Sexta-feira, 28 de março de 2025 - 16h44
Cabe só ao governador definir a mudança que se esperava
acontecer na chefia da Casa Civil. O
tempo foi passando, teorias e buchichos acontecendo, até que uma possível
gravação foi determinante para a saída do “imexível” secretário. A Casa Civil é
um órgão essencial para articulação política entre os vários atores que orbitam
o governador e uma troca em fim de governo é difícil até para quem aceite
“assumir o BO”. Enfeixar a articulação foi a escolha do Marcos Rocha que mais
parece sacrifício pessoal. Ficar sem anteparo da Casa Civil reduz o tempo que ele
deve usar para as relevantes tarefas de presidir o estado para dividir com tarefas
corriqueiras, reuniões, conversas nem sempre produtivas, tornando-se não mais a
última, mas única instância de governo. Torço por seu sucesso, mas percebo que as
notícias sobre as insatisfações e as cobranças que surgem são indicadores de
que as tensões só tendem a aumentar. Afinal é ano pré eleitoral.
1.1- E por falar em eleição...
O sonho de todo mandatário é comandar o processo
eleitoral, deixando alguém que irá respeitar e dar continuidade ao seu
trabalho. Para isso seu mandato deve ter excelente aprovação pública,
reconhecimento político, sua figura deve trazer o carisma que envolve os bons
líderes e o escolhido para sucedê-lo deve estar em pé de igualdade com sua
aprovação. Porém, ainda assim detalhes impedem que o resultado ocorra, como na
última eleição para a Prefeitura de Porto Velho. O jogo começou com mais
candidatos que o almejado e até agora o governador Marcos Rocha não tomou as rédeas
da eleição. No âmbito federal há a chance de renovação recorde face à troca
obrigatória de dois senadores. Já na Câmara é pela indigência política da nossa
bancada de deputados. É hora de definirmos os caminhos a partir de nossas
demandas e nosso ponto de vista como eleitor. O protagonismo precisa ser nosso,
já que os custos da eleição, inclusive o fundo partidário, feudos juridicos –
TRE’s, TSE, etc – e partidos é tudo por nossa conta.
1.1- A justiça brazuka em três letras
A anulação de provas (Odebrecht) e a revisão de acordos
de leniência pelo STF podem
"minar a confiança pública" e gerar "insegurança jurídica"
no Brasil, diz a OEA no relatório da
Comissão de Peritos do Mecanismo de Acompanhamento da Implementação da
Convenção Interamericana contra a Corrupção criticando as decisões do Dias
Toffoli. “Há quase uma década, informações sobre suborno transnacional
confessado pela empresa em mais dezena de países permanecem sob sigilo mas, com
as anulações recentes, é possível que jamais venham à luz. Não é digno que o
Brasil se torne um cemitério de provas sobre a corrupção transnacional”. É uma
pena que outras siglas na sopa de letrinhas TCU, CNJ, MPF, STJ e a omissa OAB
passem o pano sobre o fato e façam cara de paisagem.
Uma ideia jerical
Não sei se o Lula virou agiota ou se pretende mudar
o nome do PT, Partido dos Trabalhadorer, para PB, Partido dos Banqueiros. A
medida que o governo tomou agora é uma das mais vergonhosas contra o
trabalhador brasileiro. Mostra que essa história de proteger os mais pobres e
os desfavorecidos virou apenas discurso.” A opinião que eu corroboro é de Madeleine
Lacsko e fala sobre o novo tiro no pé, na verdade é no povo mesmo, dado pelo
caixeiro viajante, o Vein do 3º andar. Mais uma vez, tudo para sair do vermelho
nos quesitos de aprovação pessoal e gerenciamento do governo. Sem rumo ou planos,
visivelmente abatido e confuso, “uómi” dá sinais de que a vida está cobrando
seus excessos e a cada pesquisa novo tombo. Tomar dinheiro do FGTS do trabalhador
para emprestar ao trabalhador com juros é papo de cachaceiro. É a tal CFC: cachaça
faz coisa.
Débora algo difícil de explicar
Da minha coluna anterior pincei: “Numa sentença
condenatória o componente dosimetria da pena, é uma coisa para aceitar sem
entender”. Não sou operador do direito, mas sou obrigado a conhecer a lei e até
agora nesse rolo do inquérito, prisão, denúncia e julgamento da Débora existe
desconhecimento da lei ou pior, vontade explícita de ignorar a lei e no caso a
jurisprudência do próprio STF pelos cinco servidores públicos do STF e PGR.
Ocorre que a voz rouca das ruas foi ouvida e o PGR arregou: “A manifestação é pelo indeferimento do pedido de liberdade
provisória e pela substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, ao
menos até a conclusão do julgamento do feito, com o estabelecimento das medidas
cautelares previstas nos arts. 319, IV e IX, e 320 do CPP”. O
STF, imprensa domesticada e a extrema esquerda encagaçados sentiram o primeiro dos
recuos na farsa. Na coluna anterior encerrei dizendo “A Carta Magna diz que
todos são iguais, mas Debora puxada para o STF tornou-se desigual e não pode
recorrer da pena. Restaram-lhe a cadeia, exílio ou fuga. Hoje faço um reparo: o
povo acordou e já não engole a narrativa. A Débora ganha uma vida até a
anistia.
1.6- Último pingo
Que coisa... O pedido da PGR para que Débora cumpra
a pena em casa é puro suco de cagaço do Gonet e uma lição do ex-ministro Marco
Aurélio. Que coisa...
Zé de Nana pintou aqui e disse: “Né só bala e faca que mata não. Batom também mata nem que seja de raiva”, referindo-se a Débora, hoje um dos nomes
Para surpresa de ninguém, uma fatia do STF, apenas uma parte dos julgadores, se reuniu hoje para decidir sobre a admissibilidade da denúncia da PGR
Provas da arrogância e despreparo estão na cassação da Dilma ou Ação Penal 470 arguindo “garantismo”, que ajudou a matar a Lavajato. Um sábio entre
Antigamente o supermercado vendia remédios. Não vingou. Farmácia não vende feijão. Automedicação é um jeitinho do povo para fugir da fila do SUS: re