro de 2009 - 04h51
Acontece nesta sexta feira (20), no Mercado Cultural o esperado show “Tributo ao Nego Orlando”. Apesar da programação oficial está programada para iniciar às 20 horas, os amigos e admiradores do trabalho musical do Neguinho Orlando combinaram chegar ao Bar do Zizi no Mercado Cultural, por volta das 10h da manhã, onde começam as homenagens ao compositor nascido no Rio de Janeiro, mas, que adotou Porto Velho como sua cidade preferida para morar. “Aqui o Neguinho Orlando se casou teve filhos e netos”. Com certeza os colegas do Movimento de Criação Cabeça de Negro, vão lembrar muitas histórias protagonizadas pelo Orlando. Sempre que ele queria conseguir alguma grana com o Carlinhos Maracanã ele chegava e dizia: “Aí bundão, mete a mão no pano e tira algum pra mim”. Traduzindo, pano no caso é a bolsa tiracolo que o Maracanã sempre carrega e algum, é dinheiro. A fim de conseguir dinheiro com o presidente da Fundação Iaripuna seu particular amigo Tatá certa vez Orlando chegou na sede da Fundação e o Tatá estava de saída. Para não perder a viagem o Neguinho saiu-se com essa: “Tatá, tu não é Mané (Garrincha) e nem eu sou João, por isso não tem como escapar, coloca R$ 20 aqui na minha mão”. Já prestes a se internar pela última vez, o Neguinho estava muito debilitado fisicamente, então uma senhora chegou e perguntou: “O que o senhor tem que está assim tão cabisbaixo. O que foi que o senhor fez?” Responde Orlando, “Cheirei as três caixas d’água, bebi todo o madeira e fumei toda a floresta amazônica”.
O swing da batida do seu violão não tinha pra ninguém, tanto que chegou a ser contratado do cantor Jorge Benjor quando o cantor ainda assinava como Jorge Ben. Da última vez que o cantor Zeca Pagodinho veio a Porto Velho Orlando foi visitá-lo no Hotel (eu estava junto com ele), vale dizer que o Zeca Pagodinho assim como os cantores sambistas do Rio de Janeiro que vieram a Porto Velho eram amigos de verdade do Orlando. Bom, na conversa com o Zeca, Orlando pediu R$ 50. Foi então que o famoso sambista chamou sua secretária e ordenou que ela atendesse o pedido do “meu amigo”. Quando a secretária abriu uma pasta do tipo 007 cheia de dinheiro o Neguinho Orlando passou a dizer pro Zeca Pagodinho que estava passando por dificuldade, pois estava construindo uma casa e precisava comprar telha, tinta, material hidráulico etc. e que esse material estava orçado em aproximadamente R$ 600. Zeca vendo que era malandragem, pegou o Orlando pelo braço e disse: “Neguinho, nem pedir você sabe, leva os 50 e nada mais”.
Como compositor, era respeitadíssimo entre os músicos de Porto Velho. Venceu um Festival de Música do SESC e se apresentou em várias casas de espetáculos.
Realmente o Neguinho Orlando faz falta.
O Tributo em sua homenagem que vai acontecer na noite de hoje, é mais do que justo. De acordo com a programação elaborada, a cada intervalo de música, será lida uma estrofe do poema “VIOLÕES QUE CHORAM” do poeta Cruz e Souza.
FICHA TÉCNICA:
POEMAS: Adaídes os Santos (Dadá). Cruz e Souza.
SONORIZAÇÃO: Som da Terra.
ILUMINAÇÃO: Omedino Pantoja.
FOTOS: Beto Ramos
PARTICIPAÇÃO: Escola de Samba Rádio Farol, Escola de Samba Asfaltão.
APOIO CULTURAL: Prefeitura do Município de Porto Velho,
Fundação Iaripuna, Deputado Miguel Sena, Senadora Fátima Cleide,
PRODUÇÃO E DIREÇÃO: Bubu e Maracanã.
REALIZAÇÃO: CONEGRO
Fonte: Sílvio Santos
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