Quarta-feira, 22 de novembro de 2023 - 10h35
Em primeiro lugar é bom nos
lembrarmos que apesar da aparente força demonstrada pelo STF nesses últimos
anos o STF é só uma parte, talvez a mais relevante ou mais visível do Poder
Judiciário, mas é o Poder Legislativo o mais importante da república brasileira.
O Poder Legislativo é o primeiro elo do cidadão com a república, fonte
originária do poder que emana do povo. O Poder Legislativo – a Câmara Federal
dos Deputados junto com o Senado Federal – câmara revisora - formam o Congresso
Nacional que dá posse aos presidentes dos outros poderes, cria ou altera a
Constituição Federal e organiza com base em estudos do Executivo o Orçamento
Nacional, dentre várias outras atividades. A composição do Poder Judiciário que
não disputa eleição popular, se dá pela aprovação de nomes pelo Poder
Legislativo que repito é a manifestação do povo que se dá por seus
representantes escolhidos pelo voto. Tendeu? E essa cantilena aí é introito
para uma reflexão sobre os dias obscuros e obscurantistas de hoje no páis.
A vida não está nem um pouco fácil
para o presidente Lula. Depois de ter vencido a eleição com pouca margem de
votos, descobriu que sua sonhada Câmara Federal era um pesadelo em termos de
ideologia bolsonarista de direita e descobriu que Artur Lira, o organizador das
pautas da Câmara, era um osso de bode velho, duro de roer e que além de tudo é
o dono do curral chamado “CENTRÃO”. Para quem deu as cartas nos períodos
anteriores - Lula 1 e Lula 2 - com o PT e puxadinhos tirando a água da canoa, Lira
seria fichinha, mas foi um ledo engano. Lira tem a coragem de Eduardo Cunha e a
desfaçatez de Rodrigo Maia, para citar os mais recentes presidentes da Casa e
cresceu muito irrigando a horta do Centrão com as torneiras abertas por
Bolsonaro. E foi aí que Lula deu de cara com a porteira com o cadeado e chave
na mão do Lira de Alagoas, cabra da peste, passado na casca do alho e um dos
poucos a dar um chega petardo em Renan Calheiros. Aí Zé de Nana entendido nas
muitas virtudes e vicissitudes alagoanas perguntou e respondeu: “Léo, quem
ganha de Renan vai empatar com quem? Nem com Lula mermão!”
Lira comanda o Progressistas um
partido cujo nome é um paradoxo e mais alguns bitrens cheios da fina flor da
baixa canalha política, exemplo pronto e acabado da política fisiológica dos
coronéis proprietários ou mandatários de partidos, ávidos por uma gorda teta.
Advogado por formação e político por tradição familiar, conhece até os ácaros
do Congresso Nacional por nome e sobrenome. Assovia e chupa cana ao mesmo tempo
e sabe quantos joules são precisos para vencer um cabo de guerra com o governo.
Depois de brincar de freios e contrapesos com o presidente – disso ele entende
– resolveu cobrar a fatura. O governo abriu a mercearia e deu dois
mini-ministérios e mandou Lira ficar quieto e com o troco. O troco, porém, veio
do Lira. Bom de papo ele pegou tudo, ajudou com os votos da Reforma tributária
e voltou à mercearia pedindo mais. Sem margem para negociar a tendência é que
Lula abra mais espaço para o dono da bola. Aliás, chamar Artur Lira de dono da
bola é menosprezar o seu poder. Ele é o dono da bola, o juiz de campo e juiz do
VAR. Com um poder de fogo desses Lula só tem um caminho: “ou dá ou desce”. E
mais Lira aos poucos vem dobrando Sêo Pacheco do Senado. Seguindo o líder, o
“capacho”, ainda que timidamente cutuca o STF depois que percebeu que a vaga
para substituir Dona Weber não é sua. Sifu!
2-O
ÚLTIMO PINGO
Domingo de sol forte em Porto
Velho e de um lado poucos turistas se arriscam nas pinguelas de madeira feitas
por marinheiros mareados para dar uma volta no barquinho e ver os botos e o por
do sol no Rio Madeira, numa descida pelo barro – se chover ninguém sai do lugar
- sem iluminação ou algo que lembre acessibilidade. Do outro lado os malabaristas
da cabeça feita e pescoço duro dançando o Balé dos Miseráveis carregando o feijão,
açucar, caixas de óleo e o que mais pintar para serem alocados nos barcos para
o Baixo Madeira. Na foto ao fundo, mais inútil que sino de igreja sem badalo, o
quebrado e abandonado tristemente famoso Terminal Hidroviário do Cai N’Água,
porcaria de projeto malfeito fabricado em Manaus e que ssomente o Dnit de
Manaus – outra porcaria sem sentido – pode consertar. Ô vida de gado essa
nossa! Tempos estranhos Como pregava a UNE lá pelo anos 70 na Bahia, “Contra o
medo, contra o tédio e contra o bode! Ou nós se UNE ou nós se Phode!
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