Quarta-feira, 18 de setembro de 2024 - 16h04
Saudações econômicas a todos os meus
amigos e amigas, colegas profissionais liberais, aos leitores da minha coluna no
GENTE DE OPINIÃO que me acompanham desde 2.016 quando procuro colaborar com os
temas sociais, políticos, econômicos e relevantes para o desenvolvimento da nossa
amada Amazônia.
Nasci na década de setenta no estado do
Maranhão, faz parte da Amazônia legal - fui estudar e morar na praia, cidade de
Fortaleza e depois já casado e com a idade de 22 anos mudei para Porto Velho,
capital do estado de Rondônia onde estamos bem instalados desde 1994.
Em 2.024 eu e minha família vamos
completar 32 anos de Rondônia, e nesse período, eu, particularmente tenho pesquisado
e aprendido muito sobre essa economia de fronteira que acontece por aqui por
meio da interação humana nas BR 364 e 319 – sim apesar de muita gente não
apoiar a reestruturação da rodovia federal BR 319, ela existe e por cinco meses
liga Manaus a Porto Velho.
Quero deixar mais uma vez um registro
de produção literária de minha lavra. Entre os anos de 2.018 e 2.023 consegui,
com o apoio e a ajuda de vários amigos, familiares e de empresários locais e de
São Paulo, preparar e lançar quatro obras onde falo sobre assuntos relacionados
com o desenvolvimento econômico e social no Brasil, na região norte, e, lógico
no estado de Rondônia, registrando momentos históricos, ciclos de
desenvolvimento das riquezas aqui localizadas e ainda, prospectando as várias
oportunidades que na verdade estão desenhadas no trajeto da nossa rodovia
federal a BR 364.
Se você ainda não sabia, anote por
favor: a rodovia federal BR 364 foi criada (planejada) em 02 de fevereiro do
ano de 1.960, em meio a uma reunião com os governadores dos estados da região
do norte; o Presidente Juscelino Kubitschek decidiu construir a então BR-364
ligando Cuiabá a Porto Velho e Rio Branco, abrindo o oeste brasileiro, trecho
que só foi asfaltado nos idos do ano de 1.983.
A construção de uma estrada
ligando Mato Grosso à Rondônia e o estado do Acre era necessária para o
povoamento e a efetiva colonização. Ainda que na época tínhamos a BR rodovia
federal 319 que ligava Manaus e Porto Velho com a transamazônica, essa obra foi
também motivo de orgulho para os planejadores e decisores do desenvolvimento
nacional, era a vez dos sertões e da floresta virgem serem desbravados para a
geração de riquezas e a exploração dos tesouros da região. É dessa época também
a ideia geral de, com essa malha viária pronta, o Brasil alcançar acesso mais
rápido aos portos do Pacífico.
Nesse ponto quero convidar vocês que me
leem e acompanham há mais de oito anos, para conhecer meu livro PROPOSTAS
PARA A REGIÃO DE FRONTEIRA – Edição maio de 2.023 da Rondoforms
Editora e Gráfica aqui da nossa capital, onde abordo o tema do desenvolvimento
regional, desenvolvimento sustentável do agronegócio e a chamada economia de
fronteira.
Essa obra busca alertar as lideranças públicas
(governadores do MT, AC e RO) e as empresas privadas de nossa região para que
ocorra ao longo desses próximos anos dessa década um alinhamento entre os
estados do Mato Grosso, Rondônia, Acre e o Amazonas para o fato que apenas um
projeto de caráter regional com métodos de produção e desenvolvimento
sustentável pode manter e elevar a renda das famílias aqui residentes.
O atual fluxo de mercadorias, bens e serviços ao longo de mais de 4 mil quilômetros dessa rodovia BR 364, permite PIB de valores significativos em sua série histórica desde o ano de 2.002, onde o crescimento do comercio nesses estados citados é visível, mas que requer garantias de manutenção e ampliação para essa geração e outras que virão.
Imagina quando esses estados, essas
empresas operadoras nas diversas cadeias produtivas, derem as mãos com o
governo federal para que também esse fluxo possa ocorrer via BR 319 – ligando
Manaus e Porto Velho e criando ao menos cinco ou seis cidades sustentáveis
nesse eixo de desenvolvimento. Veremos em talvez 10 anos o ordenamento
populacional de 20 ou 430 mil famílias e o incremento de receitas para o Estado
na ordem de mais 30% a 35% dos registrados no exercício fiscal de 2023.
Nos estados do MT, RO e do AC
observamos que em 2.022 a movimentação de cargas nos portos fluviais e a
circulação de caminhões supera os 6 milhões de toneladas de ativos
agropecuários e que o consumo de diesel e os valores de serviços de manutenção
dessa logística toda alcançam a casa dos 8 bilhões de reais. Para se ter uma
ideia, a EMBRAPA anunciou em junho desse ano (2024) que o VBP de Rondônia vai encostar
a marca dos vinte bilhões de reais.
O exercício mental para agentes
públicos e empresários em relação a um projeto de desenvolvimento regional que
ocupe as agendas desses quatro estado e da União, traz diversas possibilidades
de desdobramentos para a agroindustrialização dos produtos já consolidados como
a carne, o leite, os grãos, as frutas regionais, a piscicultura e a produção e
o consumo no mercado andino de oleaginosas, verduras, pequenos animais entre
outros produtos que configuram a vocação do MT, RO, AC e parte do AM em
promover a segurança alimentar nacional e de outros países vizinhos.
Anote mais essa informação sobre o PIB
estadual nos três estados em questão, dados que estão detalhados no meu novo
livro (2.023).
Mato Grosso – PIB (2022) - R$
248,6186 bilhões de reais
Rondônia – PIB (2022) - R$ 62,1320
bilhões de reais
Acre – PIB (2022) - R$ 22,3510
bilhões de reais
Finalizo esse artigo destacando minha sugestão a qual defendo desde meados de 2022.
Precisamos somar os devidos esforços
técnicos, empresariais e políticos nos estados do AM, RO, AC e MT para que um
bom projeto de desenvolvimento regional com base nos fluxos das duas rodovias
federais – BR 364 e BR 319 possa garantir a manutenção dos níveis atuais de
produção e também de ampliação programada com investimentos do governo federal
e desses estados para elevar qualidade de vida, de renda, de ocupação e de
negócios internos e com os países vizinhos, dentro da estratégia de produção
para a segurança alimentar das famílias humanas.
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