Quarta-feira, 15 de novembro de 2023 - 09h15
Há exatos três anos eu saia do hospital depois de
ficar 22 dias internado para tratar das múltiplas consequências da COVID.
Ficamos internados no mesmo quarto eu e a minha esposa e diferente dela, meu
quadro se agravou rapidamente. Estive como descreveu Zé de Nana, “no bico do
urubu”. O pulmão do ex-fumante compulsivo por 50 anos estava comprometido em
80%. Tive medo e durante algumas noites olhava para a minha esposa no leito ao
lado e em rápido processo de cura e me via afundando rumo ao desconhecido.
Fiquei dependente de tudo, depressivo, deitado num torpor, meio ausente, sem
noção de horas ou dias. Uma providência foi relevante para a minha recuperação.
Em razão de minha condição de ex-fumante pedi ao Dr. Wanssa que me deixasse num
quarto, não me intubasse e nem me levasse para a UTI. Naquele período ainda não
havia vacina no mundo ne tampouco um protocolo médico científico confiável. O
que existia mesmo, e muito, era a desinformação que foi o maior problema para
os doentes e a classe médica que atuava com recursos financeiros e técnicos
escassos e enfrentando algo novo sem registros relatados na cultura médica. Eu
havia tomado o kit COVID à base de Ivermectina, cloroquina, vitamina C, D,
pouco saia de casa sempre com máscara, trabalhava em um ambiente esterilizado,
mas apesar dos cuidados fui infectado por um candidato em campanha que estava
contaminado e que esqueci e baixei a guarda quando ele me pediu para tirar uma
foto sem máscara ao seu lado. A contaminação foi rápida e logo estava eu na
fila da morte. Saí do hospital no dia 15 de novembro, no segundo turno da
eleição para prefeito e com máscara, com dificuldade para respirar e de me locomover.
Passei pelo Maj. Guapindaia e cumpri minha obrigação de votar. Hoje,
comemorando a vida e agradecendo a Deus e muita gente que trabalhou para minha
recuperação inclusive depois de sair do hospital para reduzir as sequelas que a
doença deixou, lembrei-me daquela eleição que foi vencida por Hildon Chaves e refleti
sobre as mudanças que ocorreram a partir daquele ponto em termos eleitorais. A
próxima eleição, eu nem sonhava, seria um filme de terror! Há três anos em
novembro de 2020 o TSE era um apêndice do STF, um anexo administrativo, um departamento ou seção om o pomposo nome de TRIBUNAL
SUPERIOR, mas que não enfeixava tanto poder quanto hoje e que passou a ter
em 2022, quando o Brasil dividido se preparava para a eleição mais disputada
que se tem notícia.
Estamos no limiar de um novo ano eleitoral e me pergunto
como será o TSE do ano que vem? O voluntarismo de Sêo Alexandre Moraes terá se
transformado em regra comportamental do tal anexo? E o establishment irá atuar e
ditar os caminhos outra vez? A polarização irá ocorrer de novo? Quem serão os
atores polos da política que estarão sob a lupa de mais um advogado, o Sêo
Kassio Nunes, feito ministro do STF por indicação de Sêo Bolsonaro? Aliás,
excetuando-se o Sêo Luiz Fux que atuou como juiz, os nove restantes são
advogados ou membros do MP. Juiz de carreira no STF e nas Altas Cortes é como
orelha de freira e isso nos leva a uma reflexão: se as Altas Cortes são
majoritariamente formadas por advogados por que nesta quadra nacional os
advogados que atuam no processo do 8 de janeiro são tão desrespeitados e por
que a OAB não se insurge? Mistérios da justiça e do direito devo crer.
Bem, se do STF e do TSE, já se sabe quase tudo faltando
apenas a indicação do 11º nome para substituir a também juíza de carreira Rosa
Weber, que foi aposentada por idade. E se das Altas Cortes quase tudo sabemos, na
seara política a mistura de tatu com cobra é grande e ninguém se arrisca –
salvo raras exceções e Rondônia é uma exceção – a citar nomes com tradição para
gerenciar seus estados. Futuro incerto e soturno. Com o STF forte,
imiscuindo-se na vida nacional além do permitido e com uma classe política atabalhoada,
espera-se uma eleição de novo bastante judicializada. Uma pena porque o grande
ator – o povo – ficará alijado da disputa.
2-O ÚLTIMO PINGO
Sêo Dino, Ministro da Justiça e
das forças de segurança deve estar com um “urubudino azarex” agarrado em sua
corcunda. Depois da saia justa para o Itamaraty negando que a MOSSAD forças
israelenses atuaram aqui no Brasil junto com a “sua PF” – possivelmente sem ele
saber – na captura de terroristas pintou a visita do tráfico batendo às portas
do seu palácio de justiça e segurança. Luciane Barbosa Farias, mulher do chefe
da facção Comando Vermelho no Amazonas, conhecida como “dama do tráfico”, foi
levada ao Ministério da Justiça para duas agendas na pasta, pela advogada
Janira Rocha, ex-deputada federal pelo PSOL. Para o Zé de Nana, “é coisa de
desparafusar o umbigo e cair a bunda no chão”.
Sêo Dino diz que fake news apesar das fotos, o Boulos diz que é coisa de
bolsonarista,apesar das fotos e para a oposição isso é batom na cueca. Antigamente
o nome disso era fogo amigo, mas no Brasil de hoje, fogo só na floresta de Dona
Marina. Sobre amigos é bom lembrar o filósofo Fu Manchu, mago dos importados:
“amigos, amigos, negócios à parte com Xing Ling”.
Como cortar a própria carne sem anestesia
A “tchurma do primário mal feito” disse: corte só depois da eleição. Dona Simone jurou: "Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é p
Deu o que o americano escolheu
Assisti parte do “esforço jornalístico na reta final” das eleições nos EUA durante a madrugada e vi duas desmobilizações que não estavam previstas.
A segurança é importante demais para ficar apenas com um ministro A ideia do SUSP não é ruim e nem nova. É de 2018- Lei 13.675 – quando o Brasil vi
Quem é com-Vicente? Será o Benjamin?
Sêo Benjamin do STJ foi à boca do palco e anunciou: “O STJ não vive uma crise exceto a de volume gigantesco de processos. O que temos são fatos isol