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Gente de Opinião

Francisco Aroldo

Economia de fronteira hoje

Desenvolvimento Regional entre Mato Grosso, Rondônia, Acre e o estado do Amazonas.


Economia de fronteira hoje - Gente de Opinião

Saudações econômicas a todos os meus amigos e amigas, colegas profissionais liberais, aos leitores da minha coluna no GENTE DE OPINIÃO que me acompanham desde 2.016 quando procuro colaborar com os temas sociais, políticos, econômicos e relevantes para o desenvolvimento da nossa amada Amazônia.

Nasci na década de setenta no estado do Maranhão, faz parte da Amazônia legal - fui estudar e morar na praia, cidade de Fortaleza e depois já casado e com a idade de 22 anos mudei para Porto Velho, capital do estado de Rondônia onde estamos bem instalados desde 1994.

Em 2.024 eu e minha família vamos completar 32 anos de Rondônia, e nesse período, eu, particularmente tenho pesquisado e aprendido muito sobre essa economia de fronteira que acontece por aqui por meio da interação humana nas BR 364 e 319 – sim apesar de muita gente não apoiar a reestruturação da rodovia federal BR 319, ela existe e por cinco meses liga Manaus a Porto Velho.

Quero deixar mais uma vez um registro de produção literária de minha lavra. Entre os anos de 2.018 e 2.023 consegui, com o apoio e a ajuda de vários amigos, familiares e de empresários locais e de São Paulo, preparar e lançar quatro obras onde falo sobre assuntos relacionados com o desenvolvimento econômico e social no Brasil, na região norte, e, lógico no estado de Rondônia, registrando momentos históricos, ciclos de desenvolvimento das riquezas aqui localizadas e ainda, prospectando as várias oportunidades que na verdade estão desenhadas no trajeto da nossa rodovia federal a BR 364.

Se você ainda não sabia, anote por favor: a rodovia federal BR 364 foi criada (planejada) em 02 de fevereiro do ano de 1.960, em meio a uma reunião com os governadores dos estados da região do norte; o Presidente Juscelino Kubitschek decidiu construir a então BR-364 ligando Cuiabá a Porto Velho e Rio Branco, abrindo o oeste brasileiro, trecho que só foi asfaltado nos idos do ano de 1.983.

A construção de uma estrada ligando Mato Grosso à Rondônia e o estado do Acre era necessária para o povoamento e a efetiva colonização. Ainda que na época tínhamos a BR rodovia federal 319 que ligava Manaus e Porto Velho com a transamazônica, essa obra foi também motivo de orgulho para os planejadores e decisores do desenvolvimento nacional, era a vez dos sertões e da floresta virgem serem desbravados para a geração de riquezas e a exploração dos tesouros da região. É dessa época também a ideia geral de, com essa malha viária pronta, o Brasil alcançar acesso mais rápido aos portos do Pacífico.

Nesse ponto quero convidar vocês que me leem e acompanham há mais de oito anos, para conhecer meu livro PROPOSTAS PARA A REGIÃO DE FRONTEIRA – Edição maio de 2.023 da Rondoforms Editora e Gráfica aqui da nossa capital, onde abordo o tema do desenvolvimento regional, desenvolvimento sustentável do agronegócio e a chamada economia de fronteira.

Essa obra busca alertar as lideranças públicas (governadores do MT, AC e RO) e as empresas privadas de nossa região para que ocorra ao longo desses próximos anos dessa década um alinhamento entre os estados do Mato Grosso, Rondônia, Acre e o Amazonas para o fato que apenas um projeto de caráter regional com métodos de produção e desenvolvimento sustentável pode manter e elevar a renda das famílias aqui residentes.

O atual fluxo de mercadorias, bens e serviços ao longo de mais de 4 mil quilômetros dessa rodovia BR 364, permite PIB de valores significativos em sua série histórica desde o ano de 2.002, onde o crescimento do comercio nesses estados citados é visível, mas que requer garantias de manutenção e ampliação para essa geração e outras que virão. 

Imagina quando esses estados, essas empresas operadoras nas diversas cadeias produtivas, derem as mãos com o governo federal para que também esse fluxo possa ocorrer via BR 319 – ligando Manaus e Porto Velho e criando ao menos cinco ou seis cidades sustentáveis nesse eixo de desenvolvimento. Veremos em talvez 10 anos o ordenamento populacional de 20 ou 430 mil famílias e o incremento de receitas para o Estado na ordem de mais 30% a 35% dos registrados no exercício fiscal de 2023.

Nos estados do MT, RO e do AC observamos que em 2.022 a movimentação de cargas nos portos fluviais e a circulação de caminhões supera os 6 milhões de toneladas de ativos agropecuários e que o consumo de diesel e os valores de serviços de manutenção dessa logística toda alcançam a casa dos 8 bilhões de reais. Para se ter uma ideia, a EMBRAPA anunciou em junho desse ano (2024) que o VBP de Rondônia vai encostar a marca dos vinte bilhões de reais.

O exercício mental para agentes públicos e empresários em relação a um projeto de desenvolvimento regional que ocupe as agendas desses quatro estado e da União, traz diversas possibilidades de desdobramentos para a agroindustrialização dos produtos já consolidados como a carne, o leite, os grãos, as frutas regionais, a piscicultura e a produção e o consumo no mercado andino de oleaginosas, verduras, pequenos animais entre outros produtos que configuram a vocação do MT, RO, AC e parte do AM em promover a segurança alimentar nacional e de outros países vizinhos.

Anote mais essa informação sobre o PIB estadual nos três estados em questão, dados que estão detalhados no meu novo livro (2.023).

Mato Grosso – PIB (2022) - R$ 248,6186 bilhões de reais

Rondônia – PIB (2022) - R$ 62,1320 bilhões de reais

Acre – PIB (2022) - R$ 22,3510 bilhões de reais

Finalizo esse artigo destacando minha sugestão a qual defendo desde meados de 2022. 

Precisamos somar os devidos esforços técnicos, empresariais e políticos nos estados do AM, RO, AC e MT para que um bom projeto de desenvolvimento regional com base nos fluxos das duas rodovias federais – BR 364 e BR 319 possa garantir a manutenção dos níveis atuais de produção e também de ampliação programada com investimentos do governo federal e desses estados para elevar qualidade de vida, de renda, de ocupação e de negócios internos e com os países vizinhos, dentro da estratégia de produção para a segurança alimentar das famílias humanas.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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